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6c639383 85a0 450b b539 03143310f158Terceirizados da limpeza do Centro de Tecnologia denunciaram à Pró-reitoria de Governança (PR-6) as péssimas condições de trabalho oferecidas pela empresa Van Rosa Prestação de Serviços Ltda. Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (19), os profissionais reclamaram ao pró-reitor André Esteves da falta de equipamentos e insumos e, principalmente, dos maus tratos praticados pelo supervisor. De acordo com relatos dos trabalhadores, os que questionam o representante da Van Rosa — firma que assumiu a limpeza do CT no início de dezembro — são perseguidos e demitidos, mesmo com anos de casa por outras empresas.
Diretora da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ, Waldinéa Nascimento afirmou nunca ter visto um caso assim desde a criação da entidade, em 2015. “A opressão é tão grande que eles mesmos resolveram se mobilizar. Só estamos aqui para dar suporte”, disse.
Após ouvir uma comissão dos terceirizados, o pró-reitor respondeu que já existe um processo contra a empresa, solicitando a substituição do supervisor e melhores condições de trabalho. “Lamento profundamente. Estes relatos mexem com a gente”, disse. O dirigente não descarta a rescisão e a troca da Van Rosa por outra empresa.
Vice-presidente da AdUFRJ, o professor Ricardo Medronho, que acompanhou a mobilização dos terceirizados, concorda. “Estive lá para prestar a solidariedade da AdUFRJ e me impressionaram muito os relatos: demissão de trabalhadores com 10, 15 anos de universidade, falta de equipamentos de proteção individual e muitos casos de assédio moral”, disse. “Temos de revogar este contrato e fazer uma nova licitação ou contratar a segunda colocada da licitação anterior”, completou.

ENCAMINHAMENTOS
Na parte da tarde, em reunião entre a empresa, a pró-reitoria de Governança e a ATTUFRJ, a Van Rosa teria informado que vai substituir o polêmico supervisor, segundo Waldinéa. Um novo encontro entre as partes está marcado para a próxima semana.
A reportagem tentou ouvir a Van Rosa sobre as reclamações dos trabalhadores. Por telefone, uma pessoa que se identificou como Jessica Rosa, gerente, afirmou que a empresa já está tratando do assunto diretamente com a reitoria da universidade e que não daria declarações ao jornal.
(Kelvin Melo)

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