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Sindicato não aceita reajuste de 42,5%, que penaliza professores idosos. Decisão é romper com a gestora do contrato e buscar novos planos de Saúde para os docentes da UFRJ Ana Beatriz Magno e Fernanda da Escóssia Diante do aumento abusivo de 42,5% do plano de saúde da Unimed, a diretoria da Adufrj resolveu romper o contrato com a empresa corretora responsável pela gestão das apólices de docentes filiados ao sindicato. A Adufrj também decidiu entrar na Justiça contra o reajuste do plano dos professores com mais de 65 anos de idade. A Unimed não aceitou reduzir os valores dos que mais usam os planos - os idosos acima de 65 anos. Pela listagem fornecida pela corretora, 49 dos 201 professores com plano Unimed têm mais de 65 anos.   As decisões foram tomadas na tarde de sexta-feira, após reunião entre a diretoria da Adufrj e a corretora. A Adufrj rompeu o contrato por não concordar com o valor do reajuste - 42,5%, frente a uma inflação de 4,39% nos últimos doze meses- nem com os aumentos diferenciados por faixa etária. “Não aceitamos a penalização dos idosos. A decisão é entrar na justiça e garantir que não haja interrupção do tratamento”, afirmou a vice-presidente da Adufrj, professora Ligia Bahia, especialista em planos de saúde. Os contratos de docentes com a corretora estão mantidos. A Adufrj deixa claro, porém, que a empresa não representa mais a seção sindical. A corretora se comprometeu a fazer uma nova apólice com reajustes menores, em torno de 17%, mas apenas para os titulares com menos de 65 anos. Essa alternativa prevê que os professores troquem de apólice dentro do mesmo plano, sem exigência de carência, mas pagando a diferença entre o plano atual e o novo. Professores que fizerem essa opção devem negociar com a corretora e ela terá que honrar o acordado. A diretoria esclarece que está buscando alternativas de um novo plano de saúde em outro patamar de condições. “Queremos uma abrangente rede credenciada, com garantias de negociação de reajuste e maior protagonismo da Adufrj no processo”, explicou o professor Eduardo Raupp de Vargas, vice-presidente da Adufrj. A assessoria jurídica da Adufrj está à disposição para esclarecimentos dos sindicalizados.

“Temos um compromisso social e político de contribuir para a construção de um ensino mais democrático”, afirmou a diretora Carmen Teresa, durante sessão solene da Congregação da unidade A Faculdade de Educação comemorou 50 anos na manhã do dia 10, durante sessão solene da Congregação, no campus da Praia Vermelha. A diretora Carmen Teresa Gabriel Le Ravallec destacou o papel da instituição no momento conturbado que o país passa. “Temos um compromisso social e político de contribuir para a construção de um ensino mais democrático”, afirmou. “É nosso desafio driblar as dificuldades e afirmar a Faculdade de Educação como um ambiente de formação e afirmação do espaço público”, acrescentou a professora. Desde 2015, o curso de graduação em Pedagogia oferecido pela unidade recebe a nota máxima de avaliação do Ministério da Educação. “O corpo docente pensa na sociologia, história, psicologia da educação não só para a nossa área, mas para todas as licenciaturas e unidades”, completou Carmen Teresa. O reitor Roberto Leher, que é professor da faculdade, parabenizou a unidade pela data especial: “Uma universidade pública não pode deixar de ter uma área de educação audaciosa, projetiva e com muita vitalidade em relação ao seu futuro. Comemorar 50 anos da Faculdade de Educação é um marco para a UFRJ”, disse. Diante de um bolo preparado especialmente para a confraternização, os convidados cantaram parabéns e celebraram a importância da FE para a universidade e a área de educação. Mas as comemorações continuam até o final do ano. Palestras e mesas de debate estão sendo programadas, além de exposições fotográficas, exibição de filmes e intervenções de arte no campus da Praia Vermelha. “A ideia é criar um contexto de diálogo com outras manifestações artísticas e que podem nos ajudar a apresentar o que é a Faculdade de Educação”, observou a professora Angela Santi.

Com a chegada do inverno, a equipe de rugby da UFRJ criou uma Campanha do Agasalho para ajudar pessoas carentes que sofrem com o frio. São cinco pontos de coleta: hall do Bloco A do CT, corredor principal da Escola de Educação Física e Desportos, Bandejão da Faculdade de Letras, módulo dos contêineres da Praia Vermelha (perto da Pedagogia) e CCS, próximo à farmácia. As doações podem ser feitas até 13 de julho. João David Júnior, aluno de Engenharia de Petróleo, está à frente da organização da campanha. Ele pede a doação de luvas, agasalhos, cachecóis e cobertores. Podem ser peças novas ou usadas, desde que estejam em condições de uso. Os donativos recolhidos serão entregues a uma instituição de caridade, ainda não definida. O estudante diz que o time tem tradição de realizar ações filantrópicas na universidade. “Todos os nossos atletas estão envolvidos nas nossas campanhas. São alunos dos mais variados cursos e centros da UFRJ", afirma João. Um mutirão para doação de sangue já está sendo programado para este semestre. Para mais informações, acesse a página do rugby no facebook. https://www.facebook.com/UFRJRUGBY/

A feira do Dia da Ciência lotou os jardins do Museu Nacional e mostrou interesse da população pelo tema - enquanto o governo federal corta verba do setor. Mais de 20 organizações, como a Adufrj, participaram. Teve telescópio para ver o sol, teve aula sobre mosquito da dengue e criança aprendendo a montar moléculas químicas com jujubas coloridas. Foi como se os jardins do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, tivessem se transformado em laboratórios abertos, onde era possível aprender e ensinar sobre o impacto da ciência no dia a dia de cada um. Num domingo de sol e muito calor, o Dia Nacional da Ciência mostrou um surpreendente interesse da população pelos experimentos científicos _ em contraste com o explícito desinteresse do governo federal, que corta sucessivamente o orçamento do setor de ciência e tecnologia no país. Mais de 20 organizações científicas, a Adufrj entre elas, apoiaram o evento, que foi montado como uma feira de ciências e lotou os jardins do Museu. Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, ficou claro o interesse do cidadão comum pelo tema. "É um contraste com o desinteresse que temos visto por parte dos governos federal e estadual, num panorama desastroso de cortes  e desprestígio. Este dia é um dia de resistência", afirmou Davidovich, lembrando que o orçamento federal para a área de ciência e tecnologia é hoje um terço do que se tinha em 2013. Para ele, a saída é cobrar dos parlamentares que, na hora das decisões sobre o orçamento, destinem recursos para o setor. "A simpatia e a solidariedade da população ficaram evidentes. É preciso mostrar que, para que tudo isso aconteça, a ciência precisa de orçamento, de uma política eficaz no setor. E não é o que temos visto  por parte desse governo", afirmou a vice-presidente da Adufrj, Ligia Bahia. Parlamentares como Carlos Minc (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além da candidata a deputada federal Tatiana Roque (PSOL-RJ), professora da UFRJ e ex-presidente da Adufrj, acompanharam o ato. A vice-reitora Denise Nascimento representou a UFRJ. O dia também lembrou os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Uma das responsáveis pela organização do evento, a conselheira da SBPC Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos agradeceu o apoio de entidades e institutos de pesquisa e destacou a necessidade de obter o apoio efetivo da população. Lembrou que a produção científica demanda tempo, estudo e investimento, e que é preciso mostrar isso à comunidade. Uma equipe do Instituto de Microbiologia da UFRJ apostou em ensinar como uma atitude corriqueira, a lavagem correta das mãos, tem impacto efetivo no controle de doenças.  Uma caixa com luz negra permitia observar as mãos antes e depois da lavagem. Kits com lâminas de laboratório mostravam a quantidade de bactérias em cada objeto que manuseamos, como uma maçaneta de porta e um celular. Acompanhadas pelos pais, crianças faziam fila para acompanhar os experimentos. Marina Silva, mestranda em Turismo na UFF, levou o filho Vicente, de 3 anos, para ajudar a montar esqueletos de dinossauro. "A gente precisa mostrar para os filhos que a ciência está na vacina, no dia a dia, em tudo", afirmou.

Fernanda da Escóssia e Larissa Caetano

Entre baixos salários e uma rotina desafiadora de trabalho, quem ainda quer ser professor? No Brasil, só 2,4% dos adolescentes de 15 anos consideram a docência como carreira a ser seguida. Há dez anos, eram 7,5%. Os dados são de um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado em junho. O estudo usa dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) e mostra que o desinteresse pela profissão não é exclusivo do Brasil: em 60 países investigados, a proporção de adolescentes de 15 anos que desejam ser professores caiu de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015. Outro estudo, este do movimento Todos Pela Educação com 2.160 professores brasileiros da educação básica, indica que a profissão não é vista como atraente nem por quem a exerce: 49% dos docentes entrevistados não indicariam a carreira para um jovem. Entre os motivos desse desencanto estão os baixos salários e a falta de reconhecimento. Professores do ensino médio são os que menos recomendam a carreira. Os que mais indicam são os das etapas iniciais. Coordenadora responsável pela formação pedagógica das 27 licenciaturas da UFRJ, Maria Margarida Gomes diz que a docência é ao mesmo tempo marcada pelo idealismo e pelo sentimento de pouco reconhecimento. “É uma carreira procurada por pessoas com engajamento social, que buscam espaço para atuar e educar”, afirma. Outro atrativo é a perspectiva de emprego – ainda que os salários sejam baixos, numa representação do pouco reconhecimento social, na avaliação de Margarida. “A escola privada não estimula o professor a se qualificar, fazer mestrado, doutorado. Acham que tem que parar no tempo”, avalia. A coordenadora, porém, disse que na UFRJ as licenciaturas têm tido alta procura. Cursos de Letras, Educação Física e Ciências Biológicas são muito disputados. Margarida lembra ainda que as licenciaturas por vezes atraem estudantes de classe média baixa, e muitos deles são os primeiros de suas famílias a obter um diploma universitário. Professora da Faculdade de Educação, Gabriela Honorato diz que os resultados das pesquisas não surpreendem, pois no Brasil a docência é historicamente desprestigiada e associada a baixos salários. “Por isso, muitas licenciaturas são um caminho para jovens de famílias mais pobres”, afirma. Aluno de História na UFRJ, Victor Brandão de Oliveira diz que a faculdade lhe apontou extremos: “Não vou dizer que sempre sonhei ser professor, mas enxergo um poder transformador. Vamos da desmotivação à esperança”. Aluna de Ciências Sociais, Gabriela Ciriaco não conseguiu vaga no ensino regular e fez curso normal – e os professores diziam que não valia a pena. No estágio, se apaixonou pelo trabalho. “Amo o que faço. A troca é maravilhosa”. Ao mesmo tempo, diz que não há visibilidade da importância do professor.

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