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Mobilize-se pela universidade pública

Preocupada com os recentes ataques à universidade pública e com a edição da PEC-241, a Adufrj-SSind convida os professores e as professoras para a plenária comunitária com estudantes, servidores técnico-administrativos, terceirizados e docentes na próxima quinta-feira, 22, às 15h, na sala 106 do IFCS/UFRJ. Um dos objetivos do encontro é traçar estratégias para impedir a aprovação da proposta de emenda constitucional que limita os gastos públicos até 2036 e que coloca em risco importantes conquistas da educação brasileira. 


Contamos com sua presença. 

ADUFRJ, SINTUFRJ, DCE, APG e ATTUFRJ

 

 

Fila virtual

Sistema de agendamento pela internet busca acabar com longo tempo de espera na entrada do restaurante do CT. Usuárias avaliam a mudança

Texto e fotos: Isadora Vilardo

Desde quinta (8), estudantes e servidores precisam fazer um agendamento virtual para acessar o restaurante universitário do Centro de Tecnologia. O sistema — viabilizado pela decania do CT — é aberto todos os dias no site https://ru.ct.ufrj.br, às 7h, para o almoço; e ao meio-dia, para o jantar. Quem marca mais cedo consegue mais opções de horário.

Nutricionista do Sistema de Alimentação da UFRJ, Renata Machado explica a mudança. “O problema da alta demanda ainda existe. Não foi para isso que o sistema foi pensado,” diz. “Agora o aluno só não precisa esperar lá. Pode ir fazer suas coisas, ir à biblioteca, e voltar quando for sua vez”. A medida dividiu as opiniões, em sua fase inicial de operação.

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A estudante Laura Coutinho, da Engenharia Naval e Oceânica, acredita que, caso a marcação funcione, será um avanço. “Na última sexta-feira, foi muito tranquilo. Mas, desta vez (segunda), precisei remarcar, pois precisava falar com um professor, e só consegui horário durante minha aula”, conta. “Tive que sair da sala para vir comer.”

Cobertor curto

Entre as preocupações com a adaptação ao novo sistema, a principal era uma possível migração de público para o restaurante da Faculdade de Letras, próximo ao CT. Hipótese confirmada quando, no segundo dia, o serviço da Letras foi interrompido por uma hora, por falta de refeição. “Houve um ligeiro aumento na demanda do restaurante da Letras, e, por isso, precisamos pedir a reposição do restaurante central naquele momento”, justifica Renata.

Para a estudante Ana Paula Oliveira, da Faculdade de Letras, a dificuldade é recorrente. “Já almoço aqui há quatro anos e a fila sempre foi um problema”, diz. “Algumas vezes, desisto de comer porque preciso ir para a aula e a espera é demorada”. Para ela, a solução passa por aumentar a capacidade dos restaurantes. “Não adianta ter agendamento. Isso não vai fazer ter comida para todo mundo”, afirma.

“Existem alguns problemas como pessoas que ainda não se adaptaram ao novo sistema e alguns cadastros que não estão completos”, explica Renata. O sistema utiliza o banco de dados da própria universidade. “Por enquanto, a orientação é de que a pessoa seja liberada para comer, caso ocorra qualquer problema (com o agendamento)”.

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Estudantes também questionaram a marcação pela internet, à qual nem todos têm acesso no período estabelecido. Para minimizar esse problema, o CT liberou pontos de rede sem fio nas proximidades do restaurante e instalou um totem no Bloco A, para a marcação presencial.

ATUALIZAÇÃO: Até o fechamento da matéria, o sistema de agendamento virtual impedia a formação de grandes filas físicas no restaurante. Hoje (16), no horário de pico (12h), no entanto, muitas pessoas aguardavam a vez de almoçar. Os usuários diziam estar no horário marcado.

Funcionários do Sistema de Nutrição presentes à entrada do restaurante justificaram o problema com a falta de lugares nas mesas do refeitório, uma vez que as pessoas demoravam muito a sair. Contudo, a reportagem verificou que havia lugares vagos no restaurante e que a fila formada devia-se à velocidade do atendimento.









O silêncio do MEC

Ministério não responde sobre projetos para as universidades. Reportagem enviou 14 e-mails para assessoria desde 1º de setembro, fora os telefonemas

Elisa Monteiro
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Desde o afastamento de Dilma Rousseff pelo Senado, em maio, o Ministério da Educação sob o comando de Mendonça Filho não divulga seus planos para o ensino superior. Em entrevistas, o ministro limita-se a dizer que “programas importantes” não serão descontinuados. Na página eletrônica do MEC, não há qualquer documento novo que indique uma política para as universidades. Motivos mais que suficientes para deixar insegura a comunidade acadêmica.

Com a confirmação definitiva da nova gestão a partir do impeachment da presidente, em 31 de agosto, a Adufrj enviou seis perguntas, no dia seguinte, à Secretaria de Educação Superior (SESu) sobre recursos e projetos para as universidades federais. Em contatos com a assessoria, o número de questões chegou a ser reduzido a três. Até o fechamento desta matéria, mesmo após 14 e-mails e vários telefonemas ao longo do período, não houve retorno de informações significativas.

Assessoria tenta justificar

A assessoria de comunicação do Ministério da Educação apresentou, por telefone, duas justificativas para a falta de respostas efetivas: a complicada agenda do secretário Paulo Barone e “as dificuldades normais dentro de uma transição de equipe”. Foi informado ainda que Barone estaria evitando declarações públicas, deixando as manifestações nas mídias para o ministro. 

Planos "não estão claros"

Nem mesmo com interlocutores institucionais, o MEC mantém um diálogo transparente. Ângela Cruz, presidente da Andifes, afirma que os planos do novo governo “ainda não estão claros”: “Sabemos que há a intenção de reestruturação do ‘Ciência sem Fronteiras’, pois diferente dos programas de pós, (ele) ainda não precisa de uma avaliação”. Ainda assim, a dirigente demonstrou otimismo: “O que o MEC sinaliza querer rediscutir é mais autonomia para as universidades”. 

Ela avalia que a manutenção dos recursos para as universidades federais depende do envolvimento da sociedade na agenda. “Essa não é uma luta apenas do ambiente acadêmico”, afirma.

A Andifes já se manifestou contrária à desvinculação constitucional dos recursos para Educação e Saúde (PEC). E, segundo a dirigente, em reunião com o novo governo, a entidade elencou como prioritária a política de assistência estudantil. “É fundamental a transformação do Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil) em lei federal”, afirmou.

Avaliação da UFRJ

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, enfatiza a discordância do Consuni com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas também diz manter a relação com o MEC nos marcos que regem as autarquias especiais, como a universidade, e o Estado. “Os salários dos servidores estão sendo pagos, os repasses de recursos aprovados na LOA de 2016 vêm sendo repassados com regularidade, inclusive com maior liberação de financeiro do que estava ocorrendo até abril de 2016, e os processos em curso no MCTI, agora MCTIC, estão sendo encaminhados nos trâmites usuais, mas sofrendo as consequências da queda de 50% do orçamento de 2016 em relação a 2015”, disse, por meio de nota.

Em relação às políticas educacionais, o reitor Leher demonstra preocupação com a possibilidade de inclusão da educação nas novas rodadas de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).


Resposta ineficaz ao baixo desempenho do ensino médio

Ministro da Educação quer reformular currículo. Professores questionam medida e falta de infraestrutura

Lílian Durães
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O ensino médio não alcançou em 2015 as metas estabelecidas pelo governo, de acordo com a última aferição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para melhorar o desempenho dos estudantes, o ministro da Educação, Mendonça Filho, quer uma reformulação no currículo. Além da instituição da jornada integral. Professores, no entanto, não têm acordo com a proposta.

Mendonça Filho cobra urgência na tramitação do Projeto de Lei 6.840/2013, que prevê alterações nas diretrizes e bases da educação nacional, sobre a organização dos currículos do ensino médio em áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Além disso, institui as chamadas “opções formativas”, grupo de disciplinas com ênfase em uma área de interesse escolhida pelo aluno, no último ano do Ensino Médio. Concluída esta etapa, mesmo já formado, o estudante também poderia voltar à escola e fazer mais um ano letivo, optando por outra área.

Professores questionam PL

Na opinião da professora da Faculdade de Educação da UFRJ, Vânia Motta, “a bandeira da educação integral é de longa data, mas (este projeto) não tem perspectiva de formação humana”. Ela completa: “No contexto da mercantilização, vão enxugar os currículos e eliminar disciplinas menos importantes para o mercado. Ocorrerá um corte de disciplinas fundamentais para a formação humana”.

Vânia crê que o verdadeiro problema é outro. Ela cita um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, que analisou 194.932 escolas brasileiras, com base no Censo Escolar de 2011. Os resultados indicaram que apenas 0,6% das escolas tinham infraestrutura próxima do adequado para o ensino — dispor de biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva e laboratório de ciências. Também foi apontado que só 44% das escolas possuíam água encanada, sanitário, energia elétrica e esgoto, condições classificadas como elementares.

Lígia Karam, também da Faculdade de Educação da UFRJ, reforça a necessidade de melhora da infraestrutura. “É preciso investir nas condições de trabalho do professor, dando o aporte e autonomia necessários para desenvolver um trabalho dentro do contexto socioeconômico dos alunos”, declarou.

Atualmente, o PL 6.840/2013 aguarda votação na Câmara dos Deputados. Se for aprovado, será encaminhado ao Senado.

E a PEC 241?

Ao mesmo tempo em que especialistas apontam que o grande problema na qualidade do ensino básico no Brasil está na infraestrutura abaixo do adequado, tramita na Câmara dos Deputados a PEC 241/16, a proposta de emenda constitucional que impõe um limite para os gastos públicos.

 

Obras vão alterar saída da UFRJ

A Prefeitura da UFRJ vai interditar parcialmente as ruas Professor Rodolpho Paulo Rocco e César Perneta a partir de quinta-feira, 15/9. O motivo é uma obra que será realizada nas tubulações de água e esgoto para melhoria da conexão do sistema com a rede estadual. A previsão é de que a via seja liberada em 45 dias. Os ônibus internos terão o itinerário alterado, bem como outros de linhas externas que passam pelo local.

Os motoristas que costumam pegar a saída 1 do campus universitário, próximo à Estação Aroldo Melodia, do BRT, terão duas alternativas: a saída 1, pela Rua Luis Renato Caldas depois de passar pelo Grupamento do Corpo de Bombeiros ou a saída 2 (perto da Prefeitura da UFRJ) seguindo pela Avenida Brigadeiro Trompowsky.

Todos os ônibus internos terão como ponto final o BRT. No entanto, os passageiros dos circulares 1 e 2 poderão fazer o desembarque na Estação de Integração da UFRJ. Os veículos seguirão pela Avenida Brigadeiro Trompowsky até a Estação Aroldo Melodia. A linha circular 3, todavia, seguirá pela Avenida Carlos Chagas Filho, passará na Rua Maria Dolores Lins de Andrade (próximo ao Corpo de Bombeiros) e pegará a Rua Luis Renato Caldas até chegar ao ponto final no BRT.

Desde quinta-feira, 8/9, o acesso a um dos estacionamentos do Centro de Ciências da Saúde (CCS), próximo ao Bloco A, foi alterado em virtude das obras de infraestrutura realizadas no local. Os usuários passaram a ingressar pela Avenida Carlos Chagas Filho e pegar a Rua Manoel Frota Moreira (sob a passarela que liga a unidade com a Rua Paulo Rocco e o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho).

(Fonte: Assessoria de imprensa da Prefeitura Universitária)

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