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Emerência de Nelson ainda não foi resolvida

De acordo com a conselheira Denise Pires de Carvalho (representante dos Titulares do CCS), a emerência do professor Nelson Souza e Silva (Titular da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto do Coração Edson Saad) foi “pauta extra” na última Congregação da Unidade, no dia 14. Mas, por questões processuais, ficou para ser debatida em uma próxima reunião. 

Vale lembrar que a concessão do título ao docente enfrenta certa resistência naquela Unidade. Trata-se de uma oposição que não encontra respaldo no julgamento do mérito da carreira de Souza e Silva, mas em seus posicionamentos políticos francamente contrários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), proposta do governo para privatizar os HUs.

 Diana Maul (Associados CCS) informou que pretende consultar a Comissão de Legislação e Normas (CLN) sobre a pertinência de as Unidades acadêmicas subestabelecerem regras de concessão de emerência: “Essa situação exemplifica um problema que não podemos permitir que aconteça. A emerência é atribuição deste colegiado. É uma concessão da universidade a professores Titulares que se aposentaram e que possuem uma carreira da universidade”.  Segundo a docente, “infelizmente” são comuns as desavenças “de nível pessoal, inclusive”, dentro de departamentos ou grupos, causarem situações que não deveriam acontecer na universidade, como o impedimento da emerência a Nelson Souza e Silva.

 
 

Adufrj-SSind, Sintufrj e DCE querem sindicância no HUCFF

Pedido das entidades foi apresentado na última reunião do Conselho Universitário no dia 8 de agosto, e tem como justifica a auditoria do Tribunal de Contas da União e a intervenção branca no hospital

Providências são necessárias para evitar ingerência externa
 
Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
 
A Adufrj-SSind, o Sintufrj e o DCE Mário Prata apresentaram e protocolaram junto à reitoria um pedido de abertura de sindicância no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).  A solicitação foi feita na sessão do Conselho Universitário do dia 8. Citando o artigo 143 da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Federais), Luciana Boiteux, diretora da Adufrj-SSind, lembrou que cabe à autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público promover “apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa”. 

Segundo a dirigente, o pedido de sindicância tem como justificativa “a auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) que já é de conhecimento das autoridades dessa universidade” e a intervenção branca da reitoria no HUCFF. 
 
Boiteux disse aos presentes no plenário do Conselho Universitário que as três entidades não estavam trazendo nenhum fato novo: “Estamos apenas compilando fatos de conhecimento público, dos quais eu destaco ainda o processo gradual de fechamento de setores – notadamente da emergência –, a redução de leitos, os problemas técnicos recentemente informados em comunicação interna da diretoria adjunta do HU, a própria necessidade que levou a reitoria de intervir no hospital”.
 
“Temos notícias de que a reitoria teria disponibilizado verbas suficientes, mas a administração do HUCFF não está dando uma prestação de serviços que deveria. O MEC (Ministério da Educação) também afirma que as verbas estão sendo repassadas e o hospital ainda assim apresenta graves problemas”, observou. 
 
“Há uma grande preocupação do movimento docente porque o hospital é campo de ensino, de pesquisa e de extensão. Portanto, é de interesse de toda a universidade que este hospital funcione a contento”, afirmou ainda.
 
O fantasma da CGU
13081232Pablo Benetti (PR5) lê encarte da Adufrj SSind sobre HUCFF. Crédito: Marco Fernandes - 08/08/2013Luciana Boiteux chamou a atenção para o fato de que uma omissão administrativa poderia ter como consequência uma nova intervenção sobre a UFRJ. “Caso a exigência legal não seja cumprida, essa universidade sofrerá mais uma vez uma investigação externa instaurada pela CGU (Controladoria Geral da União)”.  Ela resgatou o parágrafo terceiro do artigo 143 da Lei nº 8.112, que diz que tal apuração “poderá ser promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade”.

A dirigente alertou: “Portanto, se nós não tomarmos essa providência internamente, outros farão em nosso lugar”.

Conselheiros também se manifestaram sobre o assunto. Segundo Roberto Leher, representante dos professores Tituloares do CFCH, o Acórdão do TCU interpela Conselho Universitário da UFRJ para que promova acompanhamentos a respeito do HUCFF. “A mim, parece que a proposta de uma sindicância é fundamental nesse momento para universidade”, disse.

Na mesma linha de Luciana, o professor recomendou encaminhamentos que se  antecipem a qualquer perspectiva de ingerência da CGU, “pois ela (a CGU) procura se legitimar alegando que as universidades são muito morosas em relação aos problemas administrativos”.


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Ao suspender unilateralmente a reunião do Conselho Universitário, o reitor Carlos Levi impediu que fosse construída uma solução autônoma para enfrentar a crise da rede de hospitais da UFRJ. Outra consequência grave dos atropelos na sessão do dia 9 no Consuni foi que a universidade continua dividida e mergulhada no impasse sobre a questão. As comissões permanentes do Conselho Universitário (de Legislação e Normas; de Ensino e Títulos; e de Desenvolvimento) se reuniram em 9 de maio, antes da sessão ser iniciada, para elaborarem uma proposta sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Diferentemente de simplesmente aceitar a Ebserh naquela data, resolveram que queriam mais discussão e informações. Entre as proposições, estava um calendário de debates a ser promovido no próprio Consuni, algo que seria combinado à preparação de um diagnóstico dos hospitais feito por pessoas da própria universidade. Carlos Levi, no entanto, não deixou que o Consuni sequer chegasse ao primeiro ponto da pauta, que era justamente a Ebserh. Além de estender o expediente da sessão por três horas e encerrar a reunião abruptamente (leia mais na página 3), o reitor afirmou que, durante a reunião, as comissões chegaram ao consenso de que o assunto “fosse excluído da pauta e reapresentado na sessão do dia 23 de maio”. Diana Maul, presidente da Comissão de Ensino e Títulos, apresentou ponto de vista diferente: “Na verdade, as comissões não deliberaram sobre retirada ou inclusão de ponto de pauta. Não houve nenhuma questão em relação a isso. As comissões deliberaram sobre a proposta de calendário de discussões como solicitado pelo reitor”. O reitor tentou se justificar: “Foi exatamente nesses termos que nós discutimos. Na verdade, falei sobre excluir do ponto de pauta no sentido de que a discussão plena do tema não seria enfrentada nesta reunião”. Não à Ebserh Já durante o expediente, os conselheiros expuseram suas visões sobre a Ebserh. Marcelo Corrêa e Castro, decano do CFCH, deixou clara sua opinião: “O meu Centro já se posicionou. Nós não queremos Ebserh de jeito nenhum, em hora nenhuma! Um hospital universitário não é simplesmente uma unidade operacional que tem metas do SUS a cumprir. Nossa missão conceitual é outra”. Julio Anselmo, conselheiro discente, lembrou a proposta apresentada pelos movimentos da universidade no Consuni do dia 2 de maio: “Temos uma proposta ousada, de constituir uma comissão autônoma para avaliar a fundo os problemas dos nossos HUs. A comunidade acadêmica diz categoricamente não à Ebserh”. Repúdio à CGU No extenso expediente da sessão, diversos conselheiros manifestaram seu descontentamento com a “blitz” realizada pela Controladoria-Geral da União na universidade. No dia 2 de maio, técnicos da CGU estiveram no oitavo andar da reitoria para verificar se os servidores estavam em seus postos de trabalho: “Temos que nos manifestar. É importante que esse conselho exponha seu repúdio a essa prática, ao menos em forma de moção”, afirmou Mônica Pereira dos Santos (Adjuntos do CFCH). A decana do CCJE, Maria Lucia Werneck, também apresentou sua preocupação com o controle excessivo da CGU sobre a UFRJ, e citou o caso do professor Geraldo Nunes: “O assunto não pode sair da pauta deste conselho. Precisamos saber se a petição do Consuni foi enviada à presidente Dilma”. Sobre a “inspeção” da CGU, a decana alegou que caberia ao ministro-chefe daquele órgão, Jorge Hage, “explicar o por quê desses procedimentos invasivos e até agressivos”.   Alcino Câmara Neto (Titulares do CCJE) chamou a ação da CGU de “policialesca”: “Quero declarar meu mais veemente protesto contra essas ações na universidade. A qualidade não pode ser mensurada pelo número de horas de trabalho”. Participações desequilibradas O diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, com conhecida posição favorável à Ebserh, fez um inflamado discurso – e que durou 15 minutos – sem ser interrompido pelo reitor. Após muitos protestos de conselheiros, que consideraram abusiva sua participação (os próprios integrantes do colegiado dispõem, no máximo, de cinco minutos), Levi pediu que o docente concluísse sua explanação. NOTA DA ADUFRJ-SSIND Reitor rasga regimento do Consuni O reitor Carlos Levi decidiu subverter as regras instituídas e recorrer a um golpe regimental para suspender a reunião do Conselho Universitário da UFRJ. O Consuni fora convocado nesta quinta-feira, 9 de maio, para discutir a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cuja contratação ameaça a autonomia universitária. Diante desta violação das normas institucionais, a Adufrj-SSind declara:
  1. a) total repúdio às manobras protelatórias adotadas pelo reitor, que não teve dúvidas em rasgar o regimento do Conselho Universitário, desrespeitando o próprio colegiado, a instituição UFRJ e os professores, técnico-administrativos e estudantes que se mobilizaram para acompanhar o debate;
  2. b) a atitude do dirigente obedeceu ao deliberado objetivo de impedir a votação do ponto de pauta para o qual o Conselho fora convocado. O gesto de Carlos Levi põe em questão a sua estatura para conduzir democraticamente a agenda de uma instituição da envergadura da UFRJ;
  3. c) a suspensão arbitrária da sessão do Consuni impediu a construção de uma solução autônoma, pela Comunidade Universitária, para os problemas urgentes pelos quais passam os HUs;
  4. d) a Adufrj-SSind convoca toda a Comunidade Universitária para continuar a luta contra a Ebserh e se mobilizar em defesa da autonomia universitária e da democracia na UFRJ, postas à prova pelo lamentável comportamento do reitor Carlos Levi.
Direção da Adufrj-SSind

Futuros colegas, eu, David Tabak, me aposentei como Professor Adjunto 4 e Diretor do Instituto de Química, mas ainda sou associado à ADUFRJ.

Durante algum tempo, embora mais timidamente do que o desejável, a ADUFRJ se envolveu em algumas lutas em favor dos direitos dos aposentados como, por exemplo, a paridade salarial com os docentes da ativa. O que resultou dessa lutas? NADA.   Nunca mais a ADUFRJ fez algo (ao menos não foi divulgado) para defender aqueles direitos.

Hoje a ADUFRJ novamente se envolve em luta, agora para garantir o reposicionamento  dos Professores Associados aposentados (página 4 do Boletim de 22/7/2013).

Onde estão as ações em favor dos Professores Aposentados pelo “regime antigo”? Somos tratados pelo Governo Federal, e também pela ADUFRJ, como se já tivéssemos morrido e não mais necessitássemos de apoio e de quem defendesse nossos direitos, MESMO CONTINUANDO A PAGAR A MENSALIDADE DA ADUFRJ.

Espero que esta minha mensagem seja publicada no próximo Boletim de modo a que outros aposentados pelo “regime antigo” se animem a expressar sua decepção com esse estado de coisas.

COM A PALAVRA A ADUFRJ!!!!!!!

Atenciosamente,

Prof. Dr.David Tabak

Grifos e destaques do autor

Para comentar temas das reportagens  do Jornal da Adufrj, os interessados podem enviar contribuições para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os textos enviados, por causa da limitação de espaço, poderão ser resumidos aos seus trechos mais relevantes.

 

“Esta luta nunca cessou”

Caro Prof. Tabak

Antes de tudo, queremos agradecer por sua mensagem para a diretoria da Adufrj. Só quando temos a oportunidade de ouvir os associados da Seção Sindical é que podemos aprimorar nossas lutas e atividades, focando nos assuntos mais urgentes e mais decisivos para a manutenção dos direitos adquiridos e para evitar a retirada de outros direitos, tanto dos professores ativos quanto dos aposentados da UFRJ. Isto posto, gostaríamos de fazer algumas ponderações a respeito de sua nota: 

- O senhor tem razão quando diz que a luta do sindicato pela paridade salarial entre ativos e aposentados foi perdida. Mas não tem quando diz que o sindicato "não fez mais nada em favor desta luta". Isto nos indica que o senhor, como a grande maioria de nossos aposentados, não acompanha (ou o faz esporadicamente) as lutas do sindicato e de sua seção na UFRJ. Esta luta no Congresso Nacional tem sido constante, nunca cessou, mas como o senhor deve saber, nós temos um Poder Legislativo que anda a reboque do Poder Executivo, mantido por cabresto bem curto e apertado. Já fizemos literalmente dezenas de reuniões em Brasília com representantes do Governo para discutir direitos dos professores aposentados, e somos sistematicamente rechaçados pelo mantra repetido destes representantes: "temos que pensar em quem está produzindo agora, quem aposentou deve ficar congelado como está". Não temos tido sorte em espernear, mostrando como esta posição é injusta em relação a quem deu toda sua vida laboral em prol da Universidade, da ciência e da cultura em nosso país, pois o Governo se escuda no apôio que recebe de seu braço sindical oficial, o Proifes, que não representa nem um por cento dos professores universitários ativos ou aposentados do país. Para que o senhor tenha uma idéia do descaso do Governo para com os professores , notadamente os aposentados, nestas reuniões, quando conseguimos por pressão de marchas em Brasília e de alguns poucos deputados que dependem de votos de professores, que o Governo as agende, os representantes enviados são todos funcionários de terceiro escalão do Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão, não de representantes do MEC, como seria lógico. Quando reclamamos deste descaso com o Ministro da Educação, ouvimos do próprio que " o MEC é um ministério de quinta categoria, não tem autonomia para discutir nada que envolva gastos. O melhor é vocês continuarem discutindo com o MPOG..."

O senhor pode ver, por este simples exemplo, as dificuldades que temos para ganhar alguma luta em Brtasília. 
Por outro lado, é sabido que Governos populistas como o que temos só se sensibilizam quando vêem algum risco a seus currais eleitorais, quer dizer, quando vêem mobilização de grande número de cidadãos em defesa de algum direito ou reivindicação. Ora, a grande maioria dos professores, notadamente nas grandes universidades como a UFRJ, incluindo os aposentados, não mostram  interesse em participar das lutas do sindicato, mesmo aquelas que lhes dizem respeito diretamente. É verdade que as modificações introduzidas recentemente na carreira do magistério sobrecarregaram os professores/pesquisadores com trabalhos além do que seria normal. No Rio específicamente, o fato de a UFRJ estar dividida em dois grandes campi (Fundão e Praia Vermelha), além das dificuldades cada vez maiores de deslocamento na cidade, podem justificar em parte a ausência dos professores aposentados e ativos nas lutas encabeçadas pelo sindicato em prol de melhores condições de trabalho, de salário digno, de aposentadoria correta, etc. Mas resta o fato de que, quando as Assembléias Gerais que decidem por que lutar e como lutar são feitas no Fundão, poucos professores daquele campus, mesmo os filiados ao sindicato, comparecem. Quando são feitas na Praia Vermelha, que supostamente seria de mais fácil acesso para os aposentados, o quadro é o mesmo para ativos e aposentados. Por pagarem a mensalidade, delegando a meia dúzia (exatos) de diretores as lutas pela categoria, acham que já fizeram o que deviam, e eventualmente cobram injustamente destes diretores resultados positivos para seus interesses do momento. Esquecem talvez que estes diretores tem a mesma carga horária e acadêmica de todos, trabalham no sindicato (portanto, por seus pares) em trabalho absolutamente voluntário, duplicando suas obrigações quase sempre em detrimento do contato com a família e de algum lazer. Claro, sempre se pode dizer que o fazem porque querem, não são obrigados...

Para não ser prolixo em demasia, devo lembrar que nosso jornal escrito (enviado pelo correio para a residência de todos os aposentados filiados e colocados à disposição de todos os professores aposentados ou não, filiados ou não, em cada unidade da UFRJ) além dos sites eletrônicos da Adufrj e do Andes Nacional têm trazido sistematicamente notícias e informações sobre as lutas em defesa dos direitos dos aposentados - manutenção dos ainda existentes e recuperação dos ilegalmente retirados. Temos informado também sobre o andamento de muitas ações judiciais em curso pela recuperação destes direitos, algumas delas dormindo na gaveta de algum juiz federal ou desembargador...

Entre os dias 18 e 21 deste mês houve uma reunião nacional do Andes em Santa Maria, RS, onde mais de um terço do tempo foi dedicado às discussões sobre a situação dos aposentados, principalmente no que respeita à transposição dos aposentados na "nova carreira" apresentada e imposta pelo Governo (discutida com seu braço sindical oficial, o Proifes, mas não aceita nem assinada pelo Andes justamente por desestruturar a carreira antiga e não definir o posicionamento dos aposentados). Nesta reunião (CONAD), foram traçadas as vias políticas e jurídicas da continuidade da luta do sindicato pelos aposentados. Para que os representantes da Adufrj chegassem a esta reunião munidos de informações sobre os problemas que mais interessam aos aposentados da UFRJ, foi convocada uma assembleia geral alguns dias antes, anunciada em relêvo na primeira página do Jornal da Adufrj e no site eletrônico, onde estava explícito que a pauta seria quase toda dedicada aos assuntos de aposentadoria. Como sempre, algumas poucas senhoras aposentadas compareceram para discutir e apoiar o sindicato, cerca de quinza a vinte senhoras (número recorde de aposentados em nossas assembléias), mostrando o que foi dito acima: o descaso dos aposentados com o sindicato que pode lutar por seus direitos. Isto não impediu, claro, que levássemos nossas posições a este conclave nacional e que influenciássemos as resoluções de fazer o máximo de esfôrço pelas lutas que interessam diretamente aos professores universitários aposentados. Vou citar de memória alguns destes ítens que serão objeto de recrudescimento das lutas do Andes neste segundo semestre:

- O reposicionamento dos aposentados na "nova carreira" (que introduziu a figura do Professor Associado acima do Adjunto, prejudicando os que ficaram "represados" e se aposentaram nesta categoria) na posição relativa ao topo da carreira (Titular) em que estavam quando da aposentadoria;

- Paridade e isonomia salarial entre ativos e aposentados, como está na Constituição; 

- Manutenção integral dos salários do servidor para os eventuais pensionistas;

- Recuperação do direito dos que se aposentaram como Adjunto IV pelos Artigos 192 ou 184 aos salários correspondentes aos Titulares. Este direito foi retirado pelo Governo quando da criação da classe de Associado, sob a alegação de que "agora, o cargo imediatamente superior a Adjunto IV é o de Associado I". Imediatamente o sindicato iniciou intensa luta política, judicial e administrativa junto aos reitores, conseguindo que o MPOG (na iminência de ter derrota fragorosa no STF) aceitasse que estes aposentados recebessem os salários equivalentes aos de Associado IV. Foi uma vitória parcial, mas continuamos lutando para reaver os salários de Titular, como de direito incontestável. 

- Interdição de concessão salarial para os ativos na forma de qualquer "gratificação", o que permite aumentar os ativos e não os aposentados (lembra da GED? foi uma grande luta vitoriosa do sindicato quando conseguimos estendê-la 100% aos aposentados, embora fôssemos e continuemos sendo contra "gratificações" pendurados aos salários. 

- Lutar pela aprovação no Congresso Nacional da PEC 555, que volta a isentar os aposentados de contribuição para a Seguridade Social, já que não havendo contrapartida possível para esta contribuição, ela se caracteriza como confisco. O Brasil já foi condenado por esta prática na OIT, nós (o Andes e outras associações de aposentados do serviço público) já conseguimos 452 assinaturas de Deputados Federais (eram necessárias cerca de 350) pedindo que a PEC seja levada a votação no Plenário do Congresso. Isto foi conseguido a duras penas, com os militantes (na maioria diretores das Seções Sindicais do Andes) visitando os deputados em suas casas em cada Estado nos fins de semana, esperando-os por horas no Aeroporto em Brasília durante as "revoadas" de chegada e saída para seus três dias semanais de "trabalho", ameaçando-os com campanha maciça para não receberem os votos de aposentados e seus familiares, etc. Mesmo assim, o Presidente da Câmara dos Deputados e o do Congresso fazem ouvido de mercador e não colocam a PEC em votação, pois o Governo está com muito medo de perder esta votação devido à atual situação de desestabilização de sua "base de apôio". Neste segundo semestre vamos centrar forças para tentar obrigar que o Congresso vote a PEC 555, lembrando que agora não há mais "voto secreto", o que expõe os deputados que votem contrário à ira dos aposentados...com possível efeito na eleição do próximo ano. O que reforça o temor do Governo.

Há outros eixos de luta que interessam aos aposentados e que estão sendo travados pelo sindicato e suas seções sindicais em cada Universidade Pública Federal. Basta ler o Jornal da Aduferj sistemáticamente (o próximo que o senhor receberá em casa trará outro resumo destas resoluções do CONAD)  e visitar de vez em quando o site eletrônico, para acompanhar nossas lutas. Além disto, seria salutar que os aposentados da UFRJ juntassem forças à Adufrj, participando das AGs, do Grupo de Trabalho sobre Assuntos de Aposentadoria (do qual participam quase exclusivamente os diretores da Adufrj), como fazem os aposentados das Universidades Federais de Pernambuco e do Paraná. Isto mostra força ao Governo e respalda os diretores do Sindicato Nacional e das Seções Sindicais. Além de evitar críticas injustas a quem tira suas horas de lazer e convivência com a família para levar a bom termo as lutas da categoria, a participação efetiva dos aposentados nas instâncias do sindicato servem fortemente para dirigir as ações dos diretores, mostrando aspectos ainda não incluídos nas lutas, sugerindo ações políticas e/ou jurídicas, enfim, mostrando ao Governo (sempre bem informado sobre a correlação de suas forças com as dos sindicatos), que a luta não é de diretores sindicais, mas de uma categoria aguerrida, o que pode fazer pender a balança. Principalmente em ano pré-eleitoral e com o fantasma das manifestações populares assombrando os eternos candidatos a cargos nos poderes Legislativo e Executivo.

Enfim, Prof. Tabak, gostaria de dizer-lhe que eu mesmo sou aposentado da UFRJ há vinte e dois anos, após trabalhar toda a vida no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, como o senhor tendo doutorado, vários pós-doutorados, tendo sido professor/pesquisador por doze anos em dois hospitais de Paris (Université Paris VII) e por um ano na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos.

Apesar disto, fui aposentado como Adjunto IV, pois não havia vagas suficientes de Titular para todos os professores da UFRJ qualificados para este cargo (o que fazia com que as poucas vagas fossem preenchidas por critérios puramente políticos, considerando pouco os méritos acadêmicos). Mas aposentei-me com direito ao salário de Titular, que recebi por dezoito anos. Há quatro anos tive este direito retirado. Tambem recebi por muitos anos adicional de periculosidade correspondente a 40% do vencimento básico (trabalhei a vida toda com radiação ionizante, portanto com risco de desenvolver algum câncer). Este direito tambem foi primeiro retirado, depois (pela ação do sindicato) transformado aleatóriamente em 10%, finalmente "congelado", o que o fará desaparecer completamente de meu contra-cheque em alguns anos, se o sindicato não conseguir reverter.

Por tudo isto, nos últimos doze anos tenho trabalhado ativamente na Adufrj, tendo sido diretor várias vezes ou simplesmente como militante, mas sempre participando de todo modo possível das lutas do Andes e da Adufrj em prol dos professores ativos, aposentados, de seus pensionistas, da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade (mote do Andes). 

Por isto senti-me pessoalmente injustiçado quando sua nota diz que a Adufrj   "envolveu-se tímidamente em algumas lutas...", "nunca mais fez algo...", "a Adufrj trata os aposentados como se já tivessem morrido..." e coloca em letras capitais: "MESMO CONTINUANDO A PAGAR AS MENSALIDADES DA ADUFRJ..." como se a mensalidade que o senhor paga fosse para algum benefício pessoal dos diretores. Não é. Nossas mensalidades (como o senhor, eu e todos os outros diretores tambem pagamos) são usadas exclusivamente para viabilizar as lutas do sindicato. Há muitas despesas com faixas, transportes, advogados, imprensa, funcionários, informática, correios, manutenção da sede, etc. que são pagas com nossas mensalidades. Não há um centavo sequer para salários ou pró-labore de diretores. Nós trabalhamos (e muito!!!) em prol de nossos colegas aposentados, ativos e seus pensionistas. Em prol de uma Universidade realmente pública. Em prol da manutenção dos Hospitais Universitários no âmbito das respectivas Universidades, não permitindo que sejam privatizados através da farsa da EBSERH. Em prol da liberação do Brasil da condição de colônia científica, tecnológica e cultural.

O senhor termina seu libelo com a expressão: "COM A PALAVRA A ADUFRJ".

Espero que minha resposta tenha sido suficiente (embora sem exaurir o assunto) para satisfazer seu pedido de palavra da Adufrj.

Mas quero dizer-lhe ainda com toda sinceridade e fraternidade, pois estamos os dois (junto com tantos outros aposentados da UFRJ) no mesmo barco de decepções com os últimos Governos, que esta resposta não tem qualquer conotação de agressividade. Pelo contrário, como disse no início, ficamos realmente agradecidos com sua manifestação, que nos dá a oportunidade de fazer esclarecimentos e nos indica que devemos eventualmente divulgar mais nosso trabalho no sindicato, sem pejo de cair no lugar comum do laudatus sui, vituperius est. Pois isto informaria melhor a categoria sobre nossas lutas e o andamento de todas as ações judiciais e políticas que temos em curso.

Finalizo, convidando-o a participar ativamente das lutas do sindicato, indo às instâncias de discussão para mostrar seus pontos de vista a favor ou contra as ações em curso, ajudando com sua experiência e sapiência, ficando mais informado para fazer críticas (bem-vindas) com conhecimento de causa.

Brevemente convocaremos pelo Jornal os aposentados da UFRJ para reunião da Adufrj, onde será feito um compte-rendu das discussões do CONAD e onde traçaremos as linhas de atuação de nosos representantes nas discussões com as outras seções sindicais de todas as IFE do Brasil e nas posições e reivindicações dos aposentados nas reuniões com representantes do governo.

Como o senhor pediu, sua nota será publicada no próximo Jornal da Adufrj, juntamente com esta resposta.
 
Saudações universitárias e sindicais,
 
Dr. Prof. Salatiel Menezes

Aposentado, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ
Diretor da Adufrj, Seção Sindical do Andes, Sindicato Nacional.

Em nome da Diretoria da Adufrj

Pelo menos um furto, em 7 de janeiro, e a presença ocasional de um flanelinha, no dia 14, causam apreensões aos usuários que utilizam as vagas, agora gratuitas, do entorno do Centro de Tecnologia Comunidade cobra mais vigilância das autoridades universitárias Sérgio Caruzo, funcionário da Coppetec que trabalha no Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe (Lamce), teve o veículo furtado do estacionamento do CT, em frente ao bloco D, no dia 7. Esse foi o relato mais preocupante que chegou ao conhecimento da reportagem do Jornal da Adufrj, desde que as vagas do Centro se tornaram gratuitas, nesse início de 2013. A reitoria, vale lembrar, decidiu não renovar o contrato de exploração do espaço com a AutoPark. Só que a notícia do furto, espalhada por e-mail e em conversas, já começa a incomodar os motoristas que utilizam o local. Sérgio afirmou ter deixado o carro por volta das 9h e não o encontrou no final do expediente, pouco depois das 16h: “Até umas 13h, ele ainda estava lá. Eu sei porque fui no carro para pegar uma coisa na hora do almoço”, conta. O primeiro e único carro do assistente de administração foi adquirido em novembro do ano passado. Era um gol 1000, ano 1997, e não possuía seguro. “Sem seguro, se o carro não aparecer, vou ficar no prejuízo mesmo”, afirmou desolado. O funcionário disse que registrou o crime na 37ª DP da Ilha do Governador, mas não comunicou o furto, oficialmente, à universidade. Em uma lista de e-mails da UFRJ, lamentou: “Infelizmente, para mim, não deu tempo de se ter uma solução para o estacionamento”, escreveu aos colegas do grupo virtual “usuários do CT”. “Espero que tenha uma solução para que não aconteça com outras pessoas”, registrou ainda, no grupo. Decania manifesta preocupação A decania do Centro de Tecnologia não está indiferente à situação de insegurança do estacionamento. “Não recebemos relatos diretos de ocorrências, mas percebemos a presença de pessoas estranhas e chegam algumas notícias de terceiros”, disse o superintendente do CT, Waldir Pinto. “Estamos com uma lacuna. Hoje, (o estacionamento) está sem ninguém tomando conta”. O superintendente explica que a decania dispõe de uma equipe de 44 pessoas (se revezando em plantões de domingo a domingo, com 22 postos), exclusivamente para vigilância patrimonial. “Não temos servidores do quadro efetivo, nem legitimidade, para garantir os bens das pessoas”, informou. “Mas estamos muito preocupados com o problema da segurança”, disse Waldir. Ele destaca ainda que o CT conta com a Prefeitura Universitária nesse sentido. De acordo com Waldir, em uma reunião no final do ano passado, o prefeito universitário Ivan Carmo citou um processo de licitação para novo contrato de segurança terceirizada que contemple, além dos edifícios, os estacionamentos. “Seriam vigilantes que fariam as rondas de bicicletas”, completa. Segundo ele, o prefeito não deu previsões sobre quantas pessoas seriam contratadas nem prazos para a implantação da medida. O prefeito teria informado também sobre um acordo com o 17º BPM para aumento do efetivo policial no entorno do Centro de Tecnologia após 19h. Além disso, como medida emergencial, o prefeito afirmou estar em estudo uma alteração do contrato de operadores de trânsito do campus da Praia Vermelha. Funcionários seriam deslocados para organização das vagas do CT: “Ele prometeu dois ‘coletes azuis’, facilitadores, para ordenamento do estacionamento”. Mas, por enquanto, segundo o superintendente, apenas a questão do reforço policial obteve avanços. Waldir disse que, atualmente, o Centro conta com o apoio da Divisão de Segurança (Diseg) para situações de emergência: “Se alguma coisa acontece, a pessoa precisa ser atendida, conduzida à delegacia ou aonde for necessário. Alguém tem que fazer esse trabalho também”, explica. Questionada pela reportagem, a prefeitura da universidade preferiu aguardar o retorno das férias do prefeito Ivan Carmo para responder perguntas relacionadas aos estacionamentos da UFRJ não só na Cidade Universitária, mas também na Praia Vermelha.

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