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WhatsApp Image 2025 07 16 at 17.51.09 1Foto: Renan FernandesRenan Fernandes

O reitor Roberto Medronho convocou uma reunião com ex-reitores da UFRJ na Cidade Universitária, na quinta-feira, 10. O objetivo de Medronho foi promover a troca de experiências entre gestores que viveram momentos diferentes, mas enfrentaram situações semelhantes. Estiveram presentes os professores Alexandre Pinto Cardoso, Carlos Levi da Conceição, Nelson Maculan Filho, Paulo Alcântara Gomes e Sergio Longo Fracalanzza.
Medronho apresentou aos colegas projetos para a construção e a reforma de prédios da universidade. O primeiro busca recursos do “Minha Casa, Minha Vida” para a construção de uma nova residência estudantil com o objetivo de abrigar não apenas estudantes da UFRJ, mas também alunos e docentes estrangeiros. “A vantagem é que tudo passaria pela Caixa. Fazemos o contrato com o banco e a empresa que vencer a licitação recebe do banco a verba para a construção”, explicou o reitor.
O segundo projeto, ainda em fase de estudo de viabilidade, prevê a destinação de parte da venda do próximo lote do pré-sal para a reforma dos prédios da UFRJ, atualmente estimada pelo ETU em R$ 1 bilhão para a recuperação de 75% da área construída da universidade. “Na última reunião que estive com o presidente Lula ele falou que queria ouvir projetos, por isso estamos articulando”, apontou Medronho.
Segundo o reitor, a UFRJ também articula com o IPHAN a obtenção de recursos do BNDES para a reforma do Palácio Universitário, na Praia Vermelha. “Aquilo poderia ser o próximo Museu Nacional. É uma situação muito delicada”, disse em alusão à situação encontrada na Capela São Pedro de Alcântara durante visita que a reportagem da AdUFRJ acompanhou em março deste ano.
O professor Alexandre Cardoso elogiou os esforços propostos por Medronho. “Boas iniciativas têm cabeça, tronco e membros. Isso é importante para saírem do papel e não ficarem apenas no discurso”, destacou. Cardoso aproveitou a reunião para elogiar as melhorias no cotidiano do HUCFF desde a adesão à Ebserh, mas fez também uma cobrança sobre as condições de trabalho. “Precisamos de investimento em cirurgia robótica, é uma prioridade. Isso limita nosso trabalho docente e a formação dos alunos”.
O clima da reunião foi de cumplicidade entre os colegas de longa data. “Me casei com a UFRJ em 1971 e não me divorciei até hoje”, brincou Maculan. Os ex-reitores louvaram o encontro e a possibilidade de serem ouvidos sobre temas fundamentais da UFRJ. “Valorizar a experiência e a memória das pessoas é muito importante para manter essa universidade”, pontuou.
“O cargo de reitor é solitário. Por isso, é bom ouvir outras fontes além das que estão normalmente ao seu lado”, revelou Fracalanzza. “Nós também passamos por todas essas situações de falta de verba e problemas de manutenção. Nossa experiência, os êxitos e os insucessos, pode contribuir na tomada de decisão do reitor”.
Levi saiu da reunião satisfeito com o entusiasmo de Medronho em angariar recursos para contornar a crise orçamentária. “Nesse momento difícil que estamos atravessando, foi ótimo ver que o reitor está animado e cheio de projetos. Essa é a base para uma gestão bem-sucedida”, afirmou. Paulo Alcâncara classificou a reunião como “extremamente importante”. “Tivemos a possibilidade de discutir várias iniciativas que serão implementadas ao longo dos próximos anos”, celebrou.

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