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mesaFoto: AndesA primeira reunião da Mesa Permanente de Negociação entre servidores e o governo federal, para tratar da campanha salarial de 2024, não teve avanços. O encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 10, em Brasília. Diferente das reuniões que levaram à construção da recomposição de 9% dos salários, desta vez não houve participação do primeiro escalão do governo.
Os representantes do governo federal informaram que ainda não há uma proposta construída para o reajuste do ano que vem. E estabeleceram que a elaboração de um índice depende da aprovação do arcabouço fiscal, em tramitação no Congresso.
Uma da reivindicações dos sindicatos que representam os servidores do Executivo federal é a equiparação dos benefícios com os servidores dos demais poderes – os funcionários do Legislativo e Judiciário chegam a receber mil reais em auxílio-refeição, ao passo que os do Executivo recebem atualmente R$ 628. Além disso, reforçam que as perdas acumuladas em sete anos superam os 30% para todos os grupos, mesmo depois da recomposição de 9% concedida em maio deste ano.
As propostas apresentadas pelos servidores ao governo foram dividas em dois blocos. O primeiro indica 53,05% de reajuste aos funcionários que tiveram duas cotas de reajuste após a negociação da greve de 2015, divididos em três parcelas: 15,25% em 2024; 19,85% em 2025; e 19,85% em 2026.
O segundo bloco reivindica 39,82% de aumento a quem recebeu quatro cotas de reajuste a partir de 2015, divididos em três parcelas: 11,82% em 2024; 16,29% em 2025; e 16,29% em 2026. Os professores federais compõem o segundo grupo.
“Manifestamos nossa insatisfação com a ausência de proposta e cobramos celeridade na definição de um percentual de recomposição das perdas acumuladas”, criticou o presidente do Fonacate – fórum que congrega as carreiras típicas de Estado –, Rudinei Marques.
O representante do Fonasefe – fórum que reúne os sindicatos nacionais de servidores federais –, David Lobão, considera que a reunião não foi produtiva para o funcionalismo público. “O governo afirmou que a ministra Esther Dweck está batalhando para conseguir um índice de reajuste, mas até agora não há qualquer proposta e nem previsão. Foi uma reunião muito ruim”.
Os docentes universitários federais foram representados pela professora Maria Lucia Lopes, 3ª vice-presidente do Andes. De acordo com a dirigente, o sindicato vai intensificar as ações de pressão pela recomposição das perdas.

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