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WEB menorP6AQuase duzentas pessoas acompanharam uma hora de bate-papo virtual com o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, na manhã de terça-feira (28), no Instagram. As lives semanais, sempre às 11h, foram a estratégia adotada pela instituição para manter o público que acompanha as campanhas pela recuperação do museu engajado em tempos de pandemia. E o tema “Gestão de uma instituição de ciência e pesquisa em tempos de pandemia” motivou muitas dúvidas enviadas, ao vivo, durante o encontro. O vídeo rendeu mais de 560 visualizações em 24 horas.
Como a pandemia vai afetar cronograma da recuperação do Museu Nacional?, perguntou logo um dos internautas. Alexander Kellner reconheceu que a crise pode implicar em atrasos. “Certamente há uma influência da pandemia”, disse o diretor. “Mas estamos fazendo reuniões diárias, às vezes quatro ou cinco no mesmo dia. Estamos fazendo o máximo possível, focando nas questões de documentação para adiantar projetos”.
Há alguma perspectiva de retomar o trabalho de divulgação científica antes da reconstrução da sede?, quis saber outro participante. Segundo informou o diretor, o Museu busca parcerias para materialização de “laboratórios e exposições em área livre” na Quinta da Boa Vista. Kellner destacou que a alta procura escolar pelo Museu é um dos fatores que tornam a instituição tão necessária para a sociedade brasileira. “Vinte  mil estudantes ficaram órfãos de Ciência”, disse.   
O novo prédio seguirá o projeto original ou terá estilo contemporâneo?, foi mais uma dúvida colocada. “Nós queremos restaurar a fachada, preservando ao máximo aquilo que era antes do incêndio”, respondeu Kellner. “Internamente, a ideia é que seja um museu mais moderno. Inclusive no que diz respeito ao que chamamos de bloco histórico”, completou. O diretor citou como exemplo a construção de um novo espaço dedicado à Imperatriz Leopoldina. Mas disse que haverá consultas públicas em relação ao tema.
Quais são as iniciativas para recuperação dos acervos destruídos pelo incêndio? O questionamento apareceu mais de uma vez em relação a diferentes coleções.  Sobre o tema, o diretor do museu destacou a importância das parcerias. “O maior prejuízo [causado pelo incêndio de setembro de 2018] foi a perda das coleções. E a recuperação delas não depende só da gente”, avaliou.
Além de instituições nacionais, Kellner citou alianças com a comunidade científica portuguesa, espanhola, austríaca e alemã. “A Alemanha já ofereceu ajuda desde que o Brasil se comprometa com um novo projeto, seguro para pessoas e para as coleções”, disse durante a live.
Especificamente em relação à etnologia indígena, coleção completamente perdida para o fogo e mencionada por um participante da live, Kellner afirmou que “a forma como será trabalhada a doação oferecida pela Áustria será construída com grupos indígenas do Brasil”.
Como ajudar? Como nas lives realizadas por artistas durante a pandemia, houve até quem oferecesse doação ao vivo. O diretor do Museu, Alexander Kellner, agradeceu a oferta de projeto paisagístico para o jardim do Palácio, mas frisou que “cada coisa tem seu tempo” para a recuperação da instituição. E lembrou que parte importante das contribuições voluntárias está sendo sistematizada pela Associação Amigos do Museu Nacional (https://www.samn.org.br/).

A Museu Nacional Live é uma série do Instagram @museunacional1818 para promover o debate sobre ciência e pesquisa e também abordar temas que sejam de relevância sobre o futuro da instituição. Ela é realizada toda terça-feira, às 11h.

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