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treinamento sigaa ft cleiton2Professor Ricardo Berbara, reitor eleito da Rural - foto: Cleiton Bezerra / PROGRADMais de cinquenta entidades sindicais e estudantis, entre elas a AdUFRJ, participaram do ato político-cultural #ReitorEleitoÉReitorEmpossado em defesa da democracia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A “live” ocorreu na quinta-feira, 15. A Rural foi a 22ª instituição de ensino a sofrer intervenção do governo federal no processo eleitoral para reitor. O encontro virtual reuniu ainda dirigentes eleitos, mas não nomeados de outras universidades.
“Como atingir uma universidade? Dominando o processo de escolha de seus dirigentes”, avaliou Ricardo Berbara, primeiro colocado, mas não empossado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). “As universidades, a ciência e os movimentos sociais – principalmente os ligados aos setores públicos como o sindical e estudantil – se tornaram obstáculos a serem abatidos para que um conjunto de políticas pudesse ser implantado”,
Os “preteridos” por Bolsonaro analisaram as intervenções nas universidades como um esforço para calar críticas. “Na UFPEL, nós sofremos uma clara retaliação, o Pedro [Hallal, reitor anterior] foi chave no embate com o governo federal pelo enfrentamento da pandemia, lideramos várias frentes de pesquisas”, avaliou o professor Paulo Ferreira Jr.,  escolhido pela comunidade e pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)  para o mandato de 2021 a 2024.
A nomeação de Isabela Andrade,  uma das colegas de chapa de Ferreira Jr, como reitora, foi interpretada pelo docente como uma investida para desestabilizar as universidades, minando sua capacidade de gestão. “Que sentido faz escolher uma pró-reitora para ocupar o lugar do reitor?”, questionou o reitor eleitor, hoje pró-reitor de Planejamento em Pelotas (RS).
Na Rural, o projeto eleito pela comunidade se mantém graças à posse, na terça-feira (13), de  Roberto Rodrigues,  um dos integrantes da chapa vitoriosa.  Presente ao ato #ReitorEleitoÉReitorEmpossado, Rodrigues considerou que o estrangulamento financeiro é hoje a outra vertente do silenciamento das universidades. “Estamos em 15 de abril e ainda não temos uma lei orçamentária sancionada. Isso está afetando todas as autarquias e a Rural não é diferente”, sublinhou.
Para a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller, as duas linhas de ataque à autonomia – por meio de cortes e de intervenções – expressam a visão de futuro do governo Bolsonaro para a educação superior. “O seu projeto é de destruição. Não é um projeto tecnocrático autoritário como do regime militar, não é um projeto elitista de excelência do Fernando Henrique, é um projeto de destruição da universidade”, resumiu. “A adesão à pauta da autonomia
reflete um amadurecimento da
unidade contra os ataques à Educação”

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