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Governo na ofensiva para congelar gastos

Congresso aprova Lei que serve de base ao orçamento de 2017 já considerando regras de PEC que limita gastos pela inflação  

 A ofensiva do governo para aprovar no parlamento a agenda fiscal do corte de gastos avançou. Na madrugada de quarta-feira 25 o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2017 foi votado pelo Congresso Nacional já considerando as regras da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 que congela os gastos públicos.
Na mesma quarta-feira, a PEC 241 foi defendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sob o beneplácito da maioria dos deputados na Comissão Especial da Câmara que examina o texto.

Ao comentar a aprovação da LDO, a lei que é referência para a elaboração do orçamento de 2017, o diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Antônio Augusto Queiroz, disse que “o governo se antecipa” à proposta que limita o crescimento do gasto público pela inflação.

Segundo o diretor do Diap, o objetivo do governo foi “sinalizar ao mercado” que não faltará apoio das duas casas no Congresso para o arrocho fiscal.

A exemplo do que propõe a PEC 241 por 20 anos, a LDO determina que o orçamento de 2017 fique congelado nos valores de 2016 mais a inflação deste ano. Queiroz disse que o governo orienta toda a sua agenda econômica pela mudança na Constituição.

O diretor do Diap disse, também, que outras propostas relacionadas à LDO que ainda serão analisadas não terão impacto em relação à regra do teto dos gastos. “Trata-se de matéria vencida”, disse.

Parlamentares da oposição denunciaram como manobra o fato de a votação ter sido feita “na calada da noite”, segundo a expressão do líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA). No site do partido ele diz que “esse projeto de LDO tira dinheiro da saúde e da educação para dar a banqueiros”.

 

Educação perde


Na audiência pública da Comissão Especial da Câmara para defender a PEC 241 o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usou a tática de dramatizar a situação fiscal do país. Apesar disso, ele foi contestado por alguns parlamentares que definiram a proposta de mudança na Constituição de “PEC do desmonte”.

A proposta do governo interino revoga, na prática, o artigo 212 da Constituição que obriga a União a aplicar o mínimo de 18% da receita em educação. Depois de analisada pela Comissão Especial, o projeto vai ao plenário da Câmara para ser votado. Como se trata de alteração na Constituição, sua aprovação exige maioria de dois terços dos votos e de votação em dois turnos.

O objetivo do governo é aprovar a proposta até o fim deste segundo semestre. Como o orçamento de 2017 está sendo elaborado de acordo com as regras propostas pela PEC, como indicou a aprovação da LDO, o governo argumenta que mesmo que a proposta não seja aprovada este ano, haverá congelamento de gastos em 2017.

 

Recorde de cortes Campanha Rio2036 nas redes e nas ruas mobiliza contra PEC que impõe teto de gastos ao orçamento Luiz Maranhão maranhãEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.     Com blog (rio2036.com), perfis nas redes sociais e adesivos bilíngue espalhados pela cidade, a Campanha Rio 2036 foi lançada durante a Olimpíada. O movimento aproveita a atmosfera olímpica para mobilizar forças contra aprovação de um projeto que muda a Constituição. A Rio2036 pretende esclarecer sobre os efeitos devastadores dessa proposta e pressionar os parlamentares para a sua rejeição. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 prospera no Congresso Nacional. Ela acaba de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O projeto põe o país no rumo do desastre social, de acordo com especialistas em contas públicas. A PEC 241 fixa um teto para  gastos públicos pelos próximos 20 anos. Em duas décadas, as despesas primárias (gastos com pessoal, saúde, educação, previdência) seriam reajustadas apenas com base na inflação do ano anterior. O orçamento ficaria livre, no entanto, para o pagamento de juros e outras operações financeiras. O projeto do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, revoga por 20 anos o artigo 212 da Constituição que obriga a União a aplicar o mínimo de 18% da receita em educação. Nos estados e municípios, 25%. A saúde, que também tem suas despesas vinculadas constitucionalmente, a exemplo da educação, perderia a prerrogativa. Prevalecendo a fórmula, o padrão de gasto público do Brasil em relação ao PIB seria equiparado a países com economias bem menores do que a nossa, diz a economista e professora da USP Laura Carvalho. “Se vigorasse no ano passado, os gastos com educação teriam sido reduzidos em 70% em 2015”, estima a docente. A professora faz outra projeção. Se o PIB brasileiro crescer nos próximos 20 anos no ritmo dos anos 1980 e 1990, passaríamos de um  percentual de gastos públicos em relação ao PIB da ordem de 40% para 25%. Trata-se de patamar semelhante ao verificado no Afeganistão, Camboja e Camarões. O novo regime fiscal que o governo interino de Michel Temer quer implantar se baseia, essencialmente, no corte de gastos. Na semana passada a Câmara votou o Projeto de Lei Complementar  257 que limita os gastos públicos nos estados por dois anos.

Palestra: Amyr Klink no Fundão


Risco e inovação tecnológica serão temas abordados pelo navegador nesta segunda-feira, no auditório da Coppe.


 Coppe/UFRJ promoverá nesta segunda-feira, 29 de agosto, um encontro da comunidade acadêmica com o navegador Amyr Klink.  Empreendedor de históricas expedições marítimas, Amyr proferirá palestra sobre risco e inovação tecnológica, às 15 horas, no auditório da Coppe, que fica na Rua Moniz Aragão, 360, Centro de Tecnologia 2. 

Na palestra, o navegador falará sobre sua experiência no gerenciamento de risco, tecnologias adotadas nas expedições mais célebres, como as viagens aos pólos Norte e Sul, e a travessia pelo Atlântico Sul em um barco a remo. Amyr abordará ainda como sua criatividade e adaptação a imprevistos não foi tolhida pelo planejamento previamente estabelecido, e de que forma o conhecimento adquirido nessas viagens contribuiu para suas atividades como empreendedor e empresário. 

Autor de cinco livros, entre eles os best sellers Cem Dias entre o Céu e o Mar (Jo Editora e Ed. Cia das Letras, 1985)  e Paratii, Entre Dois Pólos (Ed. Cia das Letras, 1992), Amyr Klink  já proferiu mais de 2500 palestras ao longo de 30 anos. Essa é sua segunda visita a Coppe: em 1999, o navegador abriu o ciclo de palestras "Novos Rumos".(Coppe/Assessoria de Imprensa)

Economista diz que prioridade do governo é pagar juros


O economista e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Uerj, Alexis Dantas, afirma que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 que congela gastos públicos deixa claro que a prioridade do governo Temer-Meirelles é “o pagamento de juros”.


Segundo o professor, a aprovação da proposta pelo Congresso resultaria no “fim de vários serviços” hoje prestados pelo poder público.


Depois de aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a PEC do teto dos gastos, como ficou conhecida, está sendo debatida por uma Comissão Especial na Câmara Federal.

 

 

 

Educação é cara, mas quanto vale a ignorância?”, provoca ex-reitor da UFRJ

 

Nelson Maculan, ex-reitor da UFRJ e ex-secretário de Educação Superior no governo Lula, condena os cortes na educação.

No Congresso, tramita o projeto de mudança da Constituição (PEC 241) revogando o artigo que obriga a União a aplicar o mínimo de 18% da receita em educação.


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