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Um pacote de medidas alivia o fim de ano do Museu Nacional. O governo federal doou ao Museu um terreno ao lado da Quinta da Boa Vista — antiga reivindicação que ganhou urgência após incêndio. Um pacote de medidas vai trazer alívio ao fim de ano do Museu Nacional. O governo federal doou ao Museu um terreno ao lado da Quinta da Boa Vista — uma antiga reivindicação da UFRJ que ganhou nova urgência depois do incêndio da noite de 2 de setembro. O anúncio foi feito pelo secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Henrique Sartori, na quinta-feira (13), durante coletiva conjunta de UFRJ, MEC e Google. Além do dinheiro e do terreno, outra boa notícia vem das buscas nos escombros do prédio: mais de 1.500 peças já foram recuperadas. “Era a melhor coisa para esse final de ano. Agora é cercar, tomar e transferir os laboratórios”, avaliou o diretor do Museu, Alexander Kellner. Para o reitor, Roberto Leher, a cessão coroa uma sequência de boas negociações com o governo federal. “O mais importante é a sinalização do compromisso do governo com a universidade: primeiro, o aporte de R$ 10 milhões para ação emergencial, depois, os R$ 5 milhões para o projeto executivo e, agora, o empenho para resolver a questão do terreno”, disse. Leher afirmou que os R$ 25 milhões obtidos em emendas parlamentes serão aplicados no novo terreno. A área, com 49 mil metros quadrados, será usada para construção de laboratórios. Segundo a administração central, 51% das obras emergenciais — primeira etapa da recuperação — foram concluídas. E o telhado, último item da etapa, será finalizado em março, durante o carnaval. Além da cessão do terreno, o secretário executivo do MEC comunicou a criação de uma rubrica específica para prédios históricos no valor de R$ 45 milhões. A medida é uma demanda das instituições federais de ensino superior, que têm dificuldades para realizar obras de preservação por causa dos altos custos. Na última quinta-feira, foi anunciada também a estreia do Museu Nacional na Google Arts & Culture, graças a uma parceria entre a UFRJ, MEC e a Google. A plataforma permite a navegação virtual por sete exposições online, com uso de óculos de realidde virtual. O convênio foi assinado em 2016, e as imagens, capturadas ao longo de 2017. O tour cobre cerca de 60% dos espaços do Museu abertos à visitação antes do incêndio.  

A UFRJ deve publicar nos próximos dias o edital para preencher aproximadamente 35 vagas que não foram ocupadas nos últimos concursos de contratação de professores. Há o temor de que o próximo governo congele as contratações. A UFRJ deve publicar nos próximos dias o edital para preencher aproximadamente 35 vagas que não foram ocupadas nos últimos concursos de contratação de professores realizados nos últimos 12 meses. São áreas para as quais ninguém foi aprovado. Diante do cenário de incerteza para a universidade pública com o governo Bolsonaro, a comunidade acadêmica da UFRJ passou os últimos dias discutindo o destino dessas vagas. O pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, sugeriu que as unidades considerem a possibilidade de convocar, para vagas remanescentes, candidatos aprovados em segundo lugar em áreas semelhantes. Há o temor de que o próximo governo congele as contratações, e as vagas se percam. Cada unidade terá de decidir considerando essa conjuntura. Trocando em miúdos: quando há concurso para professor, a vaga é definida por unidade, departamento e setorização (conteúdos a serem lecionados). Os candidatos fazem provas para aquela setorização. Quando há apenas uma vaga, só quem passou em primeiro lugar é chamado. Os demais podem ser chamados posteriormente, pois os concursos valem por dois anos. No Instituto de Física há cinco vagas remanescentes do último concurso. Entre elas, duas de “Física Experimental com ênfase em Ótica Quântica”, pois ninguém foi aprovado. Restam duas opções: republicar as vagas e fazer novo concurso; ou chamar candidatos aprovados em segundo lugar para outras setorizações. Assim, quem ficou em segundo e terceiro lugares em “Física Experimental com ênfase na área de Sistemas Nanoestruturados” poderia ser chamado para o setor de “Ótica Quântica”. APERTO NO ORÇAMENTO Parece simples, mas não é. Em centros de excelência, os saberes são cada vez mais específicos. “Não há sentido chamar quem não está preparado para lecionar na área. Vamos republicar as vagas”, afirma o vice-diretor do Instituto de Física, professor Antônio Santos. A diretora da Escola Politécnica, Cláudia Morgado, tem oito vagas remanescentes das 19 abertas no último concurso. Diz que chamar o segundo colocado pode ser uma solução pontual para um ou outro caso, mas não para o conjunto. A coordenadora da CPPD, professora Rosa Peres, lembra que tais remanejamentos podem criar problemas entre departamentos, pois a vaga está ligada a um, e o professor aprovado, a outro. Por outro lado, a equipe econômica do próximo governo já deu sinalizações claras de que quer fazer uma avaliação da máquina pública, lembra Eduardo Raupp de Vargas, professor do Coppead e vice-presidente da Adufrj. Entre as medidas prometidas, está o recolhimento de receitas próprias para pagar pessoal – o que pode significar um aperto na reposição de professores. “Há unidades em que a especificidade acadêmica das vagas disponíveis não permite remanejamento. Mas onde houver, acho que a gente não deveria hesitar e deveria trabalhar para chamar os aprovados o quanto antes”, afirma o professor Eduardo Raupp. Para a presidente da Adufrj, Maria Lúcia Werneck Vianna, a questão terá de ser analisada caso a caso. “Depende da unidade e da especificidade da vaga. A incerteza política é imensa, mas contratar gente por contratar, sem que a pessoa esteja capacitada, deixa um flanco aberto para que a universidade seja ainda mais atacada”, afirma.

Sessão especial do Consuni transformou Núcleo de Macaé em Instituto e o antigo Polo de Duque de Caxias em campus

Macaé e Caxias, as duas principais frentes de expansão da UFRJ, ganharam mais força institucional. O Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem) foi transformado em Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, ganhando mais autonomia acadêmica e administrativa. E o Polo Xerém agora passou oficialmente a campus Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade. As decisões foram aprovadas por aclamação pelo Conselho Universitário do dia 6. “Há muito, o Nupem atua como Instituto”, destacou o decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Issamu Suemitsu. “É mais que tempo de institucionalizar esse reconhecimento. A UFRJ de Macaé está de parabéns”, acrescentou o decano. Representante discente no Consuni e estudante de Química em Macaé, Rafaela Correa falou sobre o significado da presença da universidade para a região: “O Nupem não é só um lugar onde os estudantes, docentes e técnicos se sentem em casa. Ele é uma referência para todos os macaenses. A interiorização vai além da produção acadêmica. É sobre a importância de a universidade estar ali”. Conselheiros fizeram menção ainda ao papel do debate ambiental no município marcado pela exploração do petróleo. Já a interiorização na Baixada Fluminense foi celebrada pela suplente dos Titulares do CCS, professora Sandra Maria Azevedo: “Poucas pessoas sabem das dificuldades que a comunidade acadêmica enfrentou para estabelecer esse polo em Duque de Caxias. Foram mais de dez anos em contêiner”, disse emocionada. A ampliação de três para cinco cursos de graduação e a migração para novas instalações, em Santa Cruz da Serra, foram realizadas no início de agosto. “Só podemos agradecer pelo esforço desses guerreiros. E reconhecer que tem plenas condições para atuar como unidade gestora. O professor Geraldo (Geraldo Cidade, fundador que dá nome ao campus) faleceu. Mas vocês estão lá.”, concluiu Sandra. Moradora de Imbariê (bairro da periferia do município de Duque de Caxias), a representante dos técnico-administrativos, Gerly Miceli emocionou-se durante o debate: “Não tem como não expressar minha felicidade em ver a universidade onde há tão poucas oportunidades. Na Baixada, tudo é difícil”. A penúltima sessão do Consuni em 2018  aprovou ainda a transformação do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde-NUTES em Instituto Especializado do CCS.  

Um pacote de medidas vai trazer alívio ao fim de ano do Museu Nacional. O governo federal doou ao Museu um terreno ao lado da Quinta da Boa Vista — uma antiga reivindicação da UFRJ que ganhou nova urgência depois do incêndio da noite de 2 de setembro.

O anúncio foi feito pelo secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Henrique Sartori, na quinta-feira (13), durante coletiva conjunta de UFRJ, MEC e Google. Além do dinheiro e do terreno, outra boa notícia vem das buscas nos escombros do prédio: mais de 1.500 peças já foram recuperadas. “Era a melhor coisa para esse final de ano. Agora é cercar, tomar e transferir os laboratórios”, avaliou o diretor do Museu, Alexander Kellner.

Para o reitor, Roberto Leher, a cessão coroa uma sequência de boas negociações com o governo federal. “O mais importante é a sinalização do compromisso do governo com a universidade: primeiro, o aporte de R$ 10 milhões para ação emergencial, depois, os R$ 5 milhões para o projeto executivo e, agora, o empenho para resolver a questão do terreno”, disse. Leher afirmou que os R$ 25 milhões obtidos em emendas parlamentes serão aplicados no novo terreno. A área, com 49 mil metros quadrados, será usada para construção de laboratórios. Segundo a administração central, 51% das obras emergenciais — primeira etapa da recuperação — foram concluídas. E o telhado, último item da etapa, será finalizado em março, durante o carnaval.

Além da cessão do terreno, o secretário executivo do MEC comunicou a criação de uma rubrica específica para prédios históricos no valor de R$ 45 milhões. A medida é uma demanda das instituições federais de ensino superior, que têm dificuldades para realizar obras de preservação por causa dos altos custos.

Na última quinta-feira, foi anunciada também a estreia do Museu Nacional na Google Arts & Culture, graças a uma parceria entre a UFRJ, MEC e a Google. A plataforma permite a navegação virtual por sete exposições online, com uso de óculos de realidde virtual. O convênio foi assinado em 2016, e as imagens, capturadas ao longo de 2017. O tour cobre cerca de 60% dos espaços do Museu abertos à visitação antes do incêndio.

"A pós-graduação em Antropologia Social foi criada pelo Museu Nacional. É uma instituição tão multifacetada que cada aspecto tem uma história própria", observou o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte, em debate no Museu do Amanhã, no último dia 5. Ex-diretor do Museu Nacional, o professor destacou as contribuições não apenas para a Zoologia, Mineralogia e Botânica, mas para as Ciências Sociais. Sobre o futuro da unidade após o incêndio de setembro, Luiz Fernando expressa otimismo, sublinhando os apoios de instituições de ensino, pesquisa e museus internacionais. "O governo alemão ofereceu R$ 1,5 milhão. E os professores de Harvard se dispuseram a doar exemplares com dedicatórias para recomposição da Biblioteca", exemplificou. A China foi citada como possível e importante aliada: "Há negociação para investimento e realização de uma exposição do Museu lá. São possibilidades abertas que devem ser aproveitadas", avaliou. Com quarenta anos no Museu Nacional, o professor relata que o foco, no momento, é o restabelecimento das pesquisas e das exposições para o público. "Sabemos que a recuperação do prédio será algo mais demorado".

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