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WhatsApp Image 2022 04 30 at 13.25.36 1Um dos espaços mais democráticos da cidade, o Aterro do Flamengo foi escolhido como palco da manifestação carioca do 1º de maio. A expectativa é que um grande público se junte aos usuais frequentadores do parque para o primeiro Dia dos Trabalhadores presencial desde o início da pandemia. Quase todas as centrais sindicais assinam a convocação do ato, marcado para as 10h de domingo, na altura da Rua Silveira Martins. A AdUFRJ estará lá.
O sindicato vai montar uma barraquinha para distribuição de adesivos e panfletos com o mote “Professor Presente no 1º de maio! Pela valorização do trabalho docente”. “A universidade forma diversos profissionais, produz pesquisas que implicam na melhoria da vida da população. É importante dar visibilidade a esse trabalho que, muitas vezes, não aparece para a sociedade”, explica a professora Ana Lúcia Cunha Fernandes, diretora da AdUFRJ. No local, também haverá distribuição de bolo e café para acolhimento dos professores.
A diretora convida todos os colegas para o ato. “O Dia dos Trabalhadores é um dia histórico de luta. Especialmente desde a redemocratização. Será o primeiro ao que se pode ir desde o início da pandemia e temos a expectativa de que volte a reunir bastante gente”, afirma. “É importante os professores participarem exatamente para manifestar nossa insatisfação com as condições de vida em geral no Brasil, com a situação da Educação e da Ciência. Também será uma manifestação em defesa de direitos e da democracia, francamente ameaçados por este governo”, completa.
Markos Klemz, diretor do Andes e professor do IFCS, concorda que o Primeiro de Maio representa uma oportunidade de mobilização contra o governo Bolsonaro. “Temos muito o que fazer este ano para mobilizar as ruas a derrotar o Bolsonaro. O Primeiro de Maio é um destes momentos, ainda no primeiro semestre, para aquecer esta mobilização”. O docente avaliou de forma positiva a escolha do Aterro para a realização do ato. “Entendo que foi uma escolha acertada para agregar os trabalhadores que estão no seu dia de lazer. É um lugar que concentra trabalhadores de todos os lugares. Não é só quem mora ali nas proximidades que vai ao Aterro”.

GOVERNO NÃO NEGOCIA
O descontentamento com a defasagem salarial é outro elemento que deve motivar uma participação maciça dos servidores públicos federais nos atos de domingo, em todo o país. O governo estuda conceder um reajuste de apenas 5% para todo o funcionalismo. E somente a partir de julho. O índice sequer repõe a inflação acumulada dos últimos doze meses: 11,30%, segundo o IPCA. “Os 5% estão longe de contemplar a reposição das perdas salariais dos últimos tempos. Não representam nenhum tipo de compensação”, completa outra diretora da AdUFRJ, professora Karine Verdoorn.
Os servidores exigem um reajuste de 19,99%, que corresponde à inflação dos três primeiros anos do governo Bolsonaro. Mas, até agora, o presidente não estabeleceu nenhuma negociação com as entidades dos servidores. Em protesto, o funcionalismo realizou manifestações nesta quinta (28), em todo o país, com destaque para uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A passeata foi encerrada em frente ao Ministério da Economia. Mesmo com solicitação de audiência protocolada previamente, os servidores não foram recebidos mais uma vez. “Este governo, que vai para a grande imprensa falar em reajuste para os servidores e aumento de auxílios, não tem nenhuma preocupação de colocar estas propostas no papel e dizer: ‘servidores, está aqui o que temos a oferecer’. E aí a gente vai discutir. Mas nem isso eles fazem”, criticou David Lobão, coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

ATO EM SÃO PAULO

Em São Paulo, a manifestação do Dia Internacional dos Trabalhadores também deve atrair um grande público para a Praça Charles Miller (Pacaembu). Os organizadores do ato paulistano acreditam que o local, que sediou o primeiro comício pelas Diretas Já!, em 1983, pode se tornar um marco na luta pelo “Fora, Bolsonaro”. O ex-presidente Lula confirmou presença.
“Primeiro de Maio é um dia que a classe trabalhadora se reúne em todos os lugares do mundo para rememorar as lutas do passado e planejar as lutas do futuro. Aqui no Brasil, infelizmente, a situação é muito grave”, diz Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT. “Mais de um terço da população está desempregada ou no desalento. A fome e a miséria atingem milhões. Neste Primeiro de Maio, temos que fazer um grande ato para que o país mude de rumo”.

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