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O Centro de Letras e Artes da UFRJ será a nova casa da exposição fotográfica Servidores da Sociedade. Organizada pela AdUFRJ, em parceria com unidades e centros da universidade, a mostra reúne mais de 200 imagens sobre o dia a dia da comunidade acadêmica. A nova temporada será instalada no hall dos elevadores do edifício Jorge Machado Moreira, no Fundão. O coquetel de inauguração é na terça-feira (15), às 11h30. Participe!

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WhatsApp Image 2025 04 10 at 17.26.11 2No próximo dia 30, a Fundação Universitária José Bonifácio vai encerrar o recebimento de solicitações por e-mail dos coordenadores de projetos por ela gerenciados. A partir de 1º de maio, as solicitações só poderão ser feitas pelo portal FUJB Online, que entrou em operação há pouco mais de um mês. O aviso pode soar rotineiro. Mas, em se tratando da FUJB, é o anúncio de uma revolução de métodos e práticas que pretende transformar a mais antiga fundação de apoio universitário do país em um modelo de gestão.

“Temos hoje uma atitude proativa de captação de recursos, com profissionais de mercado, para financiar projetos de ensino, pesquisa e extensão. Implantamos o Portal FUJB Online para que todas as solicitações de coordenadores de projetos sejam feitas diretamente pelo site, e passamos a atender aos coordenadores presencialmente também no Fundão. Estamos promovendo uma reformulação profunda nos procedimentos internos visando a dar mais agilidade aos processos”, enumera o secretário-geral da FUJB, o professor emérito Ricardo Medronho.

Na sessão desta quinta-feira (10), o Conselho Universitário aprovou a prestação de contas de 2023 e o recredenciamento da FUJB como fundação de apoio da UFRJ. O que também pode soar como um ato meramente formal significa uma espécie de recomeço na história da FUJB, criada em 1975. “Assumimos a fundação em 29 de janeiro do ano passado, aprendemos muito e agora vamos começar a colher os frutos desse aprendizado e das mudanças que introduzimos”, confia Medronho.

CAPTAÇÃO PROFISSIONAL
Mais do que o aprimoramento de procedimentos internos e a criação de um posto avançado no campus do Fundão — até então os atendimentos eram feitos só na sede da Praia Vermelha —, a reformulação no modelo de captação é a mudança mais concreta e alvissareira da “nova FUJB”. Foi criada uma equipe com profissionais de mercado, com forte atuação no Rio, em São Paulo e Brasília, que busca financiamento de projetos junto a órgãos de governo, parlamentares, ONGs e empresas privadas. No dia 31 de março, a fundação disparou um e-mail para todos os dirigentes de unidades da UFRJ, em busca de projetos para captação.

WhatsApp Image 2025 04 10 at 17.26.11 4“A resposta tem sido excelente. Eu tinha um sentimento de que haveria uma enorme demanda reprimida na universidade por financiamento, principalmente para projetos de ensino e de extensão. Também há demanda por projetos de pesquisa, mas estes já encontram possibilidades de suporte, seja por órgãos financiadores como CNPq, Capes, Finep e BNDES, seja por empresas privadas. Mas o retorno me surpreendeu. Por exemplo, no primeiro domingo de abril recebemos oito formulários com pedidos de captação”, comemora Ricardo Medronho.

O secretário-geral da FUJB diz que o novo modelo de captação já está ampliando a carteira de projetos da fundação: “Estamos no momento com 1.250 projetos. Mas vamos avançar, sobretudo com projetos de ensino e extensão. Quando eu era do Conselho de Ensino de Graduação, o professor Godofredo de Oliveira Neto era o pró-reitor de Graduação, no início dos anos 1990. Ele criou em sua gestão um edital para projetos de ensino. Foi uma chuva de projetos, cada um mais bonito que o outro. Decidimos então repetir essa iniciativa na FUJB. Já temos previsão de entrada de R$ 60 milhões de recursos este ano para diversos projetos. Vou ficar muito feliz se conseguirmos atender a maioria dos projetos que estão nos mandando”.

No Consuni da última quinta-feira, em seu parecer favorável ao recredenciamento e à aprovação das contas de 2023 da FUJB, o professor Josefino Cabral Melo Lima destacou dados financeiros preocupantes na comparação com 2022. Em 31 de dezembro de 2023, a fundação apresentou capital circulante líquido positivo de R$ 14,1 milhões, contra os R$ 23,3 milhões de 2022. O patrimônio líquido negativo, com passivo a descoberto, cresceu de R$ 46,9 milhões, em 2022, para R$ 57,9 milhões, em 2023. Foi esse cenário adverso que os atuais gestores herdaram ao assumir a FUJB em janeiro de 2024. “Mas estamos esperançosos de que as medidas que estamos tomando possam reverter esse quadro, pois o papel da FUJB é crucial para a UFRJ”, acredita o professor Ricardo Medronho.

O parecer do professor Josefino Cabral vai na mesma direção: “Os auditores ressaltam que a continuidade normal das operações da FUJB depende do êxito das medidas implementadas para a recuperação de seu resultado financeiro. É urgente e talante que a gestão central de nossa universidade, assim como este egrégio Conselho e a própria FUJB, implementem, com celeridade e determinação, ações incisivas em prol da Fundação Universitária José Bonifácio”, citou ele. “Uma universidade da magnitude da UFRJ não pode contar apenas com uma fundação: a existência da FUJB, além de ser indeclinável, é imprescindível”, completou.

A ruptura de um cano por funcionários que faziam uma obra no telhado do Palácio Universitário provocou a inundação da sala da direção da Faculdade de Educação na manhã de quinta-feira, 10. Vários equipamentos foram danificados. Ao Consuni, o decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), professor Vantuil Pereira, informou que uma equipe do contrato de manutenção do Centro foi acionada para avaliar a situação. “Até que tenhamos um contrato de manutenção de toda a universidade, é importante manter esses contratos vigentes nas decanias. Sem isso, a situação de agora poderia ser agravada”, disse.

Sem água e sem serviço de limpeza. O Centro de Ciências da Saúde amanheceu sem os serviços básicos, no dia 10. O decano do CCS, professor Luiz Eurico Nasciutti, explicou ao Consuni desta quinta-feira que a empresa responsável pela limpeza do prédio deixou o contrato e demitiu todos os funcionários na véspera. Para piorar a situação, o rompimento de uma tubulação da concessionária Águas do Rio causou o desabastecimento da Cidade Universitária. A pró-reitoria de Governança já iniciou os procedimentos para contratação emergencial de uma empresa substituta no CCS. Já a prefeitura universitária afirmou que a concessionária de água iria começar o reparo da tubulação ainda nesta quinta.

WhatsApp Image 2025 04 07 at 18.35.36Professor Ricardo Medronho lê a carta dos eméritos no Consuni - Foto: Antonio SoléUm grupo de 33 professores eméritos da UFRJ subscreveu um documento, aprovado como moção do Conselho Universitário, dia 27. O texto denuncia as ações autoritárias de Donald Trump contra a ciência e expõe a preocupação dos eméritos com os professores, pesquisadores, estudantes e instituições vítimas dos atos do governo norte-americano. A moção foi aprovada por unanimidade no Consuni. Veja a íntegra:


“É com enorme preocupação que a comunidade acadêmica internacional tem assistido a professores, pesquisadores e estudantes de universidades estadunidenses sofrerem ataques de um governo autoritário, que coloca em grave risco os princípios e valores fundamentais que devem reger a vida acadêmica: a liberdade de expressão, a liberdade de cátedra e a liberdade de ensino.
A ciência, assim como os conhecimentos produzidos ao longo dos séculos pelas várias disciplinas e formas de saber resultantes do gênio humano, constitui um bem comum da humanidade, e se nutre, reproduz e enriquece apenas ali onde a circulação e confronto de ideias, hipóteses, sensibilidades e percepções podem circular em liberdade, em ambiente que estimule a convivência e o diálogo. E como se aprendeu e conquistou duramente nas últimas décadas, este ambiente deve acolher e promover a diversidade de gêneros, culturas, etnias, cores, opções religiosas, em condições de igualdade e inclusão.
Ali onde estes princípios e valores são desprezados e violados é o conjunto da comunidade universitária-científica mundial que está sendo atacada. A solidariedade com os colegas vítimas da intolerância e do obscurantismo é não apenas um ato em defesa dos cientistas e da ciência, mas também a afirmação de compromisso com a liberdade e a democracia, hoje ameaçadas em várias partes do mundo, e também no Brasil. A cultura e a ciência têm nas universidades sua pátria natural, universal, e constituem uma trincheira contra o racismo, a xenofobia, o patriarcalismo, a homofobia e todas as formas de opressão e discriminação.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro, através de seu Conselho Universitário, manifesta publicamente seu protesto contra as violências que estão sendo cometidas pelo Governo dos Estados Unidos da América e manifesta sua solidariedade às universidades e universitários estadunidenses.”

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