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WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.11.08 6Júlia Fernandes

A volta da obrigatoriedade da prova de vida no mês de aniversário tem surpreendido alguns professores aposentados. A AdUFRJ identificou pelo menos 15 docentes que ficaram sem os salários em agosto. O procedimento ficou suspenso entre janeiro de 2020 e junho de 2021 por conta da pandemia. No final de 2021, o governo firmou um cronograma especial para todos regularizarem as pendências. Desde janeiro, no entanto, o calendário voltou a funcionar como era antes da pandemia.
“A realização da prova de vida deve ser feita exclusivamente pelo banco ou por meio digital para quem tem a biometria cadastrada, através do aplicativo SouGov.br”, esclarece Karla Simas, coordenadora de Gestão de Pessoal da pró-reitoria de Pessoal (PR-4) da UFRJ.
A comunicação restrita ao meio digital também ajuda a explicar a perda do prazo para professores com mais idade que não estão acostumados a lidar com e-mails ou aplicativos: os avisos sobre a necessidade da prova de vida chegam aos docentes exclusivamente pelo e-mail cadastrado no Sistema de Gestão de Pessoas do governo federal (Sigepe) e por notificação no celular, para quem tem o aplicativo SouGov.br. Karla acrescenta que o aplicativo traz como vantagem a possibilidade de verificação do atual status do recadastramento.
Mas a prova de vida também é motivo de dor de cabeça para quem fez tudo certo. O professor Antonio Jazbik, de 84 anos, aposentado da Faculdade de Medicina, teve uma desagradável surpresa ao conferir a conta bancária, no início do mês. O docente não recebeu o pagamento da universidade relativo a agosto, mesmo após ter feito a prova de vida no prazo correto.
“Eu tinha feito no banco em maio, no mês do meu aniversário. Recebi em junho e em julho, mas, no terceiro mês, o meu pagamento foi cortado. Recebi o comprovante. Não sei o que aconteceu”, afirma Jazbik. Os proventos só são cortados após 90 dias da não realização da prova de vida. O professor precisou fazer uma nova prova de vida no banco e agora aguarda receber o salário suspenso e o regular, na próxima folha de pagamentos da UFRJ.
Segundo a PR-4, são raras as falhas no sistema do governo, após a realização da prova de vida, como no caso do professor Jazbik. A situação mais comum para a suspensão do benefício é a perda do prazo.

SERVIÇO
A pró-reitoria oferece suporte ao docente que não consegue se deslocar com facilidade. “A gente também tem a prova de vida domiciliar. Para aqueles que têm limitações físicas ou psíquicas para sair de casa, basta nos enviar uma declaração médica, e a pró-reitoria irá à casa do servidor para fazer a prova de vida”, esclarece Karla. “Se o servidor está no exterior, ele pode ir à embaixada, pegar o documento e mandar à PR-4, e a prova de vida também será validada”, conclui.

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