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Causou alvoroço na diplomacia internacional uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde, ligada à Organização das Nações Unidas. Discutido e aprovado no fim de maio, em Genebra, o texto incentiva a amamentação entre os países-membros da ONU. Passado um mês da decisão e publicação do documento, o jornal americano “The New York Times” informou que os EUA tentaram modificar a proposta, com ameaças de sanções econômicas a outras nações. Um dos trechos que as autoridades americanas queriam alterar é o que solicita aos países restringir a promoção de produtos alimentícios que muitos especialistas dizem ter efeitos negativos em bebês. Professor da Universidade Federal de Pelotas e colaborador da Organização Mundial de Saúde, Bernardo Horta considerou a medida da ONU “extremamente adequada, pois visa promover e proteger a amamentação e, ao mesmo tempo, limitar as ações de marketing da industria de alimentos”. O epidemiologista observa que os benefícios da amamentação são amplamente conhecidos, entre eles, a redução da mortalidade e das doenças na infância e, a longo prazo, melhorar o desenvolvimento intelectual.

Banco contratará consultoria para estudar uso de imóveis; acordo prevê centro cultural no prédio do antigo Canecão. Pagamento será por meio de contrapartidas em assistência estudantil e infraestrutura Ana Beatriz Magno, Fernanda da Escóssia e Kelvin Melo A UFRJ firmou contrato com o BNDES para estruturar o processo de aproveitamento econômico do uso de imóveis da universidade. O novo modelo de gestão patrimonial poderá ser por concessão, por constituição de um fundo de investimento imobiliário ou alternativas que tragam aproveitamento financeiro à UFRJ. A ideia é que o Banco formate um plano atrativo para investidores privados. Integram o convênio a área do antigo Canecão, em Botafogo, terrenos da Praia Vermelha e do Fundão. O BNDES abrirá pregão para contratar uma consultoria, encarregada de dimensionar o patrimônio e estudar opções de uso dos imóveis. O custo inicial é de R$ 8,5 milhões, divididos entre R$ 6,7 milhões para serviços técnicos, R$ 1,1 de publicidade legal e R$ 606 mil para serviços da Bolsa de Valores. O montante será pago pelo BNDES e ressarcido pela UFRJ quando os primeiros contratos forem fechados. O banco receberá 0,2% do valor de cada contrato. Uma comissão designada pela Reitoria participou da formatação da parceria, aprovada há cerca de duas semanas pelo Conselho Curador da universidade, que decide sobre patrimônio. Segundo a reitoria, a aprovação do Consuni (Conselho Universitário) era desnecessária, mas o reitor Roberto Leher levou o tema ao Conselho horas antes da assinatura do contrato. “A novidade é elaborar um projeto de modo que recursos advindos de eventual concessão possam ser integralizados por meio de contrapartidas”, afirmou o reitor. As contrapartidas seriam para infraestrutura acadêmica e assistência estudantil. Por exemplo, uma empresa exploraria um terreno da Universidade e como pagamento assume custos do Restaurante Universitário. Hoje, se a UFRJ recebe R$ 300 milhões pelo aluguel de um terreno e tal valor não está no orçamento, o dinheiro vai para a Conta Única do Tesouro. É a primeira vez que o BNDES assina um contrato como esse. A expectativa é que o Canecão seja o primeiro licitado. A consultoria contratada pelo Banco deve procurar empresas no Brasil e no exterior interessadas em investir na universidade que arquem com a criação de um espaço cultural da UFRJ no antigo Canecão. “É uma dívida com a sociedade, até na feira me perguntam sobre o Canecão”, relatou o reitor. Segundo ele, a UFRJ poderá barrar parcerias inadequadas. “A ideia é interessante, mas deveria ter sido mais discutida com a comunidade. É o patrimônio da universidade que está em jogo”, pondera o diretor da Faculdade de Medicina, professor Roberto Medronho. Já a diretora da Escola Politécnica, Claudia Morgado, avalia que, no mérito, não há como ser contra a proposta, mas que os conselheiros esperavam mais detalhes. O desafio, segundo ela, é acompanhar as contrapartidas, para que não haja obras mal executadas, que tragam mais risco que benefícios para a UFRJ. Embora o contrato já tenha sido assinado, o Consuni voltará ao tema na próxima reunião.

“Temos um compromisso social e político de contribuir para a construção de um ensino mais democrático”, afirmou a diretora Carmen Teresa, durante sessão solene da Congregação da unidade A Faculdade de Educação comemorou 50 anos na manhã do dia 10, durante sessão solene da Congregação, no campus da Praia Vermelha. A diretora Carmen Teresa Gabriel Le Ravallec destacou o papel da instituição no momento conturbado que o país passa. “Temos um compromisso social e político de contribuir para a construção de um ensino mais democrático”, afirmou. “É nosso desafio driblar as dificuldades e afirmar a Faculdade de Educação como um ambiente de formação e afirmação do espaço público”, acrescentou a professora. Desde 2015, o curso de graduação em Pedagogia oferecido pela unidade recebe a nota máxima de avaliação do Ministério da Educação. “O corpo docente pensa na sociologia, história, psicologia da educação não só para a nossa área, mas para todas as licenciaturas e unidades”, completou Carmen Teresa. O reitor Roberto Leher, que é professor da faculdade, parabenizou a unidade pela data especial: “Uma universidade pública não pode deixar de ter uma área de educação audaciosa, projetiva e com muita vitalidade em relação ao seu futuro. Comemorar 50 anos da Faculdade de Educação é um marco para a UFRJ”, disse. Diante de um bolo preparado especialmente para a confraternização, os convidados cantaram parabéns e celebraram a importância da FE para a universidade e a área de educação. Mas as comemorações continuam até o final do ano. Palestras e mesas de debate estão sendo programadas, além de exposições fotográficas, exibição de filmes e intervenções de arte no campus da Praia Vermelha. “A ideia é criar um contexto de diálogo com outras manifestações artísticas e que podem nos ajudar a apresentar o que é a Faculdade de Educação”, observou a professora Angela Santi.

Sindicato não aceita reajuste de 42,5%, que penaliza professores idosos. Decisão é romper com a gestora do contrato e buscar novos planos de Saúde para os docentes da UFRJ Ana Beatriz Magno e Fernanda da Escóssia Diante do aumento abusivo de 42,5% do plano de saúde da Unimed, a diretoria da Adufrj resolveu romper o contrato com a empresa corretora responsável pela gestão das apólices de docentes filiados ao sindicato. A Adufrj também decidiu entrar na Justiça contra o reajuste do plano dos professores com mais de 65 anos de idade. A Unimed não aceitou reduzir os valores dos que mais usam os planos - os idosos acima de 65 anos. Pela listagem fornecida pela corretora, 49 dos 201 professores com plano Unimed têm mais de 65 anos.   As decisões foram tomadas na tarde de sexta-feira, após reunião entre a diretoria da Adufrj e a corretora. A Adufrj rompeu o contrato por não concordar com o valor do reajuste - 42,5%, frente a uma inflação de 4,39% nos últimos doze meses- nem com os aumentos diferenciados por faixa etária. “Não aceitamos a penalização dos idosos. A decisão é entrar na justiça e garantir que não haja interrupção do tratamento”, afirmou a vice-presidente da Adufrj, professora Ligia Bahia, especialista em planos de saúde. Os contratos de docentes com a corretora estão mantidos. A Adufrj deixa claro, porém, que a empresa não representa mais a seção sindical. A corretora se comprometeu a fazer uma nova apólice com reajustes menores, em torno de 17%, mas apenas para os titulares com menos de 65 anos. Essa alternativa prevê que os professores troquem de apólice dentro do mesmo plano, sem exigência de carência, mas pagando a diferença entre o plano atual e o novo. Professores que fizerem essa opção devem negociar com a corretora e ela terá que honrar o acordado. A diretoria esclarece que está buscando alternativas de um novo plano de saúde em outro patamar de condições. “Queremos uma abrangente rede credenciada, com garantias de negociação de reajuste e maior protagonismo da Adufrj no processo”, explicou o professor Eduardo Raupp de Vargas, vice-presidente da Adufrj. A assessoria jurídica da Adufrj está à disposição para esclarecimentos dos sindicalizados.

A feira do Dia da Ciência lotou os jardins do Museu Nacional e mostrou interesse da população pelo tema - enquanto o governo federal corta verba do setor. Mais de 20 organizações, como a Adufrj, participaram. Teve telescópio para ver o sol, teve aula sobre mosquito da dengue e criança aprendendo a montar moléculas químicas com jujubas coloridas. Foi como se os jardins do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, tivessem se transformado em laboratórios abertos, onde era possível aprender e ensinar sobre o impacto da ciência no dia a dia de cada um. Num domingo de sol e muito calor, o Dia Nacional da Ciência mostrou um surpreendente interesse da população pelos experimentos científicos _ em contraste com o explícito desinteresse do governo federal, que corta sucessivamente o orçamento do setor de ciência e tecnologia no país. Mais de 20 organizações científicas, a Adufrj entre elas, apoiaram o evento, que foi montado como uma feira de ciências e lotou os jardins do Museu. Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, ficou claro o interesse do cidadão comum pelo tema. "É um contraste com o desinteresse que temos visto por parte dos governos federal e estadual, num panorama desastroso de cortes  e desprestígio. Este dia é um dia de resistência", afirmou Davidovich, lembrando que o orçamento federal para a área de ciência e tecnologia é hoje um terço do que se tinha em 2013. Para ele, a saída é cobrar dos parlamentares que, na hora das decisões sobre o orçamento, destinem recursos para o setor. "A simpatia e a solidariedade da população ficaram evidentes. É preciso mostrar que, para que tudo isso aconteça, a ciência precisa de orçamento, de uma política eficaz no setor. E não é o que temos visto  por parte desse governo", afirmou a vice-presidente da Adufrj, Ligia Bahia. Parlamentares como Carlos Minc (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além da candidata a deputada federal Tatiana Roque (PSOL-RJ), professora da UFRJ e ex-presidente da Adufrj, acompanharam o ato. A vice-reitora Denise Nascimento representou a UFRJ. O dia também lembrou os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Uma das responsáveis pela organização do evento, a conselheira da SBPC Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos agradeceu o apoio de entidades e institutos de pesquisa e destacou a necessidade de obter o apoio efetivo da população. Lembrou que a produção científica demanda tempo, estudo e investimento, e que é preciso mostrar isso à comunidade. Uma equipe do Instituto de Microbiologia da UFRJ apostou em ensinar como uma atitude corriqueira, a lavagem correta das mãos, tem impacto efetivo no controle de doenças.  Uma caixa com luz negra permitia observar as mãos antes e depois da lavagem. Kits com lâminas de laboratório mostravam a quantidade de bactérias em cada objeto que manuseamos, como uma maçaneta de porta e um celular. Acompanhadas pelos pais, crianças faziam fila para acompanhar os experimentos. Marina Silva, mestranda em Turismo na UFF, levou o filho Vicente, de 3 anos, para ajudar a montar esqueletos de dinossauro. "A gente precisa mostrar para os filhos que a ciência está na vacina, no dia a dia, em tudo", afirmou.

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