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WhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19 1UNIDADE Denise Góes ressaltou o trabalho coletivo da Sgaada = Foto: Alessandro CostaEm cerimônia emocionante, a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada) celebrou seu segundo aniversário. A instância é responsável por elaborar políticas internas de combate ao racismo, capacitismo e LGBTfobia. Também compete à Sgaada organizar e gerir as bancas de heteroidentificação. A etapa, de análise presencial das características físicas de candidatos autodeclarados pretos e pardos, é obrigatória para a aprovação na cota pretendida.
“Eu sou organizada pelo movimento negro e pela compreensão de que devemos lutar contra o racismo no Brasil”, disse a coordenadora-geral da Sgaada, Denise Góes, na abertura do evento. “Só nós, negros, sabemos o sofrimento psíquico que o racismo traz para nossas vidas. É nosso dever acabar com o racismo nesta universidade”.
Autoridades da UFRJ, representantes de movimentos sociais e da comunidade acadêmica também participaram da tarde de festa, que aconteceu no CCS. “Esse trabalho é fundamental para que consigamos ampliar as ações de igualdade e equidade na universidade”, elogiou Hugo Vilela, do Movimento Negro Unificado. “Em 2003, a UFRJ tinha fama de ser elitista. As cotas transformaram a cor dessa universidade”, destacou.
A professora Maria Soledad, diretora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), se emocionou. “Segundo ano dessa superintendência que é nossa, que atua na promoção de um ambiente universitário diverso e inclusivo”, elogiou.
Decano do CCS, o professor Luiz Eurico Nasciutti também destacou a mudança do perfil social na UFRJ. “Viver este momento, com 50 anos de docência, é motivo de muito orgulho. A universidade mudou na cor, nas vestimentas das pessoas. Tenho muito orgulho de ter vocês na universidade”.
A vice-reitora Cássia Turci reconheceu o quanto falta à UFRJ garantir acessibilidade aos seus espaços. “Há muito que se fazer e só posso agradecer à Sgaada por esse esforço. Só assim conseguiremos uma universidade mais inclusiva”.
“Com a crianção da Sgaada, a UFRJ entrou definitivamente na luta antirracista”, declarou o reitor Roberto Medronho. “Essa democracia do Brasil ainda não é a que queremos, porque ela esconde o racismo estrutural da nossa sociedade. Enquanto não houver democracia racial, não teremos democracia de fato”.
A atividade foi encerrada com uma oficina de charme, oferecida pela professora Heloísa Izidoro, do projeto de extensão Comunidança.

20250813 110945 1Reunião entre AdUFRJ e PR-4 no dia 13 discutiu afastamentos - Foto: Kelvin MeloVitória para os professores. Após analisar solicitação apresentada pela AdUFRJ, a pró-reitoria de Pessoal (PR-4) decidiu simplificar o processo dos afastamentos de até cinco dias no país em que não haja necessidade de registro de diárias e passagens. A mudança será implantada em breve no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
Com a alteração, o diretor da unidade poderá delegar a autorização do chamado “afastamento de curtíssima duração” à chefia imediata do servidor. Após a aprovação do chefe, o processo será encaminhado para ciência da seção da pessoal e fim da história. Não haverá mais necessidade de portaria publicada no Boletim da UFRJ para estes casos.
Já para os afastamentos entre seis e 30 dias continuará sendo obrigatória a aprovação do diretor, que encaminhará o processo para a seção de pessoal para providências: entre elas, a publicação de portaria.
“É um avanço. A indiferenciação de todo afastamento no intervalo de 30 dias acabava sobrecarregando a direção e o professor em casos de bancas ou congressos rápidos ou pesquisas de campo com dinâmicas mais curtas”, afirma a presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart.
A pró-reitoria de Pessoal também comemora a simplificação. “Desonera o professor desse tipo de atividade para que ele possa se dedicar às atividades fins: de ensino, pesquisa e extensão”, disse a pró-reitora Neuza Luzia. A PR-4 informou que os diretores vão receber um ofício circular da administração central comunicando sobre a mudança de procedimento.

EXCESSO BUROCRÁTICO
O professor Alexandre Werneck, chefe do Departamento de Sociologia, acompanhou Mayra na reunião que abordou o problema junto à pró-reitoria de Pessoal. “Acabo de assumir o Departamento e, ao ter que gerir vários pedidos de afastamento, ficou claro para mim que esse processo poderia ser simplificado”, relatou, no encontro realizado dia 13, na sede da PR-4.
“Se o professor da UFRJ participa de uma banca na UFF ou faz pesquisa de campo em Duque de Caxias, que são outras cidades, está em afastamento de sede. Portanto, por conta de uma tarde, precisa fazer todo esse trâmite”, observou Alexandre. “Se vai a um evento científico por três dias, também. E isso ocorre muitas vezes, pois corresponde à maior parte dos nossos afastamentos”.
O docente do IFCS acredita que, com a burocracia, há o risco de colegas não formalizarem os processos de afastamento. “É possível que isso incentive o não pedido de afastamento para casos muito simples, porque dá trabalho de mais”, afirmou.
Além de poupar tempo, o novo procedimento deverá prevenir eventuais riscos que os professores correm ao não solicitar os afastamentos de forma oficial. Afinal, era a portaria o instrumento que garantia os direitos trabalhistas no caso de algum incidente durante o afastamento, mesmo de curtíssima duração. Agora, informa a PR-4, a publicidade do ato estará oficialmente garantida pela consulta no SEI.
Após a reunião, informado pela reportagem da mudança, o professor celebrou a notícia. “Se for de fato confirmada, a medida representará ao mesmo tempo uma declaração de confiança da UFRJ em seus servidores e um incentivo à autoproteção, já que essa simplificação dos procedimentos promete criar uma cultura de efetivação de pedidos de afastamento mesmo nos casos mais simples”, disse.
A atual mudança representa uma segunda etapa da simplificação aplicada pela pró-reitoria de Pessoal nos processos de afastamentos. Em maio — conforme noticiado pelo Jornal da AdUFRJ —, já houve uma atualização.
Os 13 tipos processuais existentes até então haviam sido resumidos a apenas três: afastamento no país; afastamento para o exterior; e afastamento para o exterior Capes/Print – quando a viagem acontece dentro do Programa de Internacionalização da Capes.
Outra novidade foi a ampliação do prazo do afastamento no país de curta duração, que passou de 15 para 30 dias. Para esses casos, a tramitação é mais simples. “É o RH da unidade que faz a publicação do afastamento, apenas com a autorização da direção, sem que o processo seja encaminhado para a PR-4”, explicou Katia Cardoso, chefe da Seção de Amparo Legal da pró-reitoria de Pessoal.
As chamadas ‘bases de conhecimento’, que são as razões do afastamento, também haviam sido reduzidas e agrupadas. Deixaram de ser 12 bases para apenas duas. Uma para afastamento no país e outra para afastamento para o exterior.

0c8ad1a3 6213 4fa0 88f1 41e4433eeaa6Foto: Renan FernandesA UFRJ tem um estande aberto ao público em todos os dias do evento que começou hoje, no Pier Mauá, de 10h às 21h. Organizado em parceria da pró-reitoria de Extensão com o núcleo Inova UFRJ, o espaço traz a produção científica e cultural inovadora da comunidade acadêmica, mostrando todo o seu impacto social. Estão programadas exposições interativas e rodadas de apresentações. Haverá, ainda, sorteios de moedas comemorativas dos 200 anos do Museu Nacional e de sementes e mudas do Horto da Prefeitura Universitária.

Editora UFRJ seleciona originais para o catálogo

A Editora UFRJ está com dois editais abertos para composição do catálogo de 2026/2027. O primeiro vai selecionar originais para a Coleção Outros Passos: livros de pequeno formato que abordam questões de amplo interesse público em textos acessíveis, com ênfase nas áreas de Artes e Humanidades. Inscrição: de 8 de setembro a 10 de outubro de 2025.
O segundo edital seleciona originais de todas as áreas do conhecimento, com prazo de inscrição de 5 de janeiro a 13 de março de 2026.
As inscrições serão recebidas pelo correio eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações em: www.editora.ufrj.br.

SGAADA comemora dois anos

Criada em 2023, a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (SGAADA) vai comemorar seus dois anos de atuação no dia 18 de agosto, às 14h, no auditório Hélio Fraga do Centro de Ciências da Saúde. A SGAADA tem a missão de coordenar e fortalecer as políticas institucionais de inclusão, promoção da igualdade, combate ao capacitismo, à LGBTfobia e ao racismo no ambiente acadêmico.

WhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19 3Foto: Fernando Souza“Os valores da democracia e da soberania são inegociáveis”. resumiu Aloizio Mercadante, presidente do BNDES que ministrou a aula magna do segundo semestre da UFRJ. O evento reuniu professores, estudantes e técnicos no auditório do Centro de Tecnologia, na manhã desta terça-feira (19).
Mercadante, que já foi ministro da Educação, iniciou sua fala com um recado para a extrema-direita que ataca as instituições brasileiras desde as eleições de 2022: “O início da minha conscientização política se deu num ambiente de terror provocado pela ditadura”, lembrou. “O debate da democracia, para a minha geração, é muito concreto. Fala de exílio, de tortura, assassinato, censura. Não vamos abrir mão dos valores da democracia e da soberania. São valores muito profundos para nós”, afirmou.
Ações voltadas à inovação e desenvolvimento de fármacos também foram citadas pelo presidente do BNDES. “Estamos fazendo uma parceria com a Finep para a área de vacinas e antibióticos. Os Estados Unidos acabam de abandonar 30 linhas de pesquisa para vacinas e já estamos no limiar de esgotamento dos antibióticos”, justificou. “Precisamos nos preparar. Novas doenças vão surgir e bactérias para as quais não haverá antibióticos. São remédios pouco lucrativos. Os laboratórios não os desenvolverão sem o incentivo do Estado”, avaliou.
Outro destaque em sua fala foi o anúncio da inauguração do veículo elétrico voador desenvolvido pela Embraer com financiamento do BNDES. “Queremos lançar em outubro do ano que vem, no aniversário de 120 anos do voo de Santos Dumont no 14-BIS (em 26 de outubro)”, contou. O banco investiu R$ 400 milhões no projeto.

CANECÃO
O reitor, professor Roberto Medronho, citou as parcerias recentes do banco nas ações e projetos da UFRJ. “O apoio das equipes técnicas do BNDES no processo de alienação do Edifício Ventura tem sido fundamental. Assim como o modelo utilizado para o Canecão”, disse. “Assim que começar a construção do novo espaço de shows, serão construídos também o bandejão da Praia Vermelha e o prédio com 80 salas de aula”, citou o reitor. “Isso vai resolver um enorme problema de espaço para aulas no Palácio Universitário”, avaliou o reitor. “Não posso deixar de citar a importância do BNDES na captação de recursos para a reconstrução do Museu Nacional”.
PROTESTO
Na abertura da aula, o DCE denunciou o atraso nos pagamentos dos salários de funcionárias da limpeza. A reitoria informou que os repasses da UFRJ estão em dia e que a empresa terceirizada JP será chamada a prestar explicações. O contrato poderá ser revisto.

WhatsApp Image 2025 08 12 at 18.55.20 2Foto: ARTUR MOÊS (CCS/UFRJ)Na área de Ciências de Alimentos e Nutrição, o livro vencedor do Jabuti Acadêmico foi “Nutrição Inclusiva: Diversidade e Inclusão em Alimentação e Nutrição”, de Aline Alves Ferreira, Thaís Lima Dias Borges e Ursula Viana Bagni. Aline é docente do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da UFRJ, desde 2013. A obra trata de nutrição para grupos sociais minoritários ou marginalizados, como pessoas com deficiência, povos originários, população em situação de rua e encarcerada.

Jornal da AdUFRJ – Qual seu sentimento em ter sido premiada?
Aline Alves Ferreira –
O sentimento é muito gratificante. É um reconhecimento para além da questão acadêmica. São três professoras envolvidas na organização, que é fruto de uma inquietação social. A indicação já foi uma surpresa, mas a premiação realmente foi uma surpresa ainda maior.

O que acha que foi o diferencial do trabalho?
A gente tinha noção de que o nosso material era muito novo dentro da área, muito urgente, mas ainda pouco abordado. Trabalhamos com subgrupos que nunca são falados. Estamos falando de pessoas com deficiência, em situação de rua, de comunidades tradicionais, população encarcerada. São muitas provocações e reflexões sobre nutrição sobre esses grupos.

Como surgiu a ideia do livro?
Na pandemia, a gente percebeu que havia muito material fragmentado. Tivemos necessidade de organizar todos esses dados. Recebemos alguns nãos, mas encontramos parceiros que toparam levar a ideia adiante.

A que atribui esses nãos?

Acho que tem muito a ver com o fato de a abordagem ser nova e algumas editoras comerciais acabam tendo medo de apostar na ideia. Felizmente encontramos quem topou divulgar. Essa roda-viva Capes nos permite conversar muito com nossos pares, mas não com o grande público. Queríamos dialogar com estudantes de graduação, de pós e com a sociedade.

Qual a importância do livro num contexto político em que há uma extrema direita ainda muito forte e que rechaça essas ideias?
O Brasil é um país dos mais desiguais do mundo e encabeça esse ranking, infelizmente. Injustiças sociais são historicamente repetidas e invisibilizadas e governos de extrema direita tornam essas pautas ainda mais invisíveis. Precisamos de políticas públicas para esses grupos. A publicação desse livro deveria ter sido realizada em 2023, mas vem em momento oportuno porque levanta o debate da alimentação, da nutrição, mas também da área da saúde como um todo em relação a esses subgrupos. Nosso cenário político hoje é muito mais promissor com a diminuição da fome, por exemplo, e isso só foi possível com política pública. Algo que foi totalmente negligenciado no governo passado.

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