Foto: Renan FernandesNa Praia Vermelha, a falta de salas adiou as aulas de graduação de todos os cursos em uma semana: de 4 para 11 de agosto. O campus trabalha com um sistema de espaços compartilhados entre as unidades, mas a reforma do prédio conhecido como “aulário” não ficou pronta a tempo para o início deste segundo semestre letivo.
A Economia dá um bom exemplo da gravidade da situação no local. “Neste momento, ainda estamos sem espaço para três disciplinas obrigatórias do período noturno”, informou o diretor do instituto, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
Em um prédio tombado como o Palácio Universitário, o excesso de burocracia também atrapalha o trabalho dos gestores. “Fui trocar as divisórias de um teto rebaixo, que não faz parte da construção original, que estava cheio de cupim e podia cair na minha cabeça. Foi na sala da direção. Mas a Coprit (Coordenação de Preservação de Imóveis Tombados) embargou a obra, porque o IPHAN entende que precisa de autorização. Levou 120 dias para o projeto ser aprovado. Isso torna inviável qualquer manutenção”.
Outro problema é a plataforma para cadeirante do Palácio, sem funcionar desde o início do ano. Não há qualquer outro acesso deste tipo disponível. O contrato de manutenção foi descontinuado. “Está muito difícil a administração aqui. A falta de cuidado dos órgãos da universidade com o Palácio é muito grande”, critica Frederico.
FALTA DE CONTRATO
DE MANUTENÇÂO
Responsável pela Coordenação de Preservação em Imóveis Tombados (Coprit), Leonardo Rodrigues Santos respondeu que o funcionamento da plataforma (que não está quebrada) foi interrompido, “pois ela está descoberta por um contrato de manutenção continuado, exigência do GEM (Gerência de Engenharia Mecânica, órgão da Prefeitura do Rio)”. Está sendo desenvolvido um processo para esta contratação, com estimativa de efetivação até 31 de outubro.