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Giovana Xavier viu com bons olhos as mudanças na composição das mesas da Festa Literária Internacional de Paraty. Ela também divulgou o sarau “Vista Nossa Palavra”, em Oswaldo Cruz, no sábado
Uma das vozes que criticaram a baixa diversidade entre os palestrantes da Festa Literária Internacional de Paraty em 2016, a professora Giovana Xavier, da Faculdade de Educação da UFRJ, viu com bons olhos as mudanças promovidas para a edição deste ano. “A nova curadoria da Flip tem uma perspectiva de mais inclusão, em relação à do ano passado“, pontuou. A Flip 2017, de 26 a 30 de julho, terá 30% de autores negros e, pela primeira vez, maioria de mulheres nas mesas: 24 entre 46 convidados. Um quadro bastante diferente de 2016: 17 mulheres entre 39 palestrantes e nenhum autor ou autora negra. “Arraiá da branquidade” foi a expressão utilizada por Giovana para classificar o evento, à época. Para a professora, que integra o Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras, a nova composição da Flip apresenta uma mensagem que supera os limites de Paraty: “Tem a ver com uma concepção de literatura mais diversa e plural, com uma perspectiva de valorizar o que não está no cânone da literatura e no mercado”, disse. Sarau “Vista nossa Palavra” A defesa das mulheres negras como produtoras de conhecimento não se esgota com as alterações na Flip. No próximo sábado, dia 22, o grupo Intelectuais Negras organiza o sarau “Vista Nossa Palavra”, em frente à estação de trem de Oswaldo Cruz. Há uma extensa programação de 15h às 20h. Giovana salienta a importância do evento, que conta com apoio da Adufrj: “Relaciona-se com a autoria de mulheres negras, tratá-las como pensadoras num território como Oswaldo Cruz, majoritariamente negro e com uma tradição muito forte no samba”, finaliza.  

Dentro da série "UFRJ é 100", produzida pela Adufrj para celebrar a excelência da universidade, o destaque da vez é o veículo criado pela Coppe: o MagLev Cobra. Dentro da série "UFRJ é 100", produzida pela Adufrj para celebrar a excelência da universidade, o destaque da vez é o primeiro trem de levitação magnética do Brasil, criado na Coppe: o MagLev Cobra. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=lqsAkfXMNTw[/embed]

Foto: Isabella de Oliveira
Promover intercâmbio entre alunos de várias universidades e institutos. Este é um dos objetivos da Semana de Física da UFRJ, de 17 a 21 de julho, promovida por estudantes da graduação e da pós. “Nossa proposta é pluralizar o que a gente aprende, trazendo coisas diferentes para o estudante”, diz Lucas Torres Santana, doutorando em Física e coordenador do projeto. Outro desafio da Semana é envolver jovens do ensino médio no ensino de ciências exatas. “Existe uma cultura de negligenciar essa parte da ciência que é superimportante”, pontua Lucas. “No ensino médio, o aluno já tem o hábito de não gostar de Física e perdemos muita gente por isso”, completa. Para o estudante, uma das alternativas seria repensar a abordagem pedagógica: “Talvez mostrar o papel do cientista desde o início da produção de tecnologia, e não somente o produto final, na indústria”. Professor do Instituto de Física, Miguel Quartin elogia a iniciativa. “É muito bom porque os estudantes buscam o que os motiva, especialmente em um curso com uma alta taxa de evasão”, opina. Miguel também concorda que a forma como se apresenta o conteúdo da Física no ensino médio é um problema. “Nosso ensino de Física no ensino médio não permite que as pessoas entendam os conceitos da disciplina”, pontua. Programação variada A programação da III Semana de Física traz palestras, apresentações de trabalhos e minicursos. Participam do encontro estudantes da UERJ, da UFF, da PUC e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

Inscrição de chapas à diretoria da Adufrj deve ser feita até 11 de agosto. As listas para o Conselho de Representantes devem ser apresentadas até 1º de setembro A próxima Assembleia Geral da Adufrj escolhe a comissão que vai conduzir as eleições para a Diretoria e para o Conselho de Representantes do biênio 2017-2019. A reunião acontece nesta segunda, 24 de julho, de 14h às 16h, na Sala D-220 do Centro de Tecnologia, na Ilha do Fundão. Haverá transmissão do evento aqui pelo site e pela nossa Fanpage no Facebook.
Edital
Já foi divulgado o edital de convocação das próximas eleições da Adufrj. A diretoria e o Conselho de Representantes para o biênio 2017-2019 serão escolhidos nos dias 11 e 12 de setembro. Confira, abaixo, a íntegra do edital: “De acordo com o disposto no Art. 38 do Regimento Geral e no Art. 42 do Regimento Eleitoral da Adufrj-SSind, convoco eleições para a Diretoria e o Conselho de Representantes da Adufrj-SSind, biênio 2017-2019, para os dias 11 e 12 de setembro de 2017. As chapas candidatas à Diretoria devem ser inscritas Junto à secretaria da Adufrj-SSind até 11 de agosto de 2017, de acordo com o disposto no Art. 41 do Regimento Geral e no Art. 12 do Regimento Eleitoral da Adufrj-SSind. As listas de candidatos ao Conselho de Representantes deverão ser inscritas até o dia 01 de setembro de 2017, de acordo com o disposto no Art. 14 do Regimento Eleitoral da Adufrj-SSind. Podem candidatar-se a cargo da Diretoria ou do Conselho de Representantes os docentes sindicalizados até 14 de maio de 2017, que estejam em pleno gozo de seus direitos, de acordo com o disposto no Art. 40 do Regimento Geral e no Art. 82 do Regimento Eleitoral da Adufrj-SSind. São eleitores os docentes sindicalizados até 13 de Julho de 2017 que estejam em pleno gozo de seus direitos, de acordo com o disposto no Art. 36 do Regimento Geral e no Art. 22 do Regimento Eleitoral da Adufrj-SSind. Tatiana Marins Roque Presidente da Adufrj-SSind”

Campus da UFMG, em Belo Horizonte, recebeu segundo contador eletrônico da iniciativa que denuncia os cortes nos orçamentos da educação e da ciência desde 2015
Foto: tesourômetro na entrada da UFMG - Crédito: Silvana Sá
O “tesourômetro” da UFRJ não está mais sozinho. Desde o dia 18 de julho, um grande painel eletrônico instalado na entrada principal do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais também denuncia a penúria que passam a educação e a ciência no Brasil. Por hora, quase R$ 500 mil são retirados das áreas. O valor ultrapassa os R$ 11 bilhões, desde 2015. [caption id="attachment_8034" align="alignleft" width="300"] Mesa “As universidades e os professores diante da crise brasileira” antecedeu a inauguração do tesourômetro[/caption] A inauguração do equipamento de Belo Horizonte foi mais um passo da Campanha Conhecimento sem Cortes, que congrega professores, pesquisadores, estudantes e técnicos de diversas universidades e institutos. “O objetivo é sensibilizar a sociedade para os danos que os cortes no orçamento têm causado às nossas atividades cotidianas”, disse Tatiana Roque, presidente da Adufrj, no debate “As universidades e os professores diante da crise brasileira”. A atividade, que antecedeu o início de funcionamento do “tesourômetro” mineiro, ocorreu durante a 69º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Tatiana explicou que, além dos contadores digitais, a campanha apresenta ainda uma petição virtual contra os cortes no orçamento que será entregue na Câmara dos Deputados, em setembro. Para assinar o documento, basta acessar www.conhecimentosemcortes.org.br. No debate, as exposições se completaram a respeito das drásticas reduções orçamentárias.  De cada setor, partiu um sonoro “não” à política de austeridade que sacrifica o futuro do desenvolvimento do Brasil. A presidente da SPBC, professora Helena Nader, salientou que os prejuízos no campo da pesquisa e da ciência são irreparáveis, pois não é possível paralisá-las e retomar o mesmo patamar de desenvolvimento. “Se nós não revertermos esse quadro, não vai ter futuro para o Brasil. Foi a Ciência que colocou esse país no rumo certo do desenvolvimento”, afirmou. Giovane Azevedo falou pelo sindicato de docentes das universidades federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Preto (Apubh), uma das entidades envolvidas na criação da campanha Conhecimento sem Cortes. “Essa emenda de contingenciamento nos deixa numa situação realmente dramática. Fizemos muitas mobilizações para tentar reverter essa realidade”, disse. Ele também destacou o impacto na convivência dos estudantes e nas condições de trabalho docente. “Meu diretor contou que precisará dispensar terceirizados de limpeza e segurança, por falta de verbas. São áreas primordiais para o funcionamento das instituições de ensino”, observou. Clelio Campolina, ex-reitor da UFMG, foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação no governo Dilma Rousseff. Ele ficou no cargo até janeiro de 2015 e apresentou uma visão de quem já precisou decidir sobre as verbas públicas. “Não podemos ser absolutamente radicais e dizer que, em momento de crise, não se deva cortar despesas. Há que se ter controle, sim, mas não pode ser um controle cego”, disse. “Mas passar a régua de forma linear é de uma burrice e de uma irresponsabilidade incalculáveis. É preciso ter critério e definir o que é prioridade”, completou. Luciano Mendes, também professor da UFMG, falou do ponto de vista das ciências humanas. A área, que já perde recursos sistematicamente, segundo sua visão, fica ainda mais prejudicada com o teto de gastos públicos, via Emenda Constitucional 95. “O impacto dos cortes será brutal para o sistema de pós-graduação, sobretudo para as humanidades. Já viemos abrindo mão dos anéis para não perdermos os dedos”, disse. “Não se trata de garantir as pesquisas em curso. Trata-se de garantir que toda a estrutura, que não se constrói do dia para a noite, não seja desmantelada”. Em defesa dos estudantes, a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Tamara Naiz, expôs os dramas aos quais estão submetidos mestrandos e doutorandos no país. “A gente vive num clima de desconstrução do futuro. Estamos em um momento de estrangulamento. O Brasil está indo no rumo errado”, disse. Os movimentos em defesa das cotas e da diversidade na pós-graduação estão ameaçados, segundo Tamara, por conta das ações do governo federal. “A Emenda Constitucional 95 precisa ser combatida. Nós acreditamos que esse governo é ilegítimo. Assumiu um país em crise e está deixando-o ainda pior. A ciência tem que ter lado e o lado certo é o do povo”. O reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramírez, afirmou que as universidades correm perigo. Segundo ele, é preciso unir todos para combater a Emenda 95. “Há algo que une a todos nós. O nosso foco é o de derrubar a ‘PEC do Fim do Mundo’. Aqui na UFMG, essa é a nossa tônica. Essa emenda é um grande retrocesso à Constituição Cidadã de 88 e fará um grande mal à sociedade”, disse. Para Ildeu Moreira, professor do Instituto de Física da UFRJ e presidente eleito da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, além de mobilizar a sociedade, é preciso chamar atenção da comunidade científica: “São 200 mil pesquisadores em todo o Brasil e milhares de estudantes. Cada um aqui tem a responsabilidade de se engajar nessa luta contra os cortes no orçamento”. Como resultado do encontro, os participantes aprovaram uma moção pela anulação da Emenda Constitucional 95, do teto de gastos públicos.

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