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WhatsApp Image 2025 04 07 at 18.51.50 9Fotos: Fernando SouzaO presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou, na quarta-feira (2), o aporte de recursos não reembolsáveis de R$ 50 milhões para a reconstrução do Museu Nacional, destruído por um incêndio em 2 de setembro de 2018. A verba garante a continuidade das obras de restauração e a previsão de reabertura de parte do imóvel ao público em junho do ano que vem. Com os novos recursos, o valor total destinado pelo banco à recuperação do museu chega a R$ 100 milhões.
O anúncio foi feito na Sala das Vigas, uma das já parcialmente recuperadas do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. De acordo com o arquiteto responsável pelas obras, Wallace Caldas, as imensas vigas retorcidas pelo fogo serão mantidas como “esculturas para lembrar a resistência diante da tragédia”. Segundo ele, o bloco principal do Paço, onde está o meteorito Bendegó, já está com as fachadas restauradas, assim como o teto. Para abril, a previsão é restaurar os acessos aos andares superiores e a criação de um túnel de serviços entre o Paço e seu anexo. Quase 400 pessoas atuam nas obras atualmente.

FUNDO MANTENEDOR
Ao lado do reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, e do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, Mercadante anunciou ainda a criação de um fundo mantenedor para as atividades do museu pós-reabertura. “O BNDES vai estruturar esse fundo e vamos captar recursos para a sustentação financeira do Museu Nacional a longo prazo. Um fundo para que se façam as reformas, as manutenções, as exposições”, adiantou ele. “É um fundo para que, depois da reabertura, o museu não tenha que ficar correndo atrás de recursos para uma exposição, por exemplo. E para preservar o acervo e não repetir os erros do passado”.WhatsApp Image 2025 04 07 at 18.51.50 10
O presidente do BNDES disse que empresas e bancos privados “estão se comprometendo a cobrir” o que ainda está faltando de recursos para a conclusão das obras. O total previsto para a reforma é de R$ 516 milhões, e até agora já foram captados cerca de R$ 350 milhões. “Dos R$ 170 milhões restantes, algo em torno de R$ 100 milhões já estão em fase final de captação. Esses R$ 70 milhões que faltam já estamos em conversas avançadas para conseguir”, garantiu Mercadante. Uma dessas conversas é com a Febraban, a federação dos bancos, com o intuito de garantir mais R$ 18 milhões para as obras.
O reitor Roberto Medronho destacou o simbolismo do aporte do BNDES. “Se o dinheiro não entra agora, o cronograma iria atrasar. Com isso, nós garantimos a reabertura parcial em 2026, e mantemos a previsão de reabertura total em 2028”.
Para o diretor do Museu Nacional, professor Alexander Kellner, a verba do BNDES chega em um momento crucial. “Esse aporte é estratégico para que o museu cumpra com o compromisso de reabrir parte do Paço de São Cristóvão e seus arredores à população. Nossa ideia é fazer essa reabertura em junho de 2026, com a ossada de uma baleia, pendurada a mais de dez metros de altura, a recepcionar o público na entrada do museu”. A partir de junho próximo, o museu terá visitas agendadas nas salas já em restauração de sua entrada principal.

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