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Professores e alunos realizam ato em defesa da Educação Pública


Fotos: Angela Santi/Divulgação

Multiplicam-se, por toda a parte, as iniciativas para contestar as ameaças à Educação, anunciadas pelo governo interino de Michel Temer ou em tramitação no Legislativo. Na terça (14) à tarde, um grupo de professores e alunos da Faculdade de Educação realizou um ato na avenida Venceslau Brás, ao lado do campus da Praia Vermelha da UFRJ.

De acordo com a professora Angela Santi, uma das organizadoras, a ideia do evento surgiu da necessidade de debater, em especial, a polêmica proposta da “Escola sem Partido”, do deputado Izalci (PSDB-DF) — sob o falso pretexto de evitar doutrinação ideológica em todos os níveis de ensino, o projeto prejudica uma formação cidadã. “Pior: estão sendo gerados projetos semelhantes em instâncias legislativas estaduais e municipais. Como Faculdade de Educação, precisamos discutir isso”, afirma Angela.

Neste sentido, a professora convida para o debate que será realizado na próxima segunda-feira (20), no Salão Pedro Calmon, também no campus da Praia Vermelha: “Pensar a Democracia: Escola sem Partido?”, a partir das 18h. Organizada pelo Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual (Lecav) da Faculdade de Educação, a mesa terá: Fernando Pena (UFF), Carlos Eduardo Oliva (Colégio Pedro II e UFF) e Carmen Teresa Gabriel (UFRJ), com mediação de Maria Cristina Miranda, do CAp-UFRJ.

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Antes do protesto de rua, cultura no campinho

O ato começou com uma apresentação do Grupo de Teatro do Centro de Teatro do Oprimido, no campinho de futebol do campus. O tema foi a discussão de gênero, com interação do público.

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  A professora Débora Foguel, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, critica o fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ex-pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa na gestão de Carlos Levi (2011-2015), ela lembra que a Academia Brasileira de Ciências — da qual faz parte — completou 100 anos em 2016 e ganhou este indesejado “presente” do governo interino.

Letras no escuro


Comunidade acadêmica da faculdade sofre, à noite, com acesso mal iluminado

Texto e fotos: Silvana Sá
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A falta de iluminação adequada preocupa a comunidade da Faculdade de Letras. Os poucos postes existentes na praça em frente à Unidade ou estão com as luzes apagadas, ou estão cobertos pelas copas das árvores. Os caminhos que ligam a faculdade ao ponto de ônibus também não possuem qualquer outro ponto de luz, o que torna mais insegura a vida de quem precisa transitar pelo local depois das 18h.

“Aqui fica bem escuro porque não tem postes no caminho até o ponto. No estacionamento, também fica bastante escuro. Ficamos inseguros na saída da aula”, disse Vinícius Ferreira, estudante de Inglês do Curso de Línguas Aberto à Comunidade (CLAC).

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Mayara Bernardo, estudante de Português e Literaturas, concorda: “À noite, não podemos ir para o ponto em frente à reitoria, porque o caminho fica completamente escuro e deserto. Então vai todo mundo para o ponto em frente à faculdade para pegar o ônibus interno até o CCMN. Lá, sim, é mais iluminado e mais movimentado. Não dá para ficar aqui esperando as linhas de ônibus normais para ir para casa. Dá medo de ir para o ponto”, disse.

Para Suellen Santos Silva, estudante do mesmo curso, é preciso investir em mais iluminação: “Há histórias de tentativas de assalto, porque é fácil se esconder no escuro, atrás de um arbusto. No ano passado, tentaram tomar a bolsa de uma menina. Depois desse dia, todo mundo passou a usar o caminho da carrocinha da pipoca. Quando o pipoqueiro acende a luz, fica mais claro o caminho”, disse.

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No dia 6, unidade inteira ficou às escuras

Diretora da Faculdade de Letras, a professora Eleonora Ziller passou por um aperto no dia 6 de junho. A Light precisava fazer a substituição de alguns cabos de energia localizados em caixas no subsolo da Unidade. O procedimento era visto como importante para a segurança da rede elétrica e estava agendado para o horário das 15h às 17h. Nesse período, a Faculdade ficaria sem luz. O que a direção não contava era que a equipe iria atrasar.

“Eles chegaram depois das 17h e pediram para desligar a luz. Como a manobra do cabeamento era necessária e essas equipes têm vários problemas com reagendamentos, acabei me vendo obrigada a suspender as atividades do noturno. Foi muito ruim. Um prejuízo enorme para a comunidade”, disse. A luz só voltou depois das 21h. “Foi um erro da concessionária que gerou vários transtornos para a nossa Unidade. E poderia significar uma multa ou um abatimento nas nossas dívidas. A universidade paga muito caro os serviços. Precisamos ter uma forma de cobrar também essa contrapartida”, disse.

Ela reconheceu que a praça em frente à Unidade é bastante insegura por causa da baixa luminosidade. “É muito escura mesmo. Fiz essa reclamação no Conselho Universitário e vi que já há equipes da Prefeitura Universitária se movimentando para resolver este problema. Houve algumas trocas de lâmpadas e manutenções. A expectativa é que melhore a iluminação”.

Projeto elimina vetos que burocratizam pesquisa

 

Senador Jorge Viana tenta acelerar tramitação no Congresso

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


A comunidade científica ganhou novo alento na consolidação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. De autoria do senador Jorge Viana (PT-AC), o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 226/2016 pretende recuperar o texto original da proposta, que desburocratiza a pesquisa no país. Em janeiro deste ano, a lei sofreu vetos da ex-presidente Dilma Rousseff.

Cristovam Buarque (PPS-DF), favorável à iniciativa, já foi escolhido para ser o relator do PLS, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado.

Para acelerar a votação, Jorge Viana articula conversas com os senadores das três comissões pelas quais o projeto deve passar (além da CCT, a de Assuntos Econômicos e a de Constituição, Justiça e Cidadania). Se não houver nenhum recurso para que o PLS vá ao plenário, a matéria segue diretamente para a Câmara. A ideia é reintegrar completamente os oito pontos do texto que foram cortados pela Presidência da República — o que foi confirmado, em maio, pelo Congresso Nacional.


De acordo com a assessoria do senador, existe confiança em que a maioria dos parlamentares, desta vez, vai retirar os vetos – a sessão de maio foi tumultuada por questões políticas relacionadas ao então recente impeachment de Dilma.


Os dispositivos vetados preveem, entre outras medidas, isenção de impostos previdenciários sobre as bolsas pagas por instituições científicas e tecnológicas públicas; isenção das importações de empresas para atender projetos de Pesquisa e Desenvolvimento; e dispensa de licitação para contratar micro, pequenas e médias empresas para prestar serviços ou fornecer bens elaborados com aplicação de conhecimento científico e tecnológico.

 

Na Câmara, fusão dos ministérios em debate


O Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) estará em debate novamente no Congresso Nacional. Nesta quarta-feira (15), o ministro Gilberto Kassab irá à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados para discutir a decisão do presidente interino, Michel Temer, de promover a fusão dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações.

Kassab fala sobre fusão dos ministérios

Reunião, nesta quarta (15),  pôde ser acompanhada pela internet


A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados recebeu, nesta quarta-feira (15), a partir das 9h30, um debate sobre a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o Ministério das Comunicações (MC). A reunião pôde ser acompanhada pela internet em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/ao-vivo/transmissoes-do-dia (bastava localizar, na listagem, o link da comissão).

 

Foram convidados para o debate: Gilberto Kassab, Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Sergio Luiz Gargioni, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap); Francilene Garcia, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti); Maria Lucia Cavalli Neder, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

 

 

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