A UFRJ e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) celebraram, na manhã desta sexta-feira (11), acordo para o financiamento de oito projetos de preservação e recuperação de acervos científicos, históricos e culturais da universidade, no valor total de R$ 15,6 milhões. O acordo foi assinado na sala de entrada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, onde está o meteorito Bendegó, um dos símbolos da restauração do museu, consumido por um incêndio em setembro de 2018. Três dois oito projetos financiados são ligados ao Museu Nacional, com recursos da ordem de R$ 5 milhões.
"Quero agradecer profundamente à Finep por apoiar a preservação desses acervos, que vai nos ajudar a cumprir duas missões: formar cidadãos e produzir e difundir conhecimento. O Museu Nacional faz isso com muita excelência", disse o reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, que representou a universidade na cerimônia, ao lado do pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, João Torres, e da coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Christine Ruta.
O presidente da Finep, Celso Pansera, disse que o apoio da agência abre um novo capítulo no incentido à Ciência e à Cultura no país. "De 2016 a 2022, a Finep ficou quase à míngua. Já em 2023, com o governo Lula, tivemos um orçamento de R$ 9,8 bilhões, que foi a R$ 12,7 bilhões em 2024. Para este ano, teremos R$ 14,7 bilhões, o que nos permite fazer editais como este, de resgate de acervos. Reservamos R$ 500 milhões para investimentos nessa linha de editais, que contemplam também instituições como o Museu Histórico Nacional, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Biblioteca Nacional", anunciou Pansera.
A professora Christine Ruta destacou que o aporte da Finep beneficiará a recuperação de acervos importantes. "Há algumas raridades, de valor inestimável, como algumas espécies de nossa fauna, descritas por pesquisadores de nossa universidade. Uma delas é o ratinho-goytacá, que é endêmico na região de Macaé, no Norte Fluminense", lembrou Christine.
Os quatro acervos científicos contemplados no edital são: Preservação, Divulgação e Restauração do Acervo Geopaleontológico resgatado e novo do Museu Nacional; Curadoria, Digitalização e Difusão dos Acervos Científicos Biológicos do Museu Nacional; Futuro em Páginas: Preservação, Divulgação e Acesso às Coleções Científicas Bibliográficas da UFRJ (Sibi); e Acervos em Biodiversidade do CCS com foco na Mata Atlântica e em Ecossistemas Costeiros do Rio de Janeiro.
Já os quatro acervos históricos e culturais são: Herança histórico-cultural em Ciências da Saúde: Preservação e Divulgação de Acervos do CCS; Acervo histórico-cultural da UFRJ: preservação e publicização de suas coleções raras e especiais (Sibi); Cooperação de Preservação dos acervos EBA-FAU; e Coleções Acessíveis: Digitalização e Difusão das coleções histórico-culturais do Museu Nacional.