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Igor Vieira

A crise financeira das universidades brasileiras dominou os primeiros dias dos seminários organizados pelo Andes para discutir a educação superior naWhatsApp Image 2022 12 08 at 20.59.09FOTO: PRISCILA DUQUE/ADUFPA América Latina, em Foz do Iguaçu (PR). A falta de recursos amplia problemas acadêmicos e administrativos na região da tríplice fronteira.

“Os alunos da Universidade Federal de Integração Latino Americana (UNILA) vêm da América Latina, Caribe e Haiti. Os cortes significam que nenhum aluno vai receber bolsa. Se os alunos da UFRJ já necessitam, aqui é essencial. Eles não podem ir na casa do pai comer, por exemplo”, diz o professor Ricardo Medronho, diretor da AdUFRJ.

“Para ir para o outro lado da ponte (da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai), o professor tem que pedir afastamento da universidade, seja para levar equipamentos para trabalhos ou para visitas de campo, pois é outro país”, explica Medronho.

“Em cada mesa-redonda, foram apontados problemas que desconhecemos. O professor vem trabalhar aqui, mas tem família em outro lugar. Se fizer pesquisa com pesquisadores de outras universidades, as passagens são caras, e não há apoio”, reforçou a professora Nedir do Espirito Santo, outra diretora da AdUFRJ presente ao evento.

Em protesto contra os cortes e em defesa da integração latino-americana, os docentes reunidos no evento fizeram um ato na Ponte da Amizade, na quarta-feira (dia 7). “O ato foi na entrada da Ponte por ser um local de tráfego, com grande visibilidade, para chamar atenção da população que os professores, junto dos alunos e funcionários, estão atentos à situação da educação, com os mais recentes cortes nas bolsas”, disse Nedir.

A programação segue até amanhã (9), com debates e atividades culturais. Há representantes do México, Haiti, Paraguai, Argentina e Cuba, além do Brasil.

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