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WhatsApp Image 2021 03 19 at 17.25.571Elaine Sobral da Costa
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG)

 

Desde março de 2020 eu vinha trabalhando como voluntária no Centro de Triagem Diagnóstica de covid-19 da UFRJ, o CTD ou Bloco N. Foi uma experiência dura, alguns dias coletando swabs de 8h às 16h sem beber água, sem ir ao banheiro, sem comer. Ao mesmo tempo, foi incrível porque trabalhei lado a lado com os nossos alunos e outros docentes, sob o comando da professora Terezinha Marta, assistindo a profissionais de saúde e segurança de todo o Rio de Janeiro.

Até o final de julho, fiquei separada de meu filho e de meu marido. Só via meu filho no quintal. Em agosto, deixei o CTD, tive minha família reunida e começava a nova etapa de aulas online. Eu coordeno a disciplina Clínica Pediátrica II, junto com a professora Fernanda Mariz, no 8º período de graduação em Medicina. Tivemos que nos virar para aprender a manejar as ferramentas, e a dar suporte para outros professores que atuam na disciplina. Anteriormente à pandemia, eu vinha colocando material bibliográfico, questões e casos clínicos no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Mas daí a ter o curso inteiro virtual, foi um grande salto.

Os alunos voltaram com muita garra para aprender. Houve uma clara perda, porque as atividades práticas só voltaram para os internos. A nossa disciplina perdeu as práticas ao vivo. Houve também ganhos que eu não imaginava. Nós deixamos as aulas teóricas gravadas, para serem assistidas em casa em qualquer momento, e utilizamos o horário dessas aulas para discussão de casos clínicos. Essas discussões foram riquíssimas. Fizemos também algumas atividades integradas com mais de um professor de diferentes áreas. Em todo esse tempo eu segui trabalhando presencialmente no Instituto de Pediatria, o IPPMG, ou Ipepê como a gente gosta de chamar. Tinha uma certa correria, às vezes entrava online ainda de máscara, tensa se a internet estaria funcionando, às vezes corria para casa para poder entrar com uma rede mais estável. Tudo isso sem o olho no olho, ou até sem a voz dos alunos, que usam muito o chat para se comunicar. E por ora seguimos assim...

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