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A crise que afeta a UFRJ e as demais instituições federais de ensino foi o principal assunto do Conselho de Ensino de Graduação reunido na quarta-WhatsApp Image 2022 12 08 at 21.09.28feira, dia 7. A preocupação com os estudantes mais vulneráveis economicamente e principais vítimas dos cortes orçamentários dominou os debates. A representação estudantil encaminhou uma série de demandas para proteger esse grupo, mas também outros alunos que poderão ser afetados pela falta de transporte ou bandejão. O colegiado, no entanto, optou pela manutenção do semestre letivo por uma razão prática: 75% do período já foi concluído. Faltam apenas 21 dias de aulas para 2022 ser encerrado.

Para garantir que o período seja finalizado e que todos tenham chances, apesar da crise, o colegiado editou uma resolução com uma série de medidas.
Será permitido, em comum acordo entre professores e alunos, finalizar o período de maneira remota, para aquelas disciplinas que permitam esse tipo de flexibilização. No entanto, a pró-reitora de Graduação, professora Gisele Pires, deixou claro que a universidade permanecerá com atividades presenciais. “Esta é apenas uma flexibilização de aulas que possam acontecer por mediação de tecnologia, sempre em acordo entre o professor e a turma”, disse. “A UFRJ permanecerá em regime presencial. Esta é uma decisão política”, afirmou.

A resolução prevê também o abono das faltas desde 1º de dezembro, data em que foi realizado o bloqueio de R$ 15 milhões no orçamento da UFRJ. “A situação prejudica não só os bolsistas. Há serviços que começam a ser afetados e que atingem também quem não é bolsista”, destacou o estudante João Pedro Pimentel.

Outro ponto aprovado foi um período especial de trancamento de disciplinas, de 8 a 21 de dezembro, para os estudantes que decidirem retomar as disciplinas depois de passada a fase mais aguda da crise financeira. Para esses alunos, o trancamento não será contado para integralização. Mas será obrigatória a reinscrição na disciplina no primeiro período de 2023.

Para os estudantes que optarem por manter a inscrição nas disciplinas, mas que não conseguirem realizar as provas do final do período, o CEG autorizou um período especial de avaliação. As provas e trabalhos adicionais deverão acontecer para todas as disciplinas dos cursos gerais no período de 6 de fevereiro a 3 de março. Para os cursos de Medicina do Rio e Macaé e de Enfermagem Macaé, o período especial de provas vai acontecer de 30 de janeiro a 3 de fevereiro. “Não é uma situação ideal, mas o que estamos fazendo aqui é uma redução de danos”, destacou João Pedro Pimentel. “É claro que outros prejuízos vão acontecer, mas estamos tentando garantir o mínimo”.

Os estudantes que não realizarem as provas no período normal deverão ter lançado o chamado “grau I”, que significa “inconcluso”. O superintendente de graduação, professor Marcelo de Pádula, destacou que esse expediente já existe na universidade. “O grau I deverá ser substituído pela nota do estudante que realizar as avaliações do período especial até 11 de março, antes, portanto, do início de 2023.1. Isso ocorre quando qualquer evento excepcional implique na falta de lançamento de grau ou frequência do aluno”, explicou.

O período também poderá ser integralizado com menos de seis créditos. A situação seguirá autorizada para o primeiro semestre de 2023 caso não haja normalização do orçamento.

SISU 2023
O CEG aprovou também os editais de vagas para ingresso na graduação presencial no primeiro e segundo semestres de 2023. A UFRJ ofertará o total de 9.441 vagas. Dessas, 8.788 serão para ingresso via Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

A partir do ano que vem, os cursos de artes, arquitetura e música terão de volta o teste de habilidade específica. Serão ofertadas 593 vagas para THE.
Por fim, 60 vagas serão destinadas aos cursos de Libras – bacharelado e licenciatura, que exigem o teste de conhecimento específico (TCE). Para esses cursos, as incrições abrem de 9 a 16 de janeiro. As provas serão realizadas no dia 5 de fevereiro e o resultado será divulgado no dia 15 do mesmo mês.

MEDIDAS APROVADAS

- Disciplinas poderão ser finalizadas em modalidade remota, em caráter excepcional;

- Abono de faltas para os estudantes desde 1º de dezembro;

- Período especial de trancamento de disciplinas:  De 8 a 21 de dezembro;

- Grau I deverá ser lançado para os estudantes que não conseguirem realizar as avaliações regulares no final do período. Deve ser substituído pela nota da avaliação especial até 11 de março;

- Período especial de avaliação

. Para os cursos gerais: de 6 de fevereiro a 3 de março;

. Para Medicina Rio e Macaé e Enfermagem Macaé: de 30 de janeiro a 3 de fevereiro;

- 2022.2 poderá ser integralizado com menos de seis créditos cursados pelo estudante.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40 7Estela Magalhães

Passados cinco anos do incêndio no bloco B, que reduziu pela metade o número de vagas da residência estudantil – de 504 para 252 –, o prédio finalmente é renovado e se prepara para receber os estudantes no início de 2023. “A reconstrução do bloco B está pronta, agora estamos na fase de colocar toda a mobília. Mesa, cadeira, cama, ventilador, geladeira, máquina de lavar, micro-ondas, isso tudo tem que estar lá dentro. À medida que as coisas vão chegando, vamos fazendo a organização dos quartos”, explica Roberto Vieira, pró-reitor de Políticas Estudantis (PR-7).
A princípio, o alojamento reformado não terá quartos especiais que atendam a pessoas com deficiência, mas já existe um projeto para a sua construção. “Quando esses quartos estiverem prontos haverá abertura de um edital para acesso específico para PCDs. Por enquanto, essas pessoas, caso selecionadas, vão receber um auxílio moradia financeiro”, diz o pró-reitor.
Com a estreia iminente do segundo bloco, a PR-7 abriu o edital semestral para a concessão de auxílios que, pela primeira vez em dez anos, disponibiliza vagas para moradia no alojamento. “Pelos últimos dez anos, as vagas da residência foram preenchidas por ocupação. Se um morador se formava, simplesmente passava a chave do quarto para outro estudante”, explica o pró-reitor. O estudante Luc Kuruta, de Gastronomia, foi morar no alojamento durante esse intervalo. “Eu vim como ocupante em 2015, mas só consegui um quarto no ano seguinte. Foi um processo um pouco demorado por conta de toda burocracia da UFRJ, porque naquela época não existiam editais abertos para morar aqui. Você vinha como ocupante e depois concorria ao processo de bolsa moradia, que nem existe mais”, conta.
Em setembro, a PR-7 abriu um edital para a regularização dos estudantes que ocupam o Bloco A com base em critérios acadêmicos e socioeconômicos. O objetivo é garantir que o benefício está alcançando os alunos que têm prioridade e solucionar situações nas quais mais de um estudante ocupa um quarto individual. “De acordo com os critérios da PR-7 para a concessão dos auxílios, quem tem prioridade para as novas vagas no alojamento são os estudantes com maior vulnerabilidade”, explica Roberto Vieira. Para ter direito a um quarto, o estudante de graduação precisa ter renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio e estar inscrito em ao menos uma disciplina. “Já fizemos a regularização para todos os auxílios, então já sabemos quais estudantes não estão aptos a ocupar vagas no alojamento e vão ter que sair. Por isso, temos uma noção de quantos quartos serão liberados para receber os estudantes aptos que atualmente estão agregados, dividindo quartos”, completa.

Bloco A preocupa moradores
Com a reabertura do Bloco B no horizonte próximo, a preocupação dos estudantes se volta de forma mais intensa para o Bloco A, no qual convivem com velhos problemas de infraestrutura. “A gente pegou o prédio numa situação boa, mas como não há manutenção, ele vem decaindo”, diz o estudante Luc Kuruta. “Isso influencia muito a nossa condição de vida, porque vivemos com medo de o teto tombar de novo ou de acontecer uma inundação e a gente perder coisas no apartamento, como já perdemos”, completa.
Roberto Vieira tranquiliza os moradores com a notícia de que já foi contratada uma empresa para fazer pequenas manutenções e reparos nos blocos. “Quando queimar uma lâmpada ou chuveiro, quando cair um pedaço de gesso ou uma parte precisar de pintura, a empresa poderá atender aos moradores imediatamente”, garante.
Mas o bloco ainda apresenta problemas estruturais que impactam diretamente a vida dos estudantes. “O nosso módulo é um dos mais inteiros e ainda assim tem infiltração e os armários já caíram quase todos. A ventilação não é boa, as redes elétrica e hidráulica vivem dando problema”, conta Thallita Sanches, estudante de Biologia. “O que me incomoda aqui é a questão da segurança. Qualquer pessoa pode entrar sem ninguém saber. É um problema que precisa ser resolvido”, completa Meschac Bodea, estudante de Educação Física.
Roberto Vieira garante que a reitoria está ciente dos problemas e já desenvolve soluções. “Temos um projeto em fase de licitação para trocar o telhado da parte da frente do prédio e solucionar os problemas de infiltração”, diz. “Estamos com um projeto para instalar câmeras em torno do alojamento e foi licitado o controle de acesso ao prédio. Só será permitida a entrada de moradores e visitantes autorizados”, finaliza o pró-reitor.

 WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.58.17WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.59.12

A reportagem flagrou cenas preocupantes no Bloco A da residência estudantil. Há fiações expostas, infiltrações, vazamentos e até placas de gesso caídas do teto. A situação gera insegurança entre os moradores. “Vivemos com medo de o teto tombar de novo ou de acontecer uma inundação e a gente perder coisas no apartamento”, desabafa o estudante Luc Kuruta.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40Fazer política sindical não é lacrar nas redes. No dia 24 de novembro, o Conselho Universitário aprovou solicitação encaminhada pela Comissão Permanente de Pessoal Docente, CPPD, para que os efeitos da promoção de professores começassem apenas após a aprovação do relatório do docente.
Cabe ressaltar que esta diretoria já havia preparado recurso judicial contra a medida. Nos faltou, é verdade, a iniciativa de negociar com a reitoria e com os conselheiros previamente.
No entanto, menos de 24 horas depois do Consuni, pedimos a revisão da decisão e solicitamos audiência com a CPPD.
Todas essas informações foram amplamente noticiadas na edição passada de nosso jornal, incluindo o convite para um debate amplo sobre o assunto. O encontro aconteceu hoje, sexta-feira, 2, com nossa assessoria jurídica, e contou com a presença de mais de 70 professores. Ao final, decidimos fazer um plantão jurídico no dia 9 de dezembro para esclarecer as dúvidas de cada docente. Também faremos uma reunião ampla com a CPPD e os professores interessados.
Mas, infelizmente, os ouvidos da oposição estão contaminados pelo processo eleitoral vindouro e passado. Fez vista grossa à nossa responsável autocrítica e, num gesto carnavalesco, distribuiu um abaixo-assinado contra a diretoria em que pergunta onde estamos.
Pois bem. Estamos onde sempre estivemos: ao lado das professoras e dos professores, em defesa da universidade, da ciência, contra os cortes orçamentários, a favor das cotas, da ampliação do acesso ao ensino superior, pela democracia e lutando incansavelmente parar derrotar o governo Bolsonaro.
Aqui valem os parênteses de que nossa lida não é de ocasião. Nos elegemos dizendo que estaríamos ao lado do candidato com maiores condições de despachar o capitão e sua famiglia.
Nossos opositores - tanto os que estão dentro da universidade quanto os que estão na porta dos quartéis - parecem não gostar de resultados eleitorais adversos. Desde o pleito que nos elegeu em setembro de 2020, a chapa derrotada apela à Justiça contra o resultado das urnas. Da mesma maneira que os seguidores de Jair, a oposição alega que as urnas foram violadas.
Não repetiremos o gesto retórico e infantil de perguntar aos nossos opositores onde eles estão, até porque sabemos que estão na mesma esquina de sempre: aquela em que o imobilismo revolucionário encontra com uma universidade paralisada pela doença infantil do sectarismo.
Aos que preferem um outro espaço, mais generoso e construtivo, reiteramos nosso compromisso em combater as decisões recentes que alteraram a progressão e promoção na carreira docente na UFRJ.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40 3Igor Vieira

"O curso é uma luz na minha vida. Tenho satisfação em acordar e vir para a UFRJ. Sempre sonhei em pisar aqui”, afirma Penha da Silva, de 56 anos, aluna do “GastroJus - Gastronomia e Justiça Social”.
O curso de extensão, iniciado em outubro, oferece aulas práticas e teóricas para mulheres que já passaram pela prisão, que respondem processo em liberdade ou que receberam liberdade provisória em audiência de custódia. Nesta primeira edição, foram 25 matriculadas.
O GastroJus é estruturado em oito aulas semanais, sempre às quintas-feiras, no Bandejão Central. Além das aulas na cozinha, as alunas aprendem serviço de mesa e empreendedorismo feminino. A ideia veio da ex-professora da Gastronomia Luciana Simas, que hoje atua como consultora no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Luciana buscou apoio do Tribunal de Justiça e de outras instituições. O Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário, por exemplo, fornece os insumos para o curso.WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.40 4
As aulas no bandejão se transformam em uma ferramenta de inclusão social, ajudando na reintegração à sociedade e ao mercado de trabalho. “Muitas já trabalharam com cozinha ou na área de alimentos. Não podemos cravar que o curso ajudou, mas uma delas conseguiu um emprego”, afirma a coordenadora da iniciativa, professora Mara Lima.

ACOLHIMENTO
A docente destaca o acolhimento, que começa na recepção das estudantes na estação do BRT e prossegue com um café da manhã, antes das atividades. “Entendemos o grupo como uma rede que se retroalimenta e apoia, não só partindo de nós. Juntas, as alunas vulneráveis também se apoiam”.
Alunos dos cursos de gastronomia e nutrição se dividem entre ministrar as aulas e monitorar as atividades. A estudante de gastronomia Karen Calzolari, do sexto período, quis participar para ensinar o que aprendeu na faculdade. “Quando dei aula de massas, muitas me disseram como se sentiam acolhidas na cozinha, o que não sentem em outros lugares”.

WhatsApp Image 2022 12 02 at 18.57.41EXCELÊNCIA. Da esquerda para a direita: Anna Cristina Brisola, da Ciência da Informação, Rafael Marques Garcia, da Escola de Educação Física e Desportos, e Mariana Paiva, da Escola de Serviço SocialA excelência da UFRJ e de seus cientistas foi reconhecida pela Capes em nove teses este ano. Três delas ganharam o prêmio máximo nacional e outras seis receberam menções honrosas. Um dos grandes vencedores é o trabalho da pesquisadora Anna Cristina Brisola, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, uma parceria entre a Escola de Comunicação e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).
“Eu falo sobre desinformação. Um fenômeno que manipula a humanidade há séculos. Escrevo sobre como precisamos ter competência crítica para não cair nessas armadilhas, proponho ferramentas”, descreve. “Falar sobre desinformação num momento em que as pessoas estavam morrendo em decorrência exatamente do meu objeto de estudo foi extremamente doloroso”, lembra.
Justamente pelo momento histórico, com o mundo atravessando uma pandemia, o prêmio teve um gosto ainda mais especial para Anna. “Para mim, atende a um grito desesperado. Eu olho para esse prêmio e vejo que meu trabalho tem relevância. Alguém me ouviu”.
O orientador da pesquisa é o professor Marco Schneider, do IBICT. “Esse reconhecimento nos deu certa esperança de que nem tudo está dominado. A Capes ter analisado e reconhecido uma tese com esse tema mostra que ainda há independência nas instituições, apesar do momento político”, destaca o docente. “É um orgulho. O trabalho é extremamente sério. E esse resultado nos mostra que estamos no caminho certo”.
A relevância do tema deu a Anna Cristina a oportunidade de aprofundar sua pesquisa num pós-doutorado no Brasil. O prêmio para os vencedores é uma bolsa de um ano. “Vou fazer meu ‘pós-doc’ na Federal da Paraíba. Meu projeto busca constituir um modelo de aplicação da minha teoria. A ideia é munir as pessoas de ferramentas, prepará-las para que elas consigam identificar e não replicar uma desinformação”.
Outra tese vencedora é a da assistente social Mariana Paiva, do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Ela discute as reformas que atingiram o funcionalismo nos governos FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. A pesquisadora considera que sua experiência profissional foi determinante no desenvolvimento do trabalho. “Sou técnica-administrativa numa universidade federal, a UniRio, e fui pró-reitora de Pessoal por dois anos, até a aprovação da Ebserh –Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – na universidade”, conta. “Durante aqueles dois anos, pude ter acesso e conhecimento sobre os instrumentos jurídicos do Estado para o desenvolvimento da carreira dos trabalhadores do serviço público. Essa experiência me permitiu fazer um debate mais amplo sobre o assunto”.
Ela acredita que a análise de mais de duas décadas de mudanças na carreira dos servidores foi um dos diferenciais da pesquisa. “O percurso longo mostra que essas contrarreformas são diferentes nas formas, mas apontam para os mesmos objetivos: a precarização”, resume. “A partir disso, desenvolvemos um novo conceito, o de reestruturação destrutiva”, afirma.
A orientadora da pesquisa é a professora Sara Granemann. “Mariana e eu temos uma trajetória longa, desde o TCC, o mestrado, o doutorado. O que mostra que a pesquisa é um investimento de longo prazo”, sublinha a docente. “Uma das conquistas mais importantes da humanidade é poder fazer pesquisa. E, no Serviço Social, fazer pesquisa é falar sobre o cotidiano dos trabalhadores, fazer reflexões sobre o corte de orçamento, sobre privatizações não clássicas”, afirma. “Quando atuamos politicamente, aliamos nossa prática às nossas pesquisas”.
Já na área de Educação Física, o vencedor foi o professor Rafael Marques Garcia, que discute a participação de mulheres transsexuais no vôlei brasileiro. “É um tema muito delicado e ainda pouco explorado. Conseguimos fazer um grande levantamento, investigamos alguns casos, fizemos o mapeamento desse cenário no Brasil e o reflexo nas áreas educacionais”, descreve. “Socialmente, há um apelo muito grande para esclarecer pontos nessa problemática. A gente contribui para lançar uma discussão nesse cenário”, afirma.
O pesquisador é professor da Escola de Educação Física desde fevereiro deste ano e destaca a importância das políticas sociais em sua trajetória. “A UFRJ é um fator determinante para esse resultado. Eu fiz iniciação científica, passei pela extensão, monitoria. Venho de uma cidade no interior de São Paulo, Brotas, e precisei muito das políticas de permanência estudantil. Sem elas, não teria conseguido aprofundar minhas pesquisas”, disse. “Mesmo com tanta dificuldade, a pesquisa brasileira consegue contribuir propositivamente para a sociedade”.

MENÇÕES HONROSAS
Entre as teses que receberam menção honrosa está a da pesquisadora Patrícia Pinto Abrantes, do Programa de Pós-Graduação em Física. “Trazer esse prêmio para a UFRJ, que é a minha segunda casa, é um grande presente”.
A pesquisa investiga os diferentes tipos de interação entre luz e matéria. “É uma pesquisa teórica para controle das interações, que pode servir para o desenvolvimento de novos equipamentos, por exemplo”, explica.
Um dos orientadores de Patrícia é o professor Felipe Rosa, ex-diretor da AdUFRJ. “Um dos nossos trabalhos é formar pesquisadores. Mesmo dadas todas as limitações orçamentárias, a gente tem conseguido fazer esse trabalho com excelência”.

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