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A diretoria da AdUFRJ está representada pelas professoras Mayra Goulart e Nedir do Espirito Santo na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino, que acontece neste final de semana na sede do Andes, WhatsApp Image 2023 08 19 at 10.44.35 em Brasília.

Um dos temas centrais da primeira manhã de debates foi a Campanha Salarial para 2024. O Andes e o conjunto de servidores do Executivo nacional pedem a recomposição das perdas inflacionárias do período pré-Bolsonaro, associadas às perdas dos últimos quatro anos - descontados os 9% concedidos em 1º de maio. "É necessária uma construção dessa pauta com o conjunto dos servidores públicos, mas, também o acompanhamento e conversas específicas junto ao Ministério da Educação e à Secretaria de Educação Superior (SESu)", defende a professora Mayra. A AdUFRJ já entregou documento ao ministro Camilo Santana solicitando abertura de mesas setoriais de negociação e, na próxima segunda-feira (21), se reunirá com a secretária da SESu, Denise Pires de Carvalho, com o mesmo objetivo.

Outro importante tema foi a Proposta de Emenda à Constituição nº 32. Conhecida como PEC da reforma administrativa, a iniciativa tem por premissa culpabilizar o servidor. O arcabouço fiscal, segundo Mayra Goulart, se assemelha à PEC nesse sentido, já que prevê congelamento de salários em caso de não cumprimento das metas fiscais. É preciso ressalvar que o arcabouço é melhor que o teto de gastos, mas esse item específico, o congelamento de salários do funcionalismo — que foi inserido na tramitação na Câmara (não era proposta do governo, conforme informaram à AdUFRJ, os responsáveis da Fazenda — é muito ruim para os servidores.

Sobre este tema, a AdUFRJ cumpriu intensa agenda na semana passada, em Brasília. Houve encontros nos ministérios do Planejamento, Fazenda e com representantes do relator da PEC no Senado. “O arcabouço é melhor que o teto de gastos, porque repactua as metas, permitindo a manutenção dos pisos e mesmo a expansão dos gastos com saúde e educação. Mas acreditamos que é necessário aprimorar o projeto, com a retirada do dispositivo que congela nossos salários”, explica a professora Mayra.

A AdUFRJ também considera central dialogar com setores hoje refratários ao funcionalismo público. "Não podemos reforçar a polarização desses grupos. É preciso atrair esses setores que no passado aderiram ao bolsonarismo, como os evangélicos", avalia a vice-presidente da AdUFRJ.

O Andes, por sua vez, aposta no sectarismo, algo combatido pela diretoria da AdUFRJ. "Reconhecemos que existe um contexto de recrudescimento conservador, mas precisamos desativar essa polarização”, afirma a professora Mayra Goulart. “O sectarismo só afasta e prejudica o propósito de expandir os valores progressistas”, reforça. Assim como defendemos um governo de diálogo e negociação, praticamos um sindicalismo não sectário que visa representar todos os professores e professoras.

O encontro do Setor das Federais do Andes acontece até amanhã (20 de agosto) na capital federal.

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