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Adufrj lança programa “UFRJ é 100” às vésperas do centenário da universidade (Epitácio Pessoa assinou o decreto nº 14.343 criando a Universidade do Rio de Janeiro em 7 de setembro de 1920) Inscreva-se no canal do Youtube (https://goo.gl/4tIFp3) para acompanhar o conteúdo do programa no curso das próximas semanas. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=0rfQgXnmKwo[/embed]

A paisagem do campus da Praia Vermelha vai ganhar novos “contêineres”. Um “prédio” de três pavimentos composto por módulos habitacionais será erguido no estacionamento central. As obras começaram em 15 de maio. A previsão de entrega é em 18 de agosto, início do segundo semestre letivo. Serão, ao todo, 135 módulos: 50 foram herdados de um convênio com o Ministério da Justiça. De acordo com a Prefeitura Universitária, no local serão remontados outros 85 contêineres da UFRJ, atualmente concentrados na área dos campos de futebol.  O prefeito Paulo Mário Ripper disse que a obra busca “uma maior proximidade com as unidades acadêmicas”. Ripper destaca que o cumprimento do cronograma independe dos problemas com o orçamento da universidade. “O financiamento da compra e da desmontagem e remontagem (dos módulos) é 100% do Ministério da Justiça”, afirma. O empreendimento estava previsto no acordo decessão do espaço do “campinho” para base de operações de segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do ano passado. O custo do projeto é de R$ 2,6 milhões. Dança das cadeiras no campus dá em protesto A construção causou a perda de 80 vagas e bagunçou a rotina do campus. Como solução emergencial, a Prefeitura demarcou outros pontos de estacionamento, dentre eles, a entrada da Escola de Comunicação (ECO). E reabriu o portão para a Avenida Venceslau Brás desde o dia 17. A iniciativa foi mal recebida pela comunidade. Estudantes da ECO fizeram pinturas alternativas sobre as marcações com dizeres como “não há vagas”, em protesto. “A gente pintou para mostrar que o lugar já tinha utilidade”, justificou a estudante de Jornalismo, Fernanda Freitas. “É o único espaço de convivência que sobrou com essas obras no Palácio”, completou a colega de jornalismo Laís Rodrigues, em referência à reforma em andamento. O Centro Acadêmico do curso reclama da falta de diálogo. “Ninguém avisou nada. Foi de repente”, critica Lucas Rocha. Outro integrante do CA, Leonardo Rocha, argumenta que, com o início da segunda etapa da obra, “mais interna”, os estudantes perderam acesso aos jardins, corredores e áreas afins. Dentro do Palácio, as poucas salas de aula ainda em funcionamento convivem com barulho, mofo e muita poeira. Medo de violência O problema de segurança também é apontado pelos alunos e pela direção da Unidade. De acordo com o chefe de gabinete da ECO, Luiz Fernando, o acesso pela Venceslau Brás próximo à Escola foi fechado em 2015, na crise de pagamentos aos terceirizados. Mas, depois, o isolamento foi mantido. “Sempre no verão havia arrastões nos pontos do ônibus”, explica Luiz Fernando. “Todo mundo corria para cá e havia furtos aqui dentro”. Já o estudante Marco Marinho (CA) cita recente roubos de equipamentos da Central de Produção Multimídia (CPM), bem próxima à entrada. Acordo provisório O prefeito Paulo Mário se defende, afirmando que o início da parte executiva da obra por parte do Ministério da Justiça pegou de surpresa a própria administração. “Como não está na nossa mão, não tínhamos como saber quando terminariam o projeto e quando começariam propriamente a quebrar”. Sobre o portão, informou que há negociação com a diretoria da ECO para antecipar o fechamento de 22h para 19h. Com os estudantes, o acordo foi de devolução da área com o fim da obra, em agosto. E um espaço de socialização alternativo será feito na lateral do prédio, onde já funcionou um estacionamento. A promessa é de instalação de bancos e reforço na iluminação.

Um território com marcas de guerra por todos os lados foi o ambiente escolhido para a realização da Marcha contra a Violência, ocorrida no dia 24, na Maré. Um território com marcas de guerra por todos os lados foi o ambiente escolhido para a realização da Marcha contra a Violência, ocorrida no dia 24, na Maré. A passeata foi organizada por moradores, trabalhadores, associações e ONGs da região. Professores da UFRJ, artistas plásticos, de TV e teatro também participaram da atividade. “A violência está paralisando a Maré. Estamos todos muito cansados”, disse o coordenador da ONG Redes de Desenvolvimento da Maré, principal articuladora do ato. “O objetivo desta marcha é reunir pessoas de dentro e de fora, para dizer que este problema é de todo mundo. O que reivindicamos é uma política de segurança que garanta a vida das pessoas”, completou. Muitos moradores venceram o medo dos confrontos armados e compareceram à marcha. Wanda Rodrigues, do Parque União, considera um dever de todos participar de ações assim: “Esse é um despertar para nossa comunidade. Quem sofre tento com a violência não pode se calar. Eu sou mãe de dois adolescentes e tenho muito medo pelos meus filhos, mas, se não participarmos de atividades como esta, a gente se aprisiona”. “Hoje fui levar minha filha para a escola e quando chegamos lá estava tudo destruído. É a terceira vez que isso acontece”, contou Adriana Gomes da Silva, moradora da Nova Holanda. Sua filha de 5 anos estuda na escola Maria Amélia Castro e Silva Belfort, uma das Escolas do Amanhã construídas pela Prefeitura do Rio no ano passado. A unidade foi invadida e depredada naquela manhã. “A escola é feita de contêiner. Há várias salas furadas de balas. Como podemos deixar nossos filhos lá e ficar tranquilas? Como achar que estão em segurança?”, indagou. A lição de violência e da importância de combatê-la já foi aprendida por Ronnie Alves da Silva, de 11 anos. “Vejo muitas coisas ruins todos os dias e não gosto disso, por isso eu vim protestar contra a violência”, disse o menino, que mora na Nova Holanda e estuda no Ciep Hélio Smith, no Parque Rubens Vaz, outra comunidade que compõe o Complexo. No cartaz que carregava, dizeres e desenhos que indicavam os direitos roubados das crianças do local: brincar, viver, estudar, ser feliz. [caption id="attachment_7590" align="alignleft" width="169"] Tatiana Roque e Marina Motta[/caption] Relação com a vizinha UFRJ O Fundão é vizinho à Maré. A proximidade traz impactos de violência para o campus, mas também é fonte de muitas trocas. É o que explica o professor Pablo Benetti, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Ele também participou da passeata, com estudantes e com a presidente da Adufrj, Tatiana Roque. “Precisamos marcar uma posição de defesa dos direitos humanos. Há leis que aqui não imperam. Nosso país não será verdadeiramente democrático, se isso não for corrigido”, disse o professor. “Temos aqui um amplo campo de trabalho fundamental para todas as áreas do saber. Os nossos projetos de extensão têm muitas demandas. A UFRJ não pode deixar esta realidade de lado”, considera. O ato teve o apoio institucional da Adufrj. “Sem a Adufrj isso aqui não teria acontecido. A Adufrj nos deu bandeira, camiseta, todo tipo de ajuda. É um sindicato de luta”, agradeceu Marina Motta, diretora da Redes de Desenvolvimento da Maré. A atriz Patrícia Pillar estava no núcleo artístico da passeata. Para ela, o principal objetivo é criar a consciência de que a violência é um problema de todos. “Nós somos um corpo só, um organismo. Esta é uma mensagem de união. Os números de homicídios na nossa cidade estão insustentáveis”. A dor da perda Mães de jovens assassinados na Maré e em Manguinhos fizeram discursos emocionados quando a manifestação chegou à “divisa”, local conhecido por constantes trocas de tiros. A esquina das ruas Evanildo Alves e Principal divide os territórios de facções inimigas. Ali também há trocas de tiros quase que diárias com a polícia. As marcas das balas estão por todos os lados. “Nós queremos paz para continuar vivendo. O nosso grito é pela vida. Nossos filhos estão sendo assassinados. Não são casos isolados. A mãe da favela não tem direito ao luto. A gente luta dia e noite para que haja justiça por nossos filhos”, disse Ana Paula Oliveira, mãe de Jonatan Oliveira, de 19 anos, assassinado em 2014 pela polícia, em Manguinhos. [caption id="attachment_7592" align="alignleft" width="300"] Apresentações culturais encerraram a atividade[/caption]

Projeto, que conta com o apoio da Adufrj, já conta com 85 docentes cadastrados “A ideia do site foi simplesmente criar um canal, um link entre a universidade e as escolas”, afirma Gyselle Holanda (Farmácia), outra coordenadora da iniciativa, ao lado de Débora Foguel, do Instituto de Bioquímica Médica. “Percebemos que todo mundo com a mesma vontade de aproximar as pesquisas da universidade do ensino básico reclamava da mesma coisa: a burocracia”, completa Gyselle. Professora Gyselle Holanda A estratégia adotada foi deixar a cargo das escolas e dos próprios docentes o agendamento. E deu resultado. Atualmente, a rede dispõe de 85 professores cadastrados. Ao todo, são 106 atividades nas diferentes áreas de saúde, humanas e tecnológicas. Quando a plataforma foi ao ar, em outubro de 2016, eram apenas as três professoras com 22 aulas. Segundo Viviane Lione, estão previstas atividades até novembro.     Adufrj apoia [caption id="attachment_7596" align="alignleft" width="225"] Professora Gyselle Holanda[/caption] A Adufrj abraçou imediatamente a iniciativa e ajudou a construir o site. Quatro dos diretores fazem parte da grade de aulas. Antonio Mateo Solé-Cava, do Instituto de Biologia, por exemplo, oferece quatro aulas. Duas delas, de ciência mais aplicada, com foco em DNA. E outra duas, discutindo a relação entre natureza e sociedade, abordando os limites do consumismo. Três aulas com o docente já estão agendadas para julho. Todas elas em colégios estaduais de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. “Muitos professores já realizam aulas na rede básica em função de exigência de determinados editais de pesquisa. Mas o bacana do site é que torna possíveis quantas aulas o professor quiser doar”, observa. Em sua visão, a plataforma dará um novo salto de qualidade quando desenvolver mecanismos de avaliação das escolas, já previstos pelo projeto. Mais pedido As aulas relacionadas à saúde e à informática são as mais solicitadas pelo site. E também são as mais ofertadas. Porém, a campeã de pedidos é a aula “Juventude e transição para o ensino superior: sonhos e projetos de vida”, de Rodrigo Rosistolato, da Faculdade de Educação. O docente se diz surpreendido com a receptividade. “Assim que colocamos no ar, recebi oito convites, três deles de fora do município do Rio”, conta. Na universidade, Rosistolato pesquisa o que acontece com a juventude na transição da escola ao mercado de trabalho, no Brasil de hoje. Até então, o estudo era dirigido a movimentos sociais. Rodrigo Rosistolato: “Vai ser bastante interessante essa experiência com o ensino médio” “Vai ser bastante interessante essa experiência com o ensino médio”, avalia.  A proposta é de oficina para quebrar a rotina das tradicionais aulas expositivas. “Vamos discutir o campo de possibilidades do projeto de vida, com foco na universidade”, conta. “A ideia é que reflitam sobre projeto de vida individual, mas também se percebam enquanto categoria”. A maratona de oficinas do professor começa no dia 6 de junho, em Caxias. O calendário se estende até o fim do mês. Professores elogiam iniciativa [caption id="attachment_7597" align="alignleft" width="300"] Rodrigo Rosistolato: “Vai ser bastante interessante essa experiência com o ensino médio”[/caption] Para Rodrigo Capaz, do Instituto de Física, o site veio ao encontro dos docentes que já realizam atividades em escolas. “É difícil, você sozinho, correr atrás de escolas que possam se interessar pela aula”, disse. “A plataforma ajudou muito”, conta. A palestra sobre Nanotecnologia, adaptada ao 2º e 3º anos, está marcada para agosto. A aula atenderá ao pedido do Colégio Estadual Francisco Campos, no bairro do Grajaú. O docente diz que já teve experiência com escolas em função da exigência do programa Cientista do nosso Estado. “A receptividade dos alunos, em geral, é positiva”.

Deputado acusa o governo de manobrar para impedir a votação da Proposta de Emenda Constitucional que prevê o voto direto, em caso de vacância da Presidência da República. “A pacificação do Brasil só virá com eleições diretas”. Esta é a avaliação do deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), autor da Proposta de Emenda Constitucional 227, que prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República. Ele foi um dos convidados da Adufrj e da Coppe para o debate “Diretas já ontem e hoje”, realizado no auditório G-122, na sexta (26). Ele afirmou que não há relação entre a PEC e o governo Temer. “Basta olhar as datas. Em 2015 sugerimos – e foi aprovada – a alteração dos parágrafos 3º e 4º do Código Eleitoral, pela Lei 13.165. Na época, a presidente era Dilma Rousseff”, justifica. As mudanças no Código Eleitoral foram feitas para indicar que novas eleições diretas sejam realizadas para sucessão de governadores que sofressem impugnação de mandato. “Mas o procurador geral da República apresentou uma ação direta de inconstitucionalidade ao artigo 224. Por isso, apresentamos a PEC. Não tem nada a ver com o momento político atual”, argumentou. A partir do momento em que Michel Temer assumiu a presidência da República, “começou uma enorme pressão contra as eleições diretas”, afirma o parlamentar. Para ele, só será possível retomar a normalidade do país a partir de um novo pleito com participação popular. “Qual a representatividade, num cenário como este, de realização de eleições indiretas?”, questionou. Miro rebateu o argumento de que é necessário preservar a Constituição e fazer a sucessão presidencial por voto indireto. “Nós já temos cem emendas à Constituição desde 1988. Existem em tramitação no Congresso mais 1.500 propostas de emendas. Que Constituição eles querem defender?”, completou. Previdência O parlamentar aproveitou o momento para se posicionar contrariamente à Reforma da Previdência. Para ele, emendas constitucionais não resolvem e nunca resolveram os gargalos da Previdência Social. Entre artigos, incisos e parágrafos, já foram modificados 192 dispositivos: 116 na Emenda Constitucional 20/1998; 55 na Emenda Constitucional 41/2003; e 21 na Emenda Constitucional 47/2005. Todos eles tratam do sistema de Previdência Social. “A atual PEC 287 altera mais 197 dispositivos da Constituição. O problema da Previdência é o que fazem com o dinheiro. Não existe déficit. O Brasil tem dinheiro”. Diretas ontem Os professores da Coppe Ericksson Almendra e Luiz Pinguelli Rosa também participaram do debate. Eles apresentaram a memória da Adufrj no processo de abertura política, na década de 1980. Almendra foi presidente da Adufrj entre 1981 e 1983. “Uma das primeiras reuniões em que os professores da UFRJ discutiram como se inserir nas reformas do país e da universidade aconteceu exatamente nesta sala (auditório G-122, onde ocorria o debate), em 1978”, relembrou. Em 1979, a Adufrj foi criada já num contexto de ajudar a “organizar as grandes greves” que começavam a eclodir no país. “A Adufrj foi criada com o intuito de discutir os interesses dos professores, sim, mas, principalmente, de contribuir para um movimento muito mais amplo de luta pela redemocratização”, afirmou. Pinguelli foi o primeiro presidente da Adufrj e depois foi presidente da Andes – na época, Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior. “Havia um entusiasmo gigantesco com as eleições diretas”, ele lembrou. “Fiquei muito decepcionado quando não houve a aprovação das diretas. Tanto que não apoiei Tancredo (Neves, candidato da oposição) nas eleições indiretas. Não por ser o Tancredo, mas porque achava que aquele tipo de eleição era muito ruim para o país”, argumentou. [caption id="attachment_7586" align="alignright" width="300"] Ericksson Almendra, Miro Teixeira, Luiz Pinguelli Rosa, Tatiana Roque[/caption] Para ele, a situação atual é semelhante. “Diretas já, mesmo para um mandato-tampão, é a melhor solução para o momento atual. Precisamos interromper a rapidez com que estão sendo desmontadas as estruturas do Estado. É um momento muito delicado”, avaliou o diretor de Relações Institucionais da Coppe. Tatiana Roque, atual presidente da Seção Sindical, mediou o debate e explicou a importância do tema. “Organizamos essa atividade para discutir a viabilidade de eleições diretas já. Acreditamos que essa seja a saída mais democrática para a superação da crise, num momento de completo esfacelamento do cenário político”.

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