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mst mECFoto: Matheus Alves/MSTO Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um ato em frente ao MEC, na manhã desta sexta-feira (25). Os militantes protestaram contra a existência de um gabinete paralelo na pasta, formado por pastores aliados do ministro Milton Ribeiro e de Jair Bolsonaro.
O governo nega, mas, em áudios divulgados pela imprensa esta semana, há indícios de que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura negociavam junto a prefeitos a liberação de recursos federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O ministro diz, nas gravações, que a intermediação ocorreria para atender a um “pedido especial” do presidente.
O MST levou a escultura de um bezerro de ouro — em alusão a uma passagem bíblica —, para simbolizar a relação entre os pastores e o governo. Na linguagem corrente, a expressão “bezerro de ouro” tornou-se sinônimo de um falso ídolo: por exemplo, o dinheiro. O prefeito de Luís Domingues (MA) disse que o pastor Arilton Moura teria lhe pedido um quilo de ouro como propina em troca da liberação de recursos do MEC para a construção de escolas e creches.
A Academia Brasileira de Ciências e a SBPC manifestaram preocupação com as notícias do escândalo e cobraram respostas do ministério, em nota conjunta divulgada dia 22. “Lembramos que desde 1889 as instituições religiosas estão separadas do Estado no Brasil, e que nossa República é laica, regime expressamente determinado por todas as Constituições republicanas, inclusive a de 1988. Isso significa que as decisões do Poder Público não podem se subordinar a preceitos de qualquer religião”.
A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de um inquérito contra Milton Ribeiro para apurar as supostas irregularidades nos repasses do MEC. “A gravidade do quadro descrito é inconteste e não poderia deixar de ser objeto de investigação imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e suas consequências, incluídas as penais”, diz um trecho da decisão.

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