A ministra do Esporte, Ana Moser (de máscara, na foto), esteve no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), vinculado ao Instituto de Química, no dia 18. O coordenador do LBCD, professor Henrique Gualberto Pereira, falou ao Jornal da AdUFRJ sobre o encontro.
Jornal da AdUFRJ - Como foi a visita?
Henrique Gualberto Pereira - Foi um enorme prazer receber a ministra no LBCD. Oportunidade única de mostrar nosso trabalho. A ministra ouviu tudo atentamente, e mostrou-se aberta a futuras interações. Por mais de uma ocasião durante a visita, a ministra externou que reconhece a importância do trabalho realizado pelo LBCD.
Foi a primeira vez que a ministra visitou o LBCD?
Sim. Em poucos meses de governo, o LBCD interagiu diretamente duas vezes com a ministra. A primeira foi uma audiência no Ministério do Esporte, que contou com a presença do reitor em exercício, professor Carlos Frederico Leão Rocha. Ontem, 18 de maio, tivemos o prazer de receber a ministra nas instalações da UFRJ.
De acordo com o tuíte do ministério sobre a visita, o senhor "frisou a necessidade de o governo continuar investindo no laboratório". Houve alguma promessa de novos recursos para o LBCD?
Mais importante do que promessas, houve a reafirmação do reconhecimento da importância do LBCD para o Sistema Brasileiro Antidopagem, e para o esporte brasileiro em si. A ministra foi objetiva, dividindo um cenário orçamentário complexo, mas demonstrando empenho em investir no LBCD.
Finalmente, não é segredo para ninguém que o governo anterior não apoiou a Ciência. Naquele período, o laboratório recebeu a visita de algum ministro? Houve algum problema sério de financiamento do LBCD?
Apesar da visão do governo anterior em relação à Ciência, o LBCD teve, apesar da falta de investimentos diretos, interlocutores técnicos muito importantes. Cito especificamente a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, um órgão ligado à estrutura do governo federal que, desde sua criação, tem conseguido se ater a questões técnicas, não sendo influenciado pelas visões políticas que mudaram ao longo dos anos. Isso é fundamental para o Sistema Brasileiro de Controle de Dopagem evoluir. Na gestão anterior, recebemos a visita do então Secretário Nacional de Esportes. Infelizmente, essa interação não resultou em investimentos diretos na renovação do parque instrumental, ou na infraestrutura do LBCD.
Qual a expectativa que se cria para o futuro do LBCD a partir desta visita?
Sem deixar de reconhecer as dificuldades orçamentárias, fica a expectativa que a ministra Ana Moser consiga alavancar recursos para investimentos diretos no LBCD. Acreditamos que esse laboratório da UFRJ já demonstrou sua importância para o esporte do Brasil. Trata-se de um investimento que dará o retorno esperado, contribuindo não só para o esporte, mas também para a ciência brasileira. Pela seriedade e objetividade demonstradas pela ministra, temos confiança de que os investimentos virão.