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Dezenas de professores e técnicos-administrativos são homenageados, após se aposentarem este ano. A solenidade, a primeira do tipo, ocorreu no auditório do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza “Fiquei em êxtase quando soube que finalmente haveria um reconhecimento público pelo que fizemos. E que não foi pouco”, disse a bibliotecária Maria Luiza Figueira. Ela, que atuou por 29 anos no Instituto de Geociências, estava entre dezenas de professores e técnicos-administrativos homenageados pela UFRJ, após se aposentarem este ano. A solenidade, a primeira do tipo, ocorreu no auditório Roxinho do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, no dia 12: “Sempre houve recepção aos novos, mas quem saía era tratado como uma espécie de roupa velha”, reforçou Maria Luiza. “A gente se aposenta, mas continua próximo e ligado à universidade”, destacou a presidente da Adufrj, Maria Lúcia Teixeira Werneck Vianna. Ela saudou a iniciativa e convidou os colegas a se manterem “na ativa”: “A Adufrj está aberta e convida todos a seguir contribuindo. Criamos grupos de trabalho relacionados às preocupações em relação à nossa cidade, ao nosso país e, particularmente, à nossa universidade”. O reitor Roberto Leher observou que o grupo, com aproximadamente 30 anos de serviço à UFRJ, também é a geração da redemocratização do país. “É preciso destacar a dimensão política desta cerimônia. A aposentadoria é uma conquista de muitas gerações, assim como o concurso e a carreira”, disse. A dedicação exclusiva e progressão por titulação igual para servidores docentes e técnico-administrativos também foram citadas pelo dirigente: “Em tudo isso, vocês tiveram papel fundamental. A UFRJ é uma instituição que tem rosto e história”. Leher atribuiu as elevadas pontuações da universidade nas mais diferentes avaliações à “paixão, engajamento e dedicação” dos servidores. “Com todas as críticas possíveis às metodologias dos rankings, estamos sempre bem colocados. E fica o estranhamento: como isso é possível se não contamos com uma infraestrutura adequada? Isso só é possível graças a pessoas de carne e osso”. Aposentado há cerca de três meses, o jornalista Fernando Pedro Lopes aprovou o formato da cerimônia. “Foi bom e deve se repetir”. Para ele, “a vida pós-UFRJ” não significa um afastamento definitivo. “Muito bom também rever pessoas com quem a gente conviveu longos períodos na universidade. Os projetos continuam, agora em outros níveis. Claro que nunca esqueceremos a universidade, seguimos lutando por ela, só não mais o tempo todo”.

O Conselho Universitário do dia 7 aprovou o calendário das atividades acadêmicas para os dois períodos do ano letivo de 2018. Confira como ficou a agenda da universidade e se organize:

Para os alunos dos cursos de graduação em geral, inclusive Nutrição (Macaé) e de Enfermagem e Obstetrícia (Macaé):

a) Primeiro período letivo: de 12 de março de 2018 a 14 de julho de 2018.

b) Segundo período letivo: de 06 de agosto de 2018 a 15 de dezembro de 2018.

Para os alunos dos Cursos de Medicina (Rio de Janeiro), Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Medicina (Macaé).

a) Primeiro período letivo: de 29 de janeiro de 2018 a 06 de julho de 2018.

b) Segundo período letivo: de 24 de julho de 2018 a 21 de dezembro de 2018.

Para os alunos do Colégio de Aplicação:

a) Primeiro período letivo: de 19 de fevereiro de 2018 a 13 de julho de 2018.

b) Segundo período letivo: de 31 de julho de 2018 a 21 de dezembro de 2018.

IV. Para os alunos da Escola de Educação Infantil:

a) Primeiro período letivo: 22 de fevereiro de 2018 a 07 de julho de 2018.

b) Segundo período letivo: 31 de julho de 2018 a 21 de dezembro de 2018.

As atividades de ensino dos cursos de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) da UFRJ ficam com as seguintes datas:

Para os alunos dos cursos organizados em 02 (dois) períodos letivos (SEMESTRAL)

a) Primeiro período letivo: de 12 de março de 2018 a 14 de julho de 2018.

b) Segundo período letivo: de 06 de agosto de 2018 a 21 de dezembro de 2018.

Para os alunos dos cursos organizados em 04 (quatro) períodos letivos (BIMESTRAL)

a) Primeiro período letivo: de 12 de março de 2018 a 11 de maio de 2018.

b) Segundo período letivo: de 21 de maio de 2018 a 20 de julho de 2018.

c) Terceiro período letivo: de 06 de agosto de 2018 a 28 de setembro de 2018.

d) Quarto período letivo: de 08 de outubro de 2018 a 21 de dezembro de 2018.

Para os alunos dos cursos organizados em 04 (quatro) períodos letivos (TRIMESTRAL)

a) Primeiro período letivo: de 05 de março de 2018 a 11 de maio de 2018.

b) Segundo período letivo: de 11 de junho de 2018 a 31 de agosto de 2018.

c) Terceiro período letivo: de 10 de setembro de 2018 a 14 de dezembro de 2018.

d) Quarto período letivo: de 02 de janeiro de 2019 a 08 de março de 2019.

Já as ações de extensão serão registradas pelos proponentes e avaliadas pelas comissões próprias dos Centros Universitários em dois períodos:

a) Primeiro semestre de 2018 (ações para oferta em 2018/2):

Período de inscrição: 01 de março de 2018 a 15 de maio de 2018

Período de avaliação: 16 de maio de 2018 a 06 de julho de 2018

b) Segundo semestre de 2018 (ações para oferta em 2019/1):

Período de inscrição: 06 de agosto de 2018 a 04 de novembro de 2018

Período de avaliação: 05 de novembro de 2018 a 21 de dezembro de 2018

O calendário de feriados e recessos para 2018 aprovado:

01/01/18 (2ª feira) – Confraternização Universal

20/01/2018 – Dia de São Sebastião (sábado), apenas para campi do município do Rio de Janeiro

12/02, 13/02 e 14/02/2018 – Carnaval e Cinzas (2ª, 3ª e 4ª feiras)

10/02 (sábado) a 17/02 (sábado)- Recesso de Carnaval 2018

30/03/2018 – Sexta Feira Santa (6ª feira)

31/03/2018 (sábado) - Recessos por feriado

21/04/2018 – Dia de Tiradentes (sábado)

23/04/2018 – Dia de São Jorge (2ª feira)

30/04/2018 (2ª feira) - Recessos por feriados:

01/05/2018 – Dia do Trabalhador (3ª feira)

31/05/2018 – Dia de "Corpus Christi" (5ª feira)

01/06/2018 (6ª feira) - Recessos por feriado

13/06/2018 – Dia de Santo Antônio (4ª feira) apenas para Duque de Caxias

24/06/2018 – Dia de São João Batista (domingo), apenas para Macaé

29/07/2018 – Emancipação de Macaé (domingo), apenas para o campus do Município

25/08/2018 – Patrono de Duque de Caxias (sábado) apenas para o campus do Município

07/09/2018 – Dia da Independência do Brasil (6ª feira)

12/10/2018 – Dia de Nossa Senhora Aparecida (6ª feira)

28/10/2018 – Dia do Funcionário Público (domingo)

02/11/2018 – Dia de Finados (6ª feira)

15/11/2018 – Dia da Proclamação da República (5ª feira)

16/11/2018 (6ª feira) - Recessos por feriado

19/11/2018 (2ª feira) - Recessos por feriados

20/11/2018 – Dia da Consciência Negra (3ª feira)

25/12/2018 – Natal (3ª feira)

26/12/2018 (4ª feira) a 01/01/2019 (3ª feira)- Recesso de Natal e Ano Novo 2019

01/01/2019 – Confraternização Universal (2ª feira)

Quem conhece apenas de vista o professor Jacob Herzog não imagina que ele se divide entre dois ofícios tão diferentes: as aulas de piano na Escola de Música da UFRJ e o plantio de amoras em Nova Friburgo. “A pressão da cidade às vezes sufoca”, afirma o docente, cujo sobrenome famoso é apenas uma coincidência com o do jornalista assassinado na ditadura. Para vencer o estresse urbano, o pianista comprou um sítio – onde também tem um piano – e passou a se aventurar pela vida na roça. Acorda às 5h, prepara sua comida, termina os afazeres domésticos e parte para o campo. O próprio Jacob transporta o cultivo para a capital, em sacos de um quilo. “Meu grande comprador é um restaurante no centro, mas vendo para lojas de sucos também”, diz. Hoje, a produção beira os 500 kg por ano. A escolha da fruta surgiu da conversa com um especialista, que recomendou o plantio em função do clima e do fato de nenhuma outra pessoa plantar amoras na região. Recomeçar é um verbo conhecido no currículo do professor. Ele só entrou na vida acadêmica depois dos 40. Antes, era jornalista. Aos 44, decidiu fazer a graduação, mestrado e emendou um concurso na Escola da Música. “Entrei aqui já tendo uma expertise. Conheci o piano aos seis anos, mas precisava de um diploma para conseguir trabalhar com isso”, conta. “Às vezes, eu me sinto ocupado demais”, lamenta. “Reclamo à beça, me pergunto por que fui inventar isso”, diverte-se. Ao mesmo tempo, não se arrepende de suas escolhas. “Acho que viver é isso, é você se comprometer com novas coisas e atuar da forma mais harmônica possível”.

Menos de um mês após a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, a Universidade Estácio de Sá comunicou a demissão de 1,2 mil professores no último dia 5. A intenção da instituição é contratar profissionais pelas novas regras, adotando o sistema de trabalho intermitente. "Até a Estácio demitir em massa, a ficha da sociedade sobre a crueldade da Reforma não tinha caído", avalia Mário Maturo, diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro). "O número de desligamentos nunca foi tão alto: só no Estado do Rio, 450 docentes perderam seus empregos." Uma das preocupações de Mário é a rescisão dos contratos dos docentes. Com as novas regras da reforma trabalhista, a documentação não precisa mais passar pelo crivo do sindicato. "Ainda não sabemos se os professores vão identificar possíveis erros na homologação e correr atrás de seus direitos", diz. “O sindicato está de portas abertas a todos envolvidos na demissão feita pela Está- cio e em outras faculdades". Em nota, a universidade informa que “promoveu uma reorganização em sua base de docentes” ao final do segundo semestre de 2017 e que a mudança “tem como objetivo manter a sustentabilidade da instituição”.

A UFRJ pretende fazer muito barulho contra a agenda antipopular do governo. Isso ficou claro após reunião entre representantes da reitoria e das entidades dos professores, técnicos e pós-graduandos, no último dia 5 — o DCE não pôde comparecer. A ideia é aproveitar o início do próximo ano letivo para a realização de grandes debates acadêmicos, envolvendo toda a comunidade. “A paralisação da universidade é o pior cenário”, afirmou o reitor Roberto Leher. A presidente da Adufrj, Maria Lúcia Werneck, considerou muito importante a aproximação entre os segmentos e a administração central. Ela recomendou que, para além dos diagnósticos e avaliações, a universidade apresentasse propostas, já pensando nas eleições de 2018: “Temos de mostrar para a população a importância da defesa da universidade pública”, acrescentou. O próximo encontro entre as entidades e a reitoria ficou marcado para 18 de dezembro.

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