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brunoFoto: acervo pessoalDepois de dois desabamentos de parte do telhado do edifício (em 2023 e 2024) e seguidas interdições, a Escola de Educação Física e Desportos começa a se reerguer. Uma empresa contratada pela universidade atestou a segurança dos oito ginásios da unidade, que voltaram a ser utilizados pela comunidade desde junho. “Há várias recomendações de reparo que podem ser feitas concomitantemente à ocupação”, explicou à reportagem a professora Katya Gualter, diretora até 31 de julho — ela assumiu a ouvidoria geral da UFRJ.
A medida permitiu a retomada das atividades práticas na EEFD e a entrada de 240 “calouros” dos cinco cursos de graduação, neste semestre — o ingresso havia sido suspenso em 2025/1 por falta de condições mínimas da Escola.
Entre eles, Bruno Gomes Feitosa ingressou no bacharelado em Educação Física. “Escolhi Educação Física porque é a área em que sempre quis atuar, desde o Ensino Médio. Fiquei muito orgulhoso por conseguir reingressar numa federal — o que, convenhamos, não é nada fácil”.
É a segunda graduação do aluno na Escola, que havia cursado a licenciatura entre 2016 e 2022. Bruno já dá aulas em uma escola de Marechal Hermes, mas volta agora à UFRJ para ampliar suas possibilidades de atuação profissional. “Sou professor nos primeiros ciclos da educação básica e, enquanto aguardava esse reingresso, foquei bastante no trabalho, aproveitei um bom tempo de qualidade com os amigos e a família, e mantive uma rotina ativa de treinos. Agora começa o malabarismo de tentar conciliar tudo isso com o caos da vida acadêmica”, diz.
O aluno está esperançoso em fazer um bom curso. “Acredito que vai dar tudo certo nessa nova fase. E que, no tempo certo, o corpo estudantil e docente da EEFD vai superar as dificuldades e voltaremos à normalidade, mantendo a Escola como uma das grandes referências no ensino da área”.

BLOCOS A E B
AINDA INTERDITADOS
Os setores da EEFD que funcionavam nos blocos A e B, onde houve os desabamentos, seguem operando em outros prédios: a administração está noIMG 2785Acolhimento dos alunos em um dos oito ginásios - Foto: Alessandro Costa Centro de Ciências da Saúde, do outro lado da avenida Carlos Chagas Filho. Aulas teóricas continuam distribuídas pela Letras, CT, CCMN e CCS.
A reforma da cobertura dos blocos afetados pelos desabamentos será garantida por verbas de Custos Indiretos de Projetos (CIP) — uma retribuição que a universidade recebe em parcerias com empresas do setor de óleo e gás. “O ETU está terminando o projeto básico. A gente acredita que até o final de setembro, o processo estará na Fundação Universitária José Bonifácio, que vai contratar o projeto executivo. O prognóstico é iniciar a reforma da cobertura até fevereiro de 2026”, informa Katya. A obra deve durar dois anos.
“A Escola continua com trechos cruciais da sua área interditados (salas de aula teórica, setor administrativo, laboratórios e piscina semiolímpica), mas de um ano e meio para cá, conseguimos avançar para ocupar nossos ginásios e encaminhar a reforma do telhado dos blocos A e B”, comemora a docente.

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