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Mais algumas caras novas

Adufrj-SSind participa de recepção organizada pela administração central e alerta para desafios de 2015

Vinte dos recém-chegados reforçam o CCS

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Muitos rostos jovens marcaram a primeira leva de docentes empossados na UFRJ em 2015. O grupo de 50 pessoas foi recepcionado pela pró-reitoria de Pessoal (PR-4), entre os dias 23 e 24, no CCMN. 

Maior Centro da universidade, o CCS vai receber boa parte deles (20, sendo 11 só para a Faculdade de Medicina). Dos seis do Centro de Artes e Letras, quatro se destinam à Escola de Belas Artes. Enquanto no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), um terço, três dos nove concursados, atende ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS).

Convidada a falar aos recém-chegados, a diretoria da Adufrj-SSind destacou a situação difícil pela qual passa a universidade pública brasileira, em função dos cortes no já reduzido orçamento do Ministério da Educação (MEC). Luciana Boiteux (1ª vice-presidente da Seção Sindical) citou a recente crise para pagamento das empresas terceirizadas que prestam serviços de manutenção na universidade: entre outros reflexos, a situação causou o adiamento do início do semestre letivo do Colégio de Aplicação (o adiamento geral foi comunicado pela reitoria no dia seguinte a esta atividade). 

Luciana observou que, apesar da luta travada pelo Sindicato Nacional, na greve de 2012, os novos professores ingressam em uma carreira desestruturada por ação do governo federal. Outra perda recente para categoria está na redução drástica de direitos previdenciários, com a instituição da Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos (Funpresp), limitando o recebimento dos proventos ao teto do Regime Geral de Previdência Social.

Condições de trabalho

A precariedade das novas estruturas, criadas a partir do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), ou nas antigas, foi sublinhada por Boiteux. Três dos cinquenta empossados atuarão no campus Macaé. Aos colegas do Norte Fluminense, a dirigente fez uma saudação especial: “Queremos estar cada vez mais presentes em Macaé!”.

Novas filiações

No encontro com os mais novos quadros da UFRJ, Luciana e Romildo Bomfim (2º secretário) distribuíram materiais informativos sobre a Seção Sindical e reforçaram a importância da organização dos trabalhadores da Educação e filiação à entidade. A mensagem surtiu efeito: 17 dos 50 docentes preencheram e entregaram fichas de sindicalização no próprio evento ou até o dia seguinte.

 

Sonho de ser professora

2015030262Yara Furtado. Foto: Marco Fernandes - 23/02/2015Yara Furtado, 55, a mais nova aquisição da Faculdade de Medicina, já conhece bem a carreira e a rotina docente. Com quatro anos de experiência na UniRio, Yara demonstra animação: “Ser professora sempre foi um sonho”, justifica. Ela completou sua formação na UFRJ e, por isso, relata estar à vontade com o futuro local de trabalho. 

Miriam Wernek, 36, ingressa no Instituto de Biofísica, depois de atuar como pesquisadora associada do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O concurso foi o terceiro da vida, sendo o segundo para docente. Seu processo seletivo ocorreu em agosto de 2014. Miriam afirma estar familiarizada com as dificuldades da universidade, pois se graduou e se pós-graduou na casa. E mostra-se otimista: “Agora há até banheiros”, brincou. Em sua visão, os institutos hoje estão “mais atentos à necessidade de manutenção dos prédios”. “Mas é claro que o ideal seria a instituição manter uma estrutura digna, incluindo os banheiros”, completou.  

O 2015030263Flávio Carvalhaes. Foto: Marco Fernandes - 23/02/2015mineiro Flávio Carvalhaes, 30, reforça o quadro docente do Departamento de Sociologia (IFCS). O concurso foi seu quarto processo seletivo, mas o primeiro para a UFRJ. Na bagagem, traz uma experiência na FGV e entusiasmo com a migração para um “departamento bem avaliado”. Sua expectativa é desenvolver uma carreira interessante, “começando na graduação, mas o quanto antes na pós-graduação também”. As dificuldades em relação ao local de trabalho, “um prédio antigo, mas muito bonito”, ainda não o preocupam. A ideia de trabalhar no Centro do Rio agrada ao jovem docente. O mesmo não diz em relação às mudanças previdenciárias que afirma acompanhar com mais apreensão.

Maré protesta contra violência policial

Dezenas de moradores da Maré realizaram um protesto (foto) na noite de segunda-feira (23) contra a violência policial nas comunidades da região. Eles chegaram a interditar a Linha Amarela, no sentido do campus Fundão da UFRJ. Faixas e cartazes cobraram o fim dos autos de resistência e criticaram a atuação das forças de segurança públicas. “Os terroristas vestem fardas”, dizia uma delas.

No Congresso do Andes-SN, em Brasília, a professora Vera Salim (da Coppe) fez um relato emocionado sobre a situação que ocorre há anos, bem ao lado do campus da ilha do Fundão, da UFRJ: “É muito duro trabalhar ao lado da Maré, sabendo que lá os jovens, da idade ou mais novos que meus alunos, estão sendo exterminados pela política de segurança pública que forja a paz. Isso é problema do movimento docente, sim. É uma questão de classe”, afirmou.

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Pesar

O Consuni do último dia 26 aprovou moção de pesar à família do professor Geraldo Cidade, que faleceu em 19 de fevereiro. Geraldo ingressou na UFRJ em 1993 e no período de 2008 a 2014 liderou o processo de institucionalização do polo da universidade em Xerém.

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Greve faz governo recuar no Paraná

Hermes Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, destacou, na página eletrônica da entidade, a força do movimento: “O governo teve que recuar de sua decisão de destruir as carreiras dos educadores, quando foi obrigado, pela manifestação da categoria, a retirar os projetos de lei que nos retiravam direitos”, afirma. O mais recente ato dos educadores, no dia 25, reuniu 50 mil pessoas em uma marcha pelas ruas de Curitiba.
 
O Comando de Greve definiu que a Assembleia Estadual será na próxima quarta-feira, dia 4 de março, em Curitiba. Até lá, a greve geral continua e somente na assembleia serão definidas as próximas ações da paralisação.

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2015030272Além de visitarem o Congresso do Andes-SN, trabalhadores do Comperj também reforçaram ato dos servidores públicos federais do dia 25 de fevereiro. Foto: Silvana Sá

Solidariedade entre professores e operários

Durante uma das plenárias do Congresso do Andes-SN, em Brasília, trabalhadores e trabalhadoras do Comperj apareceram para fazer uma saudação ao movimento docente e agradecer o apoio do Sindicato Nacional e, especialmente das seções sindicais do Rio de Janeiro, à sua luta. Após ouvirem, em coro: “Obrigado, professor!”, os docentes responderam emocionados: “Somos todos trabalhadores”. 

Os operários, na capital federal, reuniram-se com representantes do Ministério do Trabalho, do Ministério da Justiça, além de parlamentares, em busca de soluções para o impasse. Além de não receberem há meses (a empreiteira responsável desapareceu), eles não conseguem buscar emprego em outros lugares. A direção da Petrobras, que é a contratante da obra do Comperj, tem ignorado os pleitos dos trabalhadores.

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Ciência Móvel
Em 2015, a Casa da Ciência da UFRJ, em Botafogo, completa 20 anos e inicia as comemorações apresentando o projeto Ciência Móvel – Vida e Saúde para Todos — Arte e Ciência sobre Rodas, do Museu da Vida/Fiocruz. Será de 3 a 29 de março. De terça a sexta, de 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h. Fecha às segundas.
 
A exposição é um espaço repleto de experimentos interativos para descobrir e explorar fenômenos da ciência. O visitante poderá observar, por exemplo, uma mini-usina hidrelétrica.

A defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores, a unidade de classe com movimentos e entidades e a luta contra a mercantilização da educação fazem parte da tarefa do Andes-SN e de suas seções sindicais

Esta foi a centralidade da luta aprovada no evento de Brasília

Silvana Sá. Enviada especial a Brasília (DF)

A capital federal recebeu, de 23 a 28 de fevereiro, o 34º Congresso do Andes-SN. E a mais importante instância deliberativa da categoria docente, após um longo debate sobre a conjuntura, ainda no primeiro dia do evento, aprovou o eixo que norteará todas as ações do Sindicato Nacional e suas seções sindicais, em 2015: “Avançar na organização dos docentes e na unidade com movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais para enfrentar a mercantilização da educação e intensificar a luta pela valorização do magistério, combatendo as políticas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

O texto tomou como base o Texto de Resolução (TR) apresentado pela diretoria nacional e incorporou sugestões de professores da base. Ao longo da plenária do primeiro dia, que durou cerca de cinco horas, diversas proposições foram discutidas com a preocupação geral de organizar a categoria docente para enfrentar as retiradas de direitos de toda a classe trabalhadora. Uma das propostas, apresentadas pelo presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro, como resultado de Assembleia Geral da Seção Sindical, sugeria que fosse introduzida na Centralidade da Luta a organização de um segundo Encontro Nacional de Educação — o primeiro ocorreu em agosto de 2014, no Rio de Janeiro. “A centralidade da luta para 2015 deve indicar uma agenda de organização mais concreta”, defendeu o dirigente.

Veja os números do 34º Congresso do Andes-SN

O entendimento da Adufrj-SSind era que um novo ENE ajudaria a organizar e aglutinar forças com todo o setor da educação, além da própria base do Sindicato Nacional, para barrar especialmente o Plano Nacional de Educação do governo, que descaracteriza a educação pública e coloca como política formal a transferência de recursos públicos para a iniciativa privada. A organização dos trabalhadores da educação, com foco na categoria docente, foi apontada como desafio e necessária tarefa para o próximo período, dadas a violência e a velocidade das medidas que atacam a classe trabalhadora.

Por uma diferença de 30 votos, no entanto, venceu a proposta construída a partir do texto apresentado pela diretoria nacional, sem referência explícita a um Encontro Nacional de Educação. 

A análise da Adufrj-SSind

O presidente da Adufrj-SSind afirmou que o dinamismo da conjuntura ocorre muito em função da velocidade com que o capitalismo se readequa à realidade para ganhar fôlego e explorar outros espaços e áreas, especialmente em momentos de crise. “O caso do massacre dos estudantes da educação básica no México é uma síntese de como, em nível mundial, o capital e os governos combatem aqueles que se levantam contra a política privatista. E de como o capitalismo necessita e reproduz a barbárie”. Em segundo lugar, apontou Cláudio Ribeiro, o ano de 2014, durante os debates eleitorais, já demonstrava o descaso com a universidade pública. “A universidade estava fora dos debates eleitorais. Não havia uma discussão sobre qual era a função social da universidade. O que foi colocado foi a força do ensino técnico aligeirado e de programas de transferência de recursos públicos para a iniciativa privada”.

O Plano Nacional de Educação (PNE) atual, para o docente, configura-se como o ataque mais forte e mais desestruturante para toda a educação pública e que deve ser combatido com força pelos movimentos sindicais e sociais. “Ele ressignificou o termo ‘público’. Hoje, no Brasil, educação pública é defendida pelo governo e por setores que o apoiam como uma política de parceria público-privada”. 

Na análise da Seção Sindical, apresentada por Cláudio, esses elementos ajudam a configurar o tamanho do desafio e da necessidade de organização da classe trabalhadora. “Com a crise, o capital tem necessidade de tomar conta da educação como forma de sobrevivência. É uma necessidade dupla: de auferir lucro e de interferir determinantemente na educação da classe trabalhadora. Ele ganha com a oferta e ganha com o tipo de formação que disponibiliza nas escolas e universidades. No Brasil, fica clara a característica do capitalismo dependente: esse capital é financiado pela verba pública, pelo Estado”. Ou seja, o desvio de foco da função social da universidade e o PNE aprovado pelo governo justificam e sustentam a mercantilização da educação.


Nov2015030253Foto: Silvana Sáa edição da Revista Universidade e Sociedade

Em Brasília, foi lançada a 55ª edição da revista quadrimestral do Sindicato, a Universidade e Sociedade. A publicação traz diversos artigos que versam sobre o tema “Educação Pública: confrontos e perspectivas”, além de: uma entrevista com Marinalva Oliveira, presidente do Andes-SN na gestão 2012-2014, uma homenagem ao poeta Manoel de Barros e um ensaio fotográfico do I Encontro Nacional de Educação (ENE), realizado em agosto de 2014, no Rio de Janeiro.

 
 
 
Ato e Seminário contra a privatização da Saúde no Rio
Durante o 34º Congresso do Andes-SN, Gustavo Gomes, da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, tratou da mobilização do movimento docente contra os ataques vividos também no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das lutas, que atinge os hospitais universitários federais, é contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “São muitos os enfrentamentos e só por meio da ampla unidade é que conseguiremos resistir e avançar no projeto de uma saúde pública, integral, gratuita, universal e de qualidade”. Ele informou a data do V Seminário Nacional Contra a Privatização da Saúde. Será nos dias 27, 28 e 29 de março, no Rio de Janeiro.
Vale lembrar que, no próximo dia 6, está programado um ato nacional na cidade contra a privatização do SUS e contra a Ebserh.

PL cerceia pesquisa na Faperj, por Diego Novaes

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Política salarial permanente, com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, data-base em 1º de maio e paridade salarial entre ativos e aposentados são algumas das reivindicações

Reunião com o MPOG está marcada para 20 de março

Silvana Sá. Enviada especial a Brasília (DF)

Na manhã de 25 de fevereiro, mais de 500 servidores públicos federais lançaram a Campanha Salarial Unificada 2015. A atividade ocorreu na frente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Os trabalhadores tentaram ser recebidos pelo ministro Nelson Barbosa, mas o governo recusou-se a atender os servidores. A polícia fechou o acesso ao interior do prédio. 

Depois de um apitaço na porta do ministério, os trabalhadores protocolaram a pauta de reivindicações. Entre os itens, estão: reajuste linear de 27,3%, política salarial permanente, com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, data-base em 1º de maio, direito de negociação coletiva, conforme previsto na Convenção 151 (da Organização Internacional do Trabalho) e paridade salarial entre ativos e aposentados. Confira a relação aqui.

Junto às reivindicações, também foi solicitada a antecipação da reunião de apresentação da pauta e abertura de negociações (até o momento, um encontro com o MPOG está programado para 20 de março). 

Paulo Barela, da CSP-Conlutas, informou que o objetivo é tentar que essa reunião ocorra até 10 de março. Mês que, aliás, deverá ser de mobilizações nos estados. Já para os dias 7, 8 e 9 de abril, está programada a Jornada de Lutas dos SPF, com caravanas que sairão de todo o país rumo à capital federal. “Entendemos que realizamos um ato de lançamento vitorioso, com representantes de várias centrais sindicais e sindicatos. A presença do Andes-SN com sua base fortalece nosso ato e nossa luta unificada”, afirmou o dirigente, em referência à grande participação dos professores universitários — o 34º congresso da categoria foi realizado em Brasília, de 23 a 28 de fevereiro.

O presidente do Sindicato Nacional, Paulo Rizzo, afirmou que os trabalhadores não aceitarão pagar o ônus da crise financeira e conclamou os docentes à luta. “Temos uma pauta unificada, contra todos os ataques sofridos pelos trabalhadores. Este é um ano diferenciado. A crise se aprofunda e várias conquistas históricas da classe trabalhadora estão sendo retiradas. Será um ano de grandes enfrentamentos e precisamos estar preparados”.

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