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diversity g0124d486b 640Imagem de Gerd Altmann por PixabayPor Francisco Procópio

A Coordenação de Políticas Afirmativas e Diversidade pode virar uma superintendência a partir da próxima reunião do Conselho Universitário, marcada para o dia 22. O parecer, assinado por todas as comissões permanentes do Consuni – Legislação e Normas, Ensino e Títulos e Desenvolvimento – é favorável à proposta. No documento, a relatora do processo, professora Libânia Nacif Xavier, destaca a “complexidade e relevância” do tema e a “necessidade de sua expansão no âmbito da UFRJ” como motivos para aprovação da nova instância e de seu regimento.
Hoje, o trabalho do grupo, segundo uma de suas coordenadoras, a professora Cecília Izidoro, está focado nas comissões de heteroidentificação que atuam na graduação, na pós-graduação e nos concursos públicos para docentes e técnicos. Com a transformação em superintendência, a atuação poderá ser expandida. “Precisamos garantir que o professor esteja preparado para lidar com a diversidade em sala de aula”.
A técnica-administrativa Denise Góes, que divide a coordenação do grupo com a professora Cecília, explica que a futura superintendência terá também missões externas. “Precisamos estar em contato com a Comissão de Diversidade da Alerj, Ministério dos Direitos Humanos, Povos Indígenas, Igualdade Racial, entre outros grupos”, conta. Denise Góes reitera, ainda, a importância dessas interlocuções para a produção de conhecimento. “A gente precisa trazer o conjunto da sociedade para a universidade. Não podemos achar que a universidade se constrói sozinha”.
A resolução 118 do Conselho de Ensino Para Graduados (CEPG) estabelece cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência nos programa de pós-graduação da UFRJ, mas precisa ser revista, de acordo com Denise. “A resolução não inclui cotas para quilombolas e para LGBTQI+. A gente já tem programas que fazem isso sozinhos, mas não podemos pensar de uma maneira isolada, a gente precisa de uma política única”, explica. O ensino e a grade curricular da UFRJ também devem entrar em pauta, para a implementação de disciplinas afrorreferenciadas. Caso aprove a nova superintendência, a UFRJ se juntará à lista de universidades como UFBA e UFPR, que já têm o órgão, e a outras instituições, como a USP, que possui uma pró-reitoria com a mesma finalidade. “A UFRJ, nos últimos cinco anos, produziu avanços importantes”, reconhece o professor Jadir Brito, do Núcleo de Políticas Públicas em Direitos Humanos. “A superintendência é um grande passo na luta pela igualdade”, conclui.

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