Accessibility Tools
Foto: Silvana SáA UFRJ publicará nas próximas semanas uma licitação para a contratação de ônibus e vans terceirizados em atendimento aos cursos que demandam aulas de campo. É o caso, por exemplo, da Geologia, Geografia e Biologia. A notícia foi dada durante reunião entre a diretoria da AdUFRJ, a reitoria e a direção do Instituto de Geociências, no dia 31. A diretoria do sindicato foi representada pelos professores Antonio Solé e Nedir do Espirito Santo. O setor jurídico da AdUFRJ e a pró-reitoria de Gestão e Governança (PR-6) — responsável pelos contratos da universidade — também participaram do encontro.
As péssimas condições dos veículos que realizam o transporte de estudantes, técnicos e professores nas viagens de campo são motivo de grande preocupação do sindicato e da direção do instituto, que buscou apoio da AdUFRJ para mediar a questão junto à reitoria.
Preocupação que ganhou mais força após o recente acidente que vitimou sete estudantes do curso de Paisagismo da Universidade Federal de Santa Maria, no dia 4. Os alunos viajavam em um ônibus da instituição, que caiu em uma ribanceira.
“Nós estamos sujeitos a precárias condições de trabalho”, disse o professor Edson Farias Mello, diretor do IGEO. “Não se trata de uma situação adversa em sala de aula, mas algo que representa risco efetivo para a vida das pessoas”, alertou.
O reitor Roberto Medronho reconheceu o problema e disse que a questão orçamentária é um entrave. “Estamos acompanhando de perto a situação, mas é muito difícil resolver no curto espaço de tempo. Temos um orçamento – que já não era suficiente para as nossas demandas – reduzido em R$ 17 milhões pelo Congresso Nacional”, destacou.
LICITAÇÃO EM BREVE
A pró-reitora Claudia Cruz, da PR-6, deu detalhes sobre o processo já em andamento para a terceirização de uma frota de ônibus e de vans que servirá às atividades de campo. O contrato irá prever diárias, seguro para todos os passageiros e servidores, pernoite e rotas interestaduais. Os serviços serão pagos de acordo com a demanda de uso. A quilometragem e os valores estimados não podem ser publicados para não prejudicar a futura licitação.
A demanda já está aprovada pela Pró-reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças. Nos próximos dias, os documentos serão analisados pela Procuradoria da UFRJ para que a licitação seja publicada. “Estamos comprometidos em acelerar ao máximo este contrato, mas não conseguiremos ter os veículos disponíveis para os trabalhos de campo no primeiro semestre. Somente para o segundo”, alertou a pró-reitora Claudia.
O professor Antonio Solé lamentou que a solução seja a terceirização da frota. “O ideal é que tenhamos nossa frota própria, em boas condições, para atendimento de toda a universidade”, afirmou. Ele reconheceu, no entanto, que, diante da crise orçamentária, a terceirização seja a solução provisória mais rápida. “Compreendo que em tempos de vacas magras precisamos pensar em outras estratégias e conter gastos, mas tenho esperança de que teremos nossa frota de novo”, disse.
O reitor Roberto Medronho concordou que a licitação é a solução possível no momento. “A manutenção dos veículos próprios é muito onerosa, pesa muito no nosso combalido orçamento. Ano passado, gastamos R$ 90 mil em um único veículo, tamanho o desgaste da frota”, informou. “Outro dado é que os nossos motoristas são os últimos da carreira. Não há mais concurso para motoristas. Em breve, teremos que terceirizar a função também”, lamentou.
Diretor-adjunto de Graduação, o professor Eduardo Maia destacou que a comunidade acadêmica do IGEO está no limite. No Consuni do dia 27 de março, os estudantes ameaçaram paralisar as atividades se não houvesse resposta efetiva da administração central para o problema. “A crise dos veículos tem impactado a nossa produção acadêmica e científica”, desabafou. “Geologia e Geografia são cursos da UFRJ com grande projeção no país. Podemos perder nossa credibilidade, inclusive junto a importantes empresas que também financiam as pesquisas da universidade, se as aulas de campo não voltarem a ter regularidade”.
Além da saída imediata da terceirização, o professor Solé sugeriu outras frentes para aquisição de veículos próprios. Uma delas seria a universidade buscar uma parceria com a Petrobras. “Formamos, com excelência, geólogos e outros profissionais que atuam na empresa. Penso que seria uma contrapartida interessante ela financiar um ônibus para a universidade”, defendeu.
Outra ideia apresentada na reunião é que a reitoria procure o Ministério de Minas e Energia também com o objetivo de adquirir veículos novos para as aulas e pesquisas de campo. “Estão sob o guarda-chuva desse ministério importantes empresas que também se beneficiam dos conhecimentos da universidade”, completou o diretor do IGEO. O reitor Roberto Medronho se comprometeu a levar as sugestões adiante.
Fotos: Eline Luz/AndesAs eleições do Andes serão realizadas no início de maio, mas acumulam polêmicas desde o início do processo. A Chapa 4 - Oposição para Renovar o Andes foi novamente barrada do pleito.
Agora, o desembargador do Trabalho, Gilberto Augusto Leitão Martins, decidiu suspender os efeitos da liminar que autorizou, em 14 de março, a inscrição definitiva da Chapa 4. "...entendo que a decisão judicial merece ser reformada, ao menos neste momento processual de cognição sumária", diz trecho da liminar que determina o indeferimento do registro da chapa.
ENTENDA
A Comissão Eleitoral Central pontuou, em 10 de março, que a Chapa 4 não havia cumprido uma série de exigências burocráticas para obter o registro definitivo para a eleição e negou a candidatura da nominata. O grupo discordou e entrou na Justiça.
Em 14 de março, a 9ª Vara da Justiça do Trabalho conceceu tutela de urgência favorável ao grupo, determinando sua inscrição e participação no processo, em igualdade de condições com as três chapas homologadas pela Comissão Eleitoral Central.
O Andes, no entanto, réu na ação, recorreu da decisão. O resultado saiu na tarde desta terça-feira (1º). Uma liminar cassou os efeitos da decisão que favorecia a Chapa 4. Assim, o pleito volta a ter, neste momento, três chapas na disputa.
CABE RECURSO
A decisão não é definitiva. Ainda cabe recurso. Em paralelo, o processo aberto pela chapa continua em tramitação na Justiça do Trabalho. "A Chapa já está tomando as providências cabíveis contra essa decisão liminar, que é precária e provisória", afirma a professora Maria Rosaria Barbato, da Faculdade de Direito da UFMG. "A ação judicial principal, que discute de forma definitiva o direito de participação da Chapa 4, ainda está em tramitação e não foi julgada. Ou seja, nada está definido e seguimos confiantes na reversão dessa tentativa de exclusão", afirma a docente.
Presidente da CEC e do Andes, o professor Gustavo Seferian elogia última liminar. "A decisão, de firme amparo Constitucional e atenta compreensão do processo eleitoral do sindicato, afirmou o fundamental princípio da autonomia sindical e respaldou a decisão tomada pela CEC quanto à homologação das chapas", diz Seferian, que também é professor da Faculdade de Direito da UFMG. "Como na ocasião anterior, demos e daremos estrito cumprimento à decisão superveniente", acrescenta.
Por Renan Fernandes
Em dezembro de 1968, o AI-5 interrompeu a trajetória de Lucia Murat como estudante do Instituto de Economia da UFRJ. Lucia foi presa durante o Congresso da UNE em Ibiúna (SP), e ingressou na luta armada. “Faz mais de 50 anos que não pisava aqui nesse campus”, lembrou a cineasta, na terça-feira (25), após a exibição de seu mais novo filme, “O Mensageiro”, na edição especial do Cine Cidadania, no auditório Professor Manoel Maurício Albuquerque, na Praia Vermelha.
O evento, promovido pelo Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e pela Universidade da Cidadania, debateu o tema das lutas e resistências femininas em homenagem ao mês das mulheres.
A ocasião tornou-se ainda mais simbólica por acontecer no dia em que o STF iniciou o julgamento das denúncias que levaram Bolsonaro e outros sete aliados — entre eles, cinco militares de alta patente — ao banco dos réus por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.
“É simbólica a exibição deste filme no dia em que defensores de torturadores estão sendo julgados por seus crimes”, exaltou a professora Christine Ruta, coordenadora do FCC.
A professora Eleonora Ziller, diretora da Universidade da Cidadania, fez coro às celebrações pelo julgamento inédito na história do Brasil. “Onde estaríamos se o 8 de janeiro não tivesse fracassado? A que nível de agressividade, de potência autoritária nós estaríamos submetidos?”, questionou.
O MENSAGEIRO
No longa, a história da protagonista Vera é inspirada na vida da própria diretora. A narrativa acompanha a força da jovem militante para resistir às torturas e a resiliência de sua mãe, Maria, que desafia as amarras impostas pelo patriarcado.
Num cenário de total falta de informação sobre o paradeiro da filha, Maria constrói uma relação de amizade com um recruta, Armando, o carcereiro de Vera que assume o papel de mensageiro. “Pensar no mensageiro é pensar na possibilidade de diálogo com o outro. Havia uma demonstração de humanidade em meio a todo aquele horror”, explicou Murat.
A historiadora Dulce Pandolfi, assessora da Universidade da Cidadania, comentou ao final da exibição que também teve um mensageiro enquanto esteve presa e que ele possibilitou o envio de uma carta para sua família, no Recife. “A ambiguidade naquele ambiente era enorme. A perversidade dos torturadores ia tomando conta dos jovens soldados que muitas vezes eram boas pessoas”, lembrou.
O tema da ditadura é recorrente na obra de Murat. Em quatro décadas de carreira, dirigiu obras importantes como “Que bom te ver viva”, “Quase dois irmãos” e “A memória que me contam”. “Faço filmes em função das minhas angústias. Cada filme que faço sobre a ditadura fala também da época em que foi feito”, revelou Lucia.
A motivação da cineasta neste último trabalho foi a percepção de uma crescente polarização na sociedade brasileira nos últimos anos. “Esse filme surgiu da necessidade de discutir porque mais de 50 milhões de brasileiros votaram num cara que defende a ditadura”, pontuou.
Murat é defensora do diálogo e citou Hannah Arendt no longa para falar sobre o perdão. Contudo, a cineasta reforça que perdoar não é esquecer. Após os créditos finais do filme, uma lembrança dolorosa aos espectadores. “Enquanto na Argentina, 1.125 torturadores foram condenados por crimes contra a humanidade, no Brasil, passados 38 anos do fim da ditadura, nenhum ditador nem torturador foi levado a julgamento”, diz a mensagem sobre um fundo preto representando o luto.
Eleonora Ziller destacou a perspectiva didática da obra na abordagem do tema, sem cair em uma perspectiva rasa. “É profundo e necessário, uma pedagogia de reeducação sobre o significado dessa fase da nossa história”, comentou a docente.
Após a exibição, a mesa de debate composta por quatro mulheres discutiu a força feminina na resistência ao regime.
A historiadora Andrea Queiroz, diretora da Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ, pesquisa os impactos do regime militar na universidade.
Entre os 45 professores cassados na universidade, Queiroz destacou a forma como as mulheres eram tratadas nos dossiês. “Eram comuns termos pejorativos, um olhar de vulgarização e objetificação. Grandes intelectuais como Eulália Lobo, Maria Yedda Linhares e Marina São Paulo de Vasconcelos eram tratadas como ‘vagabundas’ que ensinavam orgias”, disse.
Murat também recordou seu relatório da ABIN. “Minhas anotações eram: assalto a banco, roubo de carro, vários amantes. Tudo no mesmo patamar”, recordou rindo.
O contexto de terror imposto pelo regime militar foi a fagulha para muitas mulheres descobrirem uma força interior “Aquelas mulheres da geração das nossas mães, que eram donas de casa subservientes aos maridos, tiveram que mudar para proteger seus filhos”, apontou a cineasta, lembrando também de Eunice Paiva e do filme “Ainda estou aqui”.
Por Renan Fernandes
Em 1832, depois de atracar o HMS Beagle no Porto do Rio de Janeiro, o naturalista britânico Charles Darwin conheceu um irlandês dono de terras em Conceição de Macabu, na época um distrito da Vila de São João de Macaé. O convite do fazendeiro possibilitou o primeiro contato do naturalista com a biodiversidade da Mata Atlântica.
Quase dois séculos depois, Darwin retornou à Macaé. A Sociedade Brasileira de Genética e a Sociedade Brasileira de Biologia Evolutiva promoveram o Darwin Day entre os dias 24 e 26 de março no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da UFRJ (Nupem). Foram três dias de atividades para promover a disseminação de conhecimentos sobre a evolução da vida no planeta Terra.
O evento começou com a inauguração do Biomuseu do Nupem, o primeiro museu de História Natural do Norte Fluminense. “É um espaço dedicado à divulgação científica, à educação ambiental e ao encantamento com a natureza”, disse o professor Rodrigo Nunes da Fonseca, diretor da AdUFRJ e um dos responsáveis pela organização. “Reunir comunidade, estudantes, professores e visitantes em torno desses temas fortalece nosso compromisso com a Ciência e com a construção de um futuro mais consciente e sustentável”, completou.
A professora Cíntia Monteiro de Barros, diretora do Nupem, exaltou o museu como um espaço de inspiração e aprendizado para os estudantes e pesquisadores. “Nosso compromisso é fortalecer a educação científica e estimular o interesse pela biodiversidade e sua preservação”.
EVOLUÇÃO
A professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, órgão que gere as políticas de difusão cultural e divulgação científica, esteve presente na abertura do evento. “Foi um prazer encontrar crianças e jovens no lançamento. O museu vai aproximar essa juventude da Biologia”, comentou.
A seção dos animais taxidermizados fez sucesso entre o público infantil. O professor Pablo Rodrigues Gonçalves explicou que o Nupem recebe animais da região atropelados na rodovia BR-101. “As crianças ficam encantadas. São memórias que ficam para o resto da vida”, afirmou.
Além da exposição sobre a história da evolução e os ecossistemas atuais, o instituto abrirá as coleções científicas ao público. “É como uma biblioteca da fauna e da flora. As turmas de ensino básico vão poder ver como estudamos esses animais”.
Gonçalves participou de uma mesa de debate sobre o ensino de evolução na graduação e no Ensino Médio. Professores de colégios públicos compareceram e compartilharam as dificuldades do dia a dia.
“Além da falta de material para aulas práticas, o negacionismo provocado pelo fanatismo religioso foi citado por muitos professores da rede pública”, afirmou o docente. “Houve relatos de pais que foram à escola reclamar, esbravejando que o filho não veio do macaco. O professor precisa contemporizar, dizer que é apenas uma visão que não compete com a religiosa”, ponderou.
Professora emérita da UFRJ e integrante da Academia Brasileira de Letras, a escritora e pesquisadora Heloisa Teixeira faleceu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos. Com vasta produção acadêmica, Heloisa era reconhecida como uma das maiores pensadoras do feminismo brasileiro, e seus estudos nos campos das Letras e da Comunicação são referências nos cursos de graduação e pós-graduação. Nos últimos tempos, a professora dirigia o Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordenava o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço de debates sobre a questão da mulher na universidade.
“Que tristeza. Agora a saudade vai invadir as Quebradas”, lamentou o professor Fernando Santoro, diretor do IFCS, ao saber da morte de Heloisa. Criada em 2009, a Universidade das Quebradas (UQ), projeto abraçado por Heloisa, é um laboratório de tecnologia social tem mais de 800 participantes e se baseia na troca de saberes entre as comunidades, que produzem cultura fora das universidades, e a comunidade acadêmica. Entre suas múltiplas atividades, Heloisa tinha especial atenção à cultura produzida nas periferias das grandes cidades.
A professora Lilia Schwarcz, pesquisadora da USP, falou com saudade da amiga. “Acaba de nos deixar a querida Helô Teixeira. Ela deve estar agitando essa outra dimensão em que hoje está. E dando uma série de ideias para revolucionar tudo o que encontrar. Pois Helô era assim, uma pessoa sempre à frente do seu tempo. Uma visionária, uma revolucionária. Era também uma mulher inclusiva e plural. Foi ela que me ensinou a ser feminista, a querer sempre mais e a não me acomodar. Numa nota pessoal, preciso dizer que ela me inventou como pesquisadora acadêmica, nos idos de 1988. Inventou que cobriria as manifestações sobre o centenário da abolição em São Paulo. Ela era assim. Um furacão de conteúdo e ativismo”, contou Lilia.
Secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio, a professora Tatiana Roque também lembrou o papel de Heloísa como desbravadora de caminhos. “Uma intelectual insubstituível que soube, como ninguém, levar a universidade para as quebradas, como ela gostava de dizer, e criou essa iniciativa linda: a Universidade das Quebradas. Heloisa entendia que o maior potencial que nós temos na universidade são as pessoas que vêm de diferentes territórios e que conseguem, nessas conexões de pensamento, criar o novo. E ela sempre incentivou e apoiou de todas as formas possíveis”, disse Tatiana.
Ex-aluna doutorado e colega de Heloisa na Escola de Comunicação da UFRJ, a pró-reitora de Extensão, professora Ivana Bentes, pontuou que a pesquisadora inovou também em termos de linguagem: “Te agradeço por todas as portas abertas, todas as vezes que viu e parou para ouvir tudo que emerge e se move. Com você aprendi que a pesquisa pode ser desengessada, ágil e falar a linguagem de todos. Um ensaísmo pop que nos liberta do academicês e nos autoriza a pensar sem amarras. Um privilégio ter sido tua contemporânea, estar nesse mesmo tempo que conecta muitas gerações e mundos!”.
Ivana destacou a importância de Heloisa na conexão entre as periferias e a universidade. “Heloisa criou e participou da Universidade das Quebradas, um programa de extensão na UFRJ que trouxe a produção cultural e de pensamento das periferias para o diálogo acadêmico. Mostrando quanto a extensão universitária pode impactar na vida da cidade e da produção de conhecimento”.
Paulista de Ribeirão Preto, Heloisa nasceu em 26 de julho de 1939, graduou-se em Letras Clássicas pela PUC-Rio em 1961, e foi admitida como professora da UFRJ em 1965. Tornou-se titular da instituição em 1969. Fez mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ, e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova York.
Em 2023, mesmo ano em que foi eleita para ocupar a 30ª cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo Nélida Piñon, Heloisa tomou a decisão de trocar o sobrenome que herdara de seu primeiro companheiro, o advogado e galerista Lula Buarque de Hollanda, já falecido, pelo sobrenome materno: Heloisa Teixeira