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adufscar“Precisamos fortalecer os nossos sindicatos, pois nos dias de hoje são os nossos escudos protetores”, afirmou a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, durante um debate virtual organizado pelo sindicato dos docentes federais de São Carlos, Araras e Sorocaba (Adufscar), no último dia 10.
Eleonora destacou que a tarefa é urgente, não só para defender os direitos dos professores, mas as próprias universidades. “As reitorias estão fragilizadas. A Andifes (associação de reitores) hoje conta com um número grande de reitores que foram colocados lá com a missão de desestabilizar as universidades”, observou, em referência à intervenção do governo no processo eleitoral de muitas instituições.
Além dos ataques à autonomia, a presidente da AdUFRJ acrescentou que as universidades ainda precisam enfrentar drásticos cortes orçamentários e a ameaça de uma reforma administrativa que pode destruir os serviços públicos.
Para fazer frente a tantos desafios, Eleonora entende ser prioritária uma aproximação entre a direção do sindicato nacional dos docentes, o Andes — ao qual a AdUFRJ é filiada — e os anseios da maioria dos professores. “Precisamos acolher todos os professores; não só aquela parcela da vanguarda que milita no movimento sindical”.
Ao contrário de outras categorias que encolheram com as transformações do mundo do trabalho, como os bancários, e ficaram com menos sindicalizados, houve um aumento significativo do número de docentes. “Mas essa entrada de novos professores não foi acompanhada de uma transformação dos sindicatos. Temos essa responsabilidade”, disse.
O presidente do sindicato dos professores federais da Bahia (APUB) — que é filiado ao Proifes-Federação —, Emanuel Lins, reforçou as preocupações com todos os ataques do governo Bolsonaro e também defendeu a unidade na resistência. “Queria saudar a professora Eleonora. Embora estejamos em entidades nacionais distintas, temos conseguido fazer ações juntos. Isso é importante. Identificar as nossas diferenças, mas valorizar os nossos consensos, especialmente neste período”, disse.
Emanuel acredita que o modelo em que o Proifes se organiza, com sindicatos pela base filiados a uma federação (Proifes), facilita o diálogo com os professores. “O fato de ser um sindicato de base tem uma inclinação maior a estar mais próximo das pautas próprias do movimento docente”, afirmou. “O movimento docente precisa estar, claro, inserido nas lutas gerais. E a Federação, como entidade nacional, garante que este debate seja padronizado”, completa.
Ouvir todos os professores também é uma preocupação do presidente da APUB. “Não dá para a gente falar só para um grupo seleto de militantes. Seria burrice não ouvir tanta gente qualificada”, observou.

OBSERVATÓRIO DO CONHECIMENTO
Eleonora destacou que a AdUFRJ mantém diálogo com associações e sindicatos docentes — entre elas, a APUB —não filiados ao Andes, via Observatório do Conhecimento. “Temos uma experiência em comum, o Observatório do Conhecimento, que trabalha na proteção daquilo que é mais caro para a vida universitária, que é a produção do conhecimento, a liberdade do pensamento”, disse. “Precisamos de uma grande frente em defesa da vida. Todos são bem-vindos”.

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