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WhatsApp Image 2022 10 14 at 22.02.29Como a UFRJ vai orientar o desenvolvimento de todos os seus espaços até 2030? O Conselho Universitário começou a responder a esta pergunta em reunião realizada no dia 13, quando foi apresentada a proposta do próximo Plano Diretor da instituição.
São 248 páginas com diretrizes gerais sobre os mais variados temas — mobilidade, patrimônio, cultura, segurança, entre outros — e planos separados para todos os campi e unidades externas. Mas há diferenças importantes em relação ao documento anterior, o Plano Diretor 2010-2020, elaborado em um contexto de expressivos aportes de recursos e pessoal para a expansão das universidades.
“O Plano de 2020 era um plano de expansão da universidade com pouca preocupação com as questões orçamentárias e com as questões de manutenção da infraestrutura da UFRJ. O Plano Diretor de 2030 tem como foco a manutenção das infraestruturas e campi que sejam ambientalmente corretos”, informou o vice-reitor e presidente da comissão do Plano Diretor, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
O dirigente disse que o trabalho de organização das diretrizes atuais já dura desde o final de 2019 e contou com ampla participação do corpo social, com representantes de todos os campi. “Houve uma integração da universidade nesse Plano Diretor”, afirmou. “É um plano que vem de baixo para cima. E não de cima para baixo, como foi o de 2020, do qual eu posso ser considerado um dos culpados também”, completou.
A intenção da reitoria seria aprovar o novo Plano em reunião prevista para o dia 27. Mas vários conselheiros solicitaram mais tempo para discutir a proposta, inclusive passando pelos Conselhos de Centro. “A gente deveria, em vez de deliberar na próxima sessão, fazer uma reflexão mais detida sobre o plano”, observou o decano do CFCH, professor Vantuil Pereira.
A administração central concordou. “Vamos continuar conversando sobre isso. Não temos pressa, mas acho que temos de votar o Plano Diretor ainda este ano”, disse o vice-reitor.

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
O Consuni do dia 13 aprovou, por unanimidade, uma moção da AdUFRJ, APG e DCE contra a instabilidade orçamentária imposta às universidades pelo governo federal. Na semana passada, foram bloqueados R$ 328,5 milhões das instituições. Depois da repercussão negativa da notícia, o MEC recuou. “Na UFRJ, este bloqueio significou cerca de R$ 18 milhões e colocou o orçamento discricionário da Universidade como o menor dos últimos dez anos; e caso tivesse sido mantido, ocasionaria a inadimplência da Universidade nos contratos dos fornecedores”, diz um trecho do documento. A íntegra pode ser lida no site da AdUFRJ.
Ainda na moção, o conselho apoia a convocação das entidades nacionais da Educação de mobilização contra os cortes orçamentários, no próximo dia 18 (veja mais detalhes na página 2). Uma das integrantes da bancada estudantil, Júlia Vilhena pediu a participação de toda a comunidade da UFRJ. “A pauta da educação, com certeza, é uma das mais sensíveis para a sociedade brasileira e uma das que mais pode nos unir pelo ‘Fora, Bolsonaro’. É imprescindível que o dia 18 seja um dia de mobilização da nossa universidade como um todo”, disse.

ASSÉDIO
No início da sessão, representantes do DCE Mário Prata afirmaram que alunas, técnicas e professoras estão denunciando muitos casos de assédio moral e sexual na UFRJ. As estudantes cobraram respostas da reitoria. “O Estado não tem políticas, aparelhos públicos suficientes que combatam a violência de gênero. E na UFRJ não é diferente”, disse Rafaela Luz.
Superintendente da pró-reitoria de Pessoal (PR-4), Karla Simas respondeu que há três seções disponíveis para acolher essas denúncias, além da ouvidoria: a Divisão Administrativa das Comissões, que trata dos processos disciplinares; a Seção de Atenção às Relações de Trabalho e a Seção de Atenção Psicossocial. “Mas toda a pró-reitoria de Pessoal está orientada a receber essas denúncias. E direcionamos para quem pode tratar dos casos com mais competência”, afirmou. “É preciso registrar. Tem que chegar até a gente”.
A reitora Denise Pires de Carvalho acrescentou ter organizado um grupo de trabalho para elaborar uma resolução sobre direitos humanos e Combate às violências, com a participação da bancada discente. “Esta resolução está em análise e virá ao Conselho Universitário em breve”, informou.

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