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08cWEB menor1141Arte a serviço da vida. No final de março, o pintor Wladimyr Jung decidiu doar à universidade metade do dinheiro arrecadado com a venda de uma recém-criada coleção de quadros. Desde então, Jung negociou quase 70 telas e repassou mais de R$ 5 mil ao fundo de apoio aos hospitais da instituição.
“Os problemas sociais interferem na produção de qualquer artista, e não poderia ser diferente”, diz. Quando a política de isolamento social começou no Brasil, Jung se mudou para o seu ateliê, na Tijuca.
Ali, sentiu a necessidade de transferir para as telas a solidão que vivia. Assim nasceu a série “Flor de quarentena”.
“Minhas pinturas são, no geral, abstratas. Minha inspiração em colocar uma flor surgiu dessa solidão que estava sentindo no começo”, explica. Jung também notou que outro elemento aparentemente simples ganhava significado especial nas obras.
“Quando assino atrás, é a data a informação mais importante. Quem tiver o quadro vai poder olhar para a data e pensar: ‘eu passei por isso’. O trabalho representa esse momento de pandemia”, define.

CORRENTE DO BEM
Após vender 13 pinturas na primeira semana, o artista resolveu doar parte do valor para alguma instituição. Neste momento, pesou a favor da UFRJ uma corrente do bem promovida por uma amiga de longa data e professora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Rita Afonso. A docente costuma chamar a atenção dos contatos do celular para a DoeUFRJ,  uma campanha que arrecada fundos para os hospitais e pesquisas da universidade. Logo depois do contato, Jung doou R$ 1.450,00 referentes aos 13 primeiros trabalhos vendidos.
“Pelo WhatsApp, divulgo a campanha para fazer pontes para doação, colaboração de artistas... Numa dessas, o Wladimyr recebeu”, contou a professora. Jung ligou para Rita, interessado em saber como funcionavam as doações. “Toda sexta-feira, ele deposita uma quantia diferente”, informa Rita, que comprou duas pinturas.
O ritmo das vendas caiu no último mês. “Parece que a pandemia acabou. As pessoas não estão se sensibilizando mais como no começo”, lamenta Jung
Ainda é possível adquirir uma “Flor de Quarentena” e impulsionar essa corrente do bem. Os preços variam pelo tamanho das obras, iniciando em R$ 250,00, acrescidos do eventual frete. Há mais de 150 pinturas disponíveis no Facebook do artista.

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