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WhatsApp Image 2025 02 27 at 15.10.20Na última quarta-feira, 26, foi inaugurado o Laboratório Integrado de Ecologia de Ecossistemas Terrestres (LIEETE), vinculado ao Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM. Um dos coordenadores do laboratório é o professor Rodrigo Lemes. “É muito importante a conquista deste espaço para que a gente continue fazendo pesquisa e inovação de excelência e formando novos profissionais”, diz. “Depois de tanta luta, é muito gratificante, e até um alívio, poder ter um espaço que centralize nossas pesquisas e facilite a interação com os pares”, avalia.

O docente explica que o laboratório é fruto de uma demanda reprimida. “Não foi criado de ‘cima para baixo’. Ele já começa com quase 40 estudantes, que vinham realizando pesquisas sobre ecossistemas terrestres de forma descentralizada, usando equipamentos pouco adequados, espalhados pela universidade”, revela. “O laboratório é fruto, principalmente, das pesquisas de impacto que realizamos e da competência dos nossos alunos, determinante para a qualidade do nosso trabalho”, elogia.

A professora Maria Fernanda Quintela, pró-reitora de Graduação, participou da cerimônia de inauguração do espaço. Ao Jornal da AdUFRJ, ela avaliou que a criação do LIEETE é importante para própria consolidação do NUPEM. “Contribui com os estudos do ecossistema amazônico, de ecossistemas terrestres de modo geral e litorâneos, com destaque para a Mata Atlântica”, revela. “Certamente, o laboratório vai ampliar a área de atuação do NUPEM e contribuir para o nosso projeto de interiorização da UFRJ, algo muito importante e caro para nós”.WhatsApp Image 2025 02 28 at 14.48.39

Acordo com a Vale

O laboratório foi construído numa área onde funcionava um antigo estacionamento de ônibus, subutilizado, no próprio NUPEM. As obras foram realizadas com recursos da empresa Vale. Foram investidos cerca de R$ 200 mil. “Já tínhamos os equipamentos adquiridos por este e outros acordos de cooperação e projetos, mas que estavam parados ou ocupando áreas de outros laboratórios”, explica o professor Rodrigo Lemes.

O acordo de cooperação técnica entre a UFRJ e a Vale busca realizar pesquisas na Floresta Nacional de Carajás. A unidade de conservação foi criada pela empresa como modelo que permite o uso de seus recursos, ao mesmo tempo que mantém a conservação da biodiversidade. No entanto, para que a Vale possa avançar a mineração de ferro para áreas já indicadas no projeto original, são necessárias novas licenças. É aí que entra o trabalho dos pesquisadores do LIEETE.

WhatsApp Image 2025 02 28 at 14.48.39 1Cabe aos pesquisadores atestarem que não haverá impacto significativo ou comprovar que a mineração não pode acontecer. “Fomos indicados pelo órgão ambiental para fazer esses estudos por conta da nossa idoneidade. Decidimos aceitar o desafio”, explica Lemes. “Se não fizermos essas pesquisas, o projeto pode cair em mãos de pessoas que talvez não sejam honestas. Nós somos a ponta do conhecimento e precisamos assumir responsabilidades como instituição pública”, defende.

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