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As universidades públicas são as melhores do país. É o que aponta o Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação anual feita pelo Inep. Doze delas receberam a nota máxima (5) As universidades públicas são as melhores do país. É o que aponta o Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação anual feita pelo Inep. Doze delas receberam a nota máxima (5). No Rio, a UFRJ e a Uenf alcançaram o conceito. O resultado, relativo ao ano passado, leva em conta a qualidade dos cursos, o aprendizado dos alunos, a formação dos professores e infraestrutura. A divulgação dos dados acontece menos de uma semana após o relatório do Banco Mundial que recomenda a cobrança de mensalidade nas instituições públicas. Nenhuma universidade particular atingiu o conceito máximo. Maria Lúcia Werneck, presidente da Adufrj, comemora resultado. “Os dados mostram que estamos certos em nossa análise: cobrar mensalidades não é sinônimo de melhorias na educação”, disse, fazendo referência ao relatório do Banco Mundial. Pela nota máxima, o reitor Roberto Leher elogiou o esforço da universidade. “Esse desempenho expressa uma conquista dos estudantes da UFRJ, que vêm se dedicando com afinco aos seus cursos. A Reitoria também reconhece como mérito dos seus professores e técnicos”, afirmou. Mas o dirigente expressa preocupação com os próximos anos. “O orçamento previsto para 2018 das 63 universidades federais é 20% menor do que o de 2014 (custeio) e 90% menor em investimentos, no mesmo período”. Mesmo sem ser obrigada a participar do índice, por ser universidade estadual, e combalida com a crise no Rio de Janeiro, a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) também se destacou com a nota máxima. Em greve, a instituição tenta manter seu funcionamento. Os servidores do estado estão sem salários desde setembro e ainda não receberam o 13º de 2016. A Uerj, que vivencia a mesma crise, obteve conceito 4, assim como a UFF, a UniRio e a Rural. Cerca de 12% das instituições do Rio obtiveram conceito 2, considerado insufi ciente. Outros 61% receberam nota 3 e 20% ficaram no conceito 4. Banco Mundial A professora Hustana Vargas, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF, compara o resultado do ICG com o relatório do Banco Mundial. “Esse indicador mostra que a qualidade do ensino superior está nas mãos das universidades públicas. Isso é ser eficiente, é produzir conhecimento com excelência”, argumentou. Rosana Heringer, vice-diretora da Faculdade de Educação da UFRJ, destacou o desconhecimento da agência multilateral sobre as atividades realizadas pelas universidades e a expansão realizada na última década. “O que o Banco faz é comparar gastos com uma conta e dizer que particulares são mais eficientes. É descabido”, disse.  *colaborou Elisa Monteiro

Ex-reitor da Universidade de Lisboa, ele hoje atua como professor visitante da Faculdade de Educação da UFRJ. A cerimônia aconteceu na quarta-feira, 29, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos

“Sem liberdade, a universidade não estará à altura dos desafios do século XXI”, sublinhou António Sampaio da Nóvoa ao receber o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ. O professor português foi homenageado por sua tríplice faceta: notória referência acadêmica no campo da Educação, liderança na formação da nova Universidade de Lisboa e segunda colocação, como independente, na última eleição presidencial de Portugal, em 2016. A cerimônia aconteceu na quarta-feira, 29, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE).

O ex-reitor da Universidade de Lisboa (ULisboa) hoje atua como professor visitante da Faculdade de Educação da UFRJ. Associado ao campo pedagógico de Paulo Freire, Sampaio da Nóvoa traz como marca a valorização da escola pública, de seus protagonistas estudantes e educadores e das utopias para o conhecimento.

No Honoris Causa, Sampaio da Nóvoa falou de crise como um combustível para mudanças nas universidades: “Portugal vivia talvez seu pior momento de crise profunda, desde a redemocratização, quando fizemos o impossível”, disse Nóvoa, referindo-se à fusão da Universidade Técnica com a antiga Universidade de Lisboa, em 2013.

Seu colega de empreitada, e atual reitor da ULisboa, António Cruz Serra compareceu à reunião solene na UFRJ. Juntos, os portugueses incentivaram com entusiasmo uma parceria institucional além-mar. “Mais do que uma colaboração, podemos falar em uma verdadeira união”, frisou António Cruz.

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, respondeu com animação sobre a “desburocratização da dupla-diplomação”. E fez menção à ampliação da parceria para “além das áreas clássicas”, e também para mais instituições portuguesas, “como a Universidade do Porto”.

“Sentimos-nos honrados com a opção e a dedicação do professor Nóvoa pela UFRJ”, destacou o dirigente da UFRJ. “Sabemos que havia convite de outras universidades nos Estados Unidos e na Europa quando ele optou pelo Brasil a despeito de todas as dificuldades vividas pela universidade”.

Matemático e cervejeiro. Ricardo Rosa, professor de equações diferenciais da UFRJ, divide seu tempo entre fórmulas matemáticas e a cerveja. E foi graças à primeira que começou a conhecer o mundo das cervejas artesanais. O hobby nasceu de uma visita científica à Universidade de Indiana, lá pelos anos 2000, onde fez seu doutorado. “Fiz um curso de degustação de cervejas. Por quatro dias provei cervejas do mundo inteiro e descobri uma variedade que nem sonhava”, lembra. Ao retornar da viagem, teve uma surpresa curiosa: o avô também fora cervejeiro. “Conversei com meu pai e descobri que meu avô, já falecido, também fabricava cervejas em casa”, conta. O professor explica o destaque que conseguiu com o blog Cervejarte. “O diferencial do blog era esse aspecto técnico. Ele trazia fórmulas e receitas, não era só de gostos”, avalia. Apesar da paixão, o professor admite: “Gosto muito mais da matemática”. O hobby catapultou o docente como referência nacional na produção de cervejas artesanais. O auge veio na colaboração com a Cervejaria Colorado: Ricardo é “pai” da premiada Demoiselle. Marcelo Carneiro, dono da cervejaria na época, participou como jurado de um concurso organizado pelo professor. “O Marcelo tinha o desejo de fazer cervejas com ingredientes típicos brasileiros, e eu tinha feito um artigo para o blog sobre o café”, conta. Daí nasceu a parceria. “O que distinguia era essa coisa de brincar com a produção”, avalia. Hoje, a Demoiselle é uma das quatro principais cervejas da marca.

Após esse período, será desligada a energia de quase todo o prédio do Centro de Tecnologia, onde fica localizada a sede da Seção Sindical Na sexta-feira, 1º de dezembro, só haverá expediente na Adufrj até 13h. Após esse período, será desligada a energia de quase todo o prédio do Centro de Tecnologia, onde fica localizada a sede da Seção Sindical. A queda de luz faz parte de um teste para aumentar a carga de energia do CT. A decania solicita que todos os aparelhos e equipamentos sejam desligados das tomadas para evitar possíveis danos.

Três trabalhos, defendidos ano passado, foram selecionados pela agência entre os melhores do país. As campeãs são das áreas de Ciências Biológicas, Antropologia e Geografia A excelência da UFRJ foi novamente reconhecida na última edição do Prêmio Capes de Teses. Três trabalhos da universidade, defendidos ano passado, foram selecionados pela agência entre os melhores do país em diferentes áreas de conhecimento. Os autores receberão diploma, medalha e uma bolsa de pós-doutorado nacional de até 12 meses; o orientador ganha um auxílio de R$ 3 mil para participação em congresso no país. A cerimônia de premiação será no dia 7 de dezembro, em Brasília. Na área de Ciências Biológicas, Mychael Lourenço ganhou com uma pesquisa relacionada à Doença de Alzheimer: “Nosso estudo reforçou a relação entre a diabetes e a perda de memória, além dos efeitos benéficos de exercícios físicos no controle das doenças”, explicou o estudante do Instituto de Bioquímica Médica. Mychael foi orientado pelos professores Sérgio Teixeira Ferreira e Fernanda De Felice. “Para nós, orientadores, é uma felicidade ver o progresso e crescimento dos alunos que trabalham conosco”, pontuou o docente. Teixeira endossou a necessidade estratégica de valorização da Ciência no país. “Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos para fazer Ciência no Brasil, é ótimo ver o reconhecimento pelo trabalho sério que nosso grupo vem desenvolvendo há anos”, disse. “Nosso objetivo é fazer Ciência realmente de qualidade, e não apenas mais do mesmo”, completou. As outras duas teses premiadas da UFRJ são da Antropologia e da Geografia. Orientado pela professora Adriana de Resende, Paulo Victor Leite Lopes é o autor da pesquisa “Homens autores de violência doméstica: relações de gênero, formas cotidianas de governo e processos de formação de Estado”. Adriana comemorou o resultado do orientando: “Considero que sua premiação indica o reconhecimento por pares da relevância de aprofundarmos pesquisas sobre formas cotidianas de governo e sua relação com diversas dimensões da vida social, como gênero, família, sexualidade, entre outras”. Mas a docente não deixou de criticar a situação da pesquisa no país: “Cabe notar, porém, que os prêmios nem de longe podem compensar o quadro assustador que vivemos de cortes de toda ordem: de recursos de infraestrutura, de financiamentos, de condição de permanência e, o que não é menos grave, de horizontes de ampliação da vida universitária em todos os aspectos”, afirmou. Em Geografia, o professor Marcelo José Lopes de Souza foi orientador de Rafael da Costa Gonçalves de Almeida, com a tese “Favelas do Rio de Janeiro: a geografia histórica da invenção de um espaço”. O aluno também falou sobre as dificuldades da pós-graduação no país: “Doutorandos no Brasil sofrem. A bolsa é insuficiente como única fonte de renda, embora a dedicação exclusiva seja uma exigência. Além disso, a pesquisa é raramente encarada como um trabalho”, lamentou Rafael.

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