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Integrantes da Comissão Nacional de Residência Médica reconheceram que foi inadequada a avaliação atribuída ao Clementino Fraga Filho em relatório de dezembro *e Fernanda da Escóssia Durante a reunião com a direção do Clementino, os integrantes da Comissão Nacional de Residência Médica reconheceram que foi inadequado o diagnóstico de “situação pré-falimentar” atribuído ao hospital no relatório emitido em 13 de dezembro – o que acalmou os ânimos na reunião da última quinta-feira, 11. Para o diretor do hospital, Leôncio Feitosa, “pré-falimentar” é uma expressão que contrasta radicalmente com o resultado positivo, obtido em maio do mesmo ano, com a aprovação dos 32 programas da UFRJ pela Comissão Estadual de Residência Médica do RJ (Ceremerj). “Confio na minha formação. Atendi mais de 700 pacientes em dois anos. Faço prova de três em três meses. Acabar com a residência é um crime”, diz o residente Henrique Celi, de 26 anos. A secretária-executiva da comissão, Rosana Leite de Melo, declarou à reportagem da Adufrj que a inspeção foi motivada por várias denúncias encaminhadas por residentes, funcionários e pacientes do hospital. Segundo ela, o relatório da comissão vai muito além das duas páginas encaminhadas à direção do hospital. “Verificamos que os residentes não estão tendo a prática necessária. A residência é um curso curto e prático, então eles precisam praticar”, afirma. Rosana também negou qualquer motivação política para a decisão de colocar as residências em diligência. A Comissão de Residência Médica é coordenada pelo MEC e tem representantes de vários órgãos, como o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde e o Conselho Federal de Medicina, entre outros. “Os aprovados podem ficar tranquilos, pois farão o curso normalmente. A matrícula deve ser em fevereiro”, afirmou Eduardo Fraga, coordenador de atividades educacionais do hospital. Leia também: Comissão do MEC recua e mantém residências médicas no HU Clementino Fraga Filho é vital para o Rio Nota da diretoria da Adufrj sobre avaliação da residência médica

Pressão da comunidade acadêmica garantiu as matrículas dos 180 médicos aprovados no concurso de 2017. Medida foi anunciada na quinta-feira, 11, após reunião com a direção do hospital *e Fernanda da Escóssia Depois de três semanas de tensão no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, a pressão da comunidade acadêmica rendeu boas novas. A Comissão Nacional de Residência Médica, vinculada ao MEC, recuou e decidiu garantir as matrículas dos 180 médicos aprovados no concurso de 2017. A medida foi anunciada na última quinta-feira, 11, após reunião da Comissão com a direção do hospital. Os cursos começarão em março. As novas matrículas haviam sido suspensas por decisão da Comissão Nacional, determinada num relatório de 32 linhas, datado de 13 de dezembro e assinado por Rosana Leite de Melo, secretária-executiva da Comissão e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Três meses antes, dois inspetores da Comissão passaram dez horas no Clementino. “Acompanhei a visita. Eles não pediram nenhum documento nem viram a rotina. Coordeno 52 residentes. Eles trabalham muito. Têm experiência prática e teórica”, lamentou Flávio Signorelli, coordenador do programa de Clínica Médica, o maior do HU. “Fechar é acabar com o principal formador de médicos do Rio de Janeiro”. Sem apresentar dados, o relatório da Comissão diz que o hospital está em situação pré-falimentar, que faltam profissionais e leitos, e resolve estabelecer diligência para 30 residências. A mesma medida foi aplicada no Hospital Pedro Ernesto, da Uerj. O documento surpreendeu a UFRJ. “Nunca vi nada igual. Acho irresponsável”, criticou Roberto Medronho, diretor da Medicina. “Não se trata de uma avaliação concreta com descrição dos problemas e indicação de soluções. Não há fundamentação pedagógica para interrupção dos programas”, apontou Leôncio Feitosa, diretor do hospital e presidente licenciado do Sindicato dos Médicos do Rio. Também causou revolta o fato de a medida se aplicar sem distinção a todas as residências, a maioria com alto índice de aprovação nos exames de especialista. “Os médicos da UFRJ têm 100% de aprovação na prova de títulos”, diz Flávia Conceição, professora da Medicina e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia/ RJ. “Essa residência é a mais disputada do Rio. Quem passa não desiste.” DEPOIMENTO [caption id="attachment_10166" align="alignleft" width="300"] Syllvia Dalcolmo, residente do 1º ano - Foto: Isabella de Oliveira[/caption] “Sou residente de Hematologia e Hemoterapia. Para mim, esse relatório do MEC foi um baque. Sou cria do Fundão e baseei minha escolha por sua excelência. A UFRJ é a minha casa. A residência é um passo fundamental para todo médico em formação. Nossa experiência profi ssional começa aqui. O relatório do MEC não condiz com a realidade, diz que o hospital está em situação pré-falimentar. Desconheço um hospital nesta situação que faça transplante de rim. É uma pena um pilar da universidade ser colocado à prova dessa forma. Poderia ser melhor? Claro que poderia. Mas a pergunta que devemos fazer é: a UFRJ forma médicos ruins? Na minha avaliação, não.” Leia também: Hospital contestou diagnóstico de "situação pré-falimentar" Clementino Fraga Filho é vital para o Rio Nota da diretoria da Adufrj sobre avaliação da residência médica

Comunidade acadêmica reage à decisão do Ministério da Educação de suspender novos concursos para os 30 programas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho “Surreal”. Assim o diretor da Faculdade de Medicina, professor Roberto Medronho, classificou a decisão do Ministério da Educação de suspender os concursos para todos os 30 programas de residência médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. “O próprio MEC é a instituição mantenedora do hospital e uma comissão do MEC diz que o hospital está em situação pré-falimentar. Há um subfinanciamento”, observou. A medida do ministério, que também atingiu o Hospital Pedro Ernesto, ligado à Uerj, estampou a capa do jornal O Globo de hoje e assustou a comunidade acadêmica. Uma comissão coordenada pelo MEC, em visita realizada no final de agosto do ano passado, teria constatado graves irregularidades no ensino local, como “falta de insumos, diminuição dos números de procedimentos cirúrgicos, diminuição de leitos, atraso dos pagamentos de bolsas e redução do corpo clínico e de enfermagem”. A situação será reavaliada em uma vistoria marcada para o fim de janeiro. “Não tenho conhecimento de uma decisão que tenha colocado em exigência todos os programas de residência médica de uma unidade. Isto é inusitado”, disse Roberto Medronho. Ele informa que vários professores da faculdade participam das residências sob gestão do Clementino Fraga Filho e vários ex-alunos da unidade são residentes. Ele alerta que, após a diligência, se a vistoria de janeiro confirmar o relatório, a próxima etapa seria o descredenciamento dos programas. O que causaria grave impacto na formação dos novos médicos. “Esses residentes não têm para onde ir nessa crise horrorosa do Rio de Janeiro”. Outro problema é o desfalque no atendimento à população via Sistema Único de Saúde. “Os residentes trabalham num regime de 60 horas semanais, ganhando uma bolsa ínfima”. Reitoria confia em manutenção dos programas A reitoria da UFRJ garante que a seleção de 180 novos residentes do Clementino Fraga Filho, iniciada antes da divulgação do relatório do MEC, segue normalmente. A próxima fase será de matrícula, com começo das atividades marcado para o dia 1º de março.“A universidade tem confiança de que a vistoria do Ministério da Educação comprovará que o HUCFF tem capacidade para incorporar os novos residentes e manter as atividades”. A reitoria acrescenta que mudou a direção do hospital no ano passado “e, desde então, várias melhorias têm sido feitas”. Para o início deste ano, dá como exemplo a previsão de abertura de seis novos leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI). Também faz referência a aperfeiçoamentos nos processos de compras de insumos e na retomada da relação do hospital com outras unidades acadêmicas e de assistência hospitalar da universidade, “antes secundarizadas”. MEC diz que gestão é da UFRJ Questionada se o próprio MEC não deveria prover as condições de ensino adequadas no caso do hospital da UFRJ, a assessoria do ministério respondeu que destinação dos recursos para o Clementino Fraga Filho é de gestão da reitoria, dentro de sua verba de custeio: “A UFRJ recebeu do MEC, em 2017, 100% da verba destinada para custeio no ano. Ou seja, tudo que estava na Lei Orçamentária de 2017 foi liberado pelo MEC para a UFRJ, que decide onde e como aplica os recursos”. Vice-presidente da Adufrj, a professora Ligia Bahia critica a postura “paradoxal” do MEC. “A mesma instituição que coordena esta avaliação é a mesma que deveria zelar pela manutenção e até mesmo expansão das atividades da residência médica na UFRJ”, afirmou. Ligia também observa que, na atual conjuntura, qualquer fechamento no setor público é um estímulo à privatização do ensino médico.

Inscrições estarão abertas a partir de segunda-feira, 8 de janeiro. Número supera o da distribuição aprovada no Conselho Universitário, em novembro. Pró-reitoria explica que No fim de dezembro, a UFRJ lançou edital para contratar 284 professores efetivos. As inscrições serão feitas no site https://concursos.pr4.ufrj.br/, até 6 de fevereiro. A remuneração inicial varia conforme a classe, o regime de trabalho e a titulação: entre R$ 2.337,20 e R$ 9.585,67. A expectativa da reitoria é que os aprovados comecem as atividades no segundo semestre. Em novembro, o Conselho Universitário aprovou a distribuição de 277 vagas. O pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, explicou que a diferença reside em vagas remanescentes do edital anterior. "Quando não apareceu candidato ou quando nenhum candidato foi aprovado na unidade", disse. Também será preenchida a vacância de um professor que não passou no estágio probatório, informa a assessoria da universidade. O concurso   O candidato deverá comparecer à Unidade Acadêmica à qual está vinculada a vaga que concorre, para entregar os documentos exigidos para a homologação de sua inscrição, de acordo com o edital. As taxas variam entre R$ 70 e R$ 290. Haverá reserva de vagas para candidatos negros em nove departamentos ou cursos. Por lei, o dispositivo é aplicado sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a três. Haverá apenas uma vaga para candidato portador de deficiência, no concurso do Departamento de Matemática, o único com seis vagas, no total. Além do site, os interessados no concurso público poderão tirar dúvidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo Serviço de Suporte ao Candidato, que funcionará de segunda-feira a sexta-feira, exceto em feriados, de 10h às 15h, pelo telefone (21) 3938-3196.

Nova diretoria da Adufrj se empenhou em debates e atos em defesa da universidade pública. Reuniões cheias do Conselho de Representantes já representam um ponto alto do mandato A nova diretoria chegou à Adufrj com a força de 816 votos de professores da UFRJ. A posse ocorreu em uma cerimônia no Salão Pedro Calmon, em 16 de outubro, quando os diretores selaram compromisso com um sindicalismo que respeite as particularidades dos docentes enquanto produtores de conhecimento. O Conselho de Representantes já é um ponto alto da gestão, com duas reuniões cheias em menos de três meses e a criação de seis grupos de trabalho. Uma das novidades é o GT que vai assessorar a diretoria no planejamento de criar uma sede própria para a Adufrj. Para a presidente da Seção Sindical, Maria Lúcia Werneck, o colegiado “será um intermediário permanente com as unidades”. Nos mais de 60 dias de trabalho, a nova gestão se empenhou em debates e atos em defesa da universidade pública, ações contra as reformas do governo Temer, além de abrir diálogo com a reitoria e com os outros três segmentos da UFRJ. Também foram eleitos delegados ao próximo Congresso do Andes, com o objetivo de influenciar criticamente os rumos do Sindicato Nacional. Veja a seguir as principais ações do período: OUTUBRO - Diretoria assumiu mandato, dia 16. n Seção Sindical alertou para as desvantagens do Programa de Desligamento Voluntário. - Adufrj prestigiou ato em defesa das universidades públicas, na Uerj, dia 19 (foto). - Diretores do sindicato marcaram presença em ato pela democracia, soberania e desenvolvimento no país, dia 27, no IFCS. - Na primeira atividade pública organizada pela direção em conjunto com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a UFRJ recebeu a professora Rita Barradas, diretora de Avaliação da Capes, dia 30. [caption id="attachment_9440" align="alignnone" width="300"] Foto: Elisa Monteiro[/caption] NOVEMBRO - Levantamento realizado pela Seção Sindical mostrou que o percentual de professores que se declaram negros é de apenas 2%. - Adufrj promoveu o debate “Reformas e Medidas Provisórias: como nos afetam?”, na Faculdade Nacional de Direito. Depois, professores participaram do ato unificado do Rio contra as reformas, no Centro. - Terceira edição da Marcha pela Ciência, com apoio da Adufrj, criticou cortes em C&T, dia 11. - Conselho de Representantes, dia 24, criou grupos de trabalho com temas variados. DEZEMBRO - Diretores da Adufrj participaram de uma reunião em Brasília, dia 1º, com mais cinco associações docentes. Objetivo é formar um movimento apartidário e não sindical em defesa da universidade pública, da democracia e da soberania. - No dia 5, reitoria e representantes da Adufrj, do Sintufrj, da APG fizeram reunião para unir reflexões e esforços em favor da UFRJ (foto). O DCE participou do segundo encontro, no dia 18. - Professores deram adeus a 2017 em confraternização no dia 9. - Segunda reunião do Conselho de Representantes, dia 15, iniciou preparação para o Congresso do Andes. [caption id="attachment_10085" align="alignnone" width="300"] Foto: Kelvin Melo[/caption]

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