Fevereiro já está terminando, mas sempre é tempo de conscientizar para a leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas. A doença se origina nas células-tronco da medula óssea que, ao se multiplicarem de forma anormal, geram leucócitos de maneira descontrolada. É o tipo de câncer que mais afeta crianças e adolescentes, segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.
Na UFRJ, o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, é uma das unidades do país especializada no diagnóstico e tratamento da doença em crianças e adolescentes. “No nosso hospital universitário, somos capazes de fazer a avaliação completa do paciente. Realizamos todos os exames necessários para minuciosa classificação do tipo de leucemia”, explica a hematologista do IPPMG, Renata Pereira.
De acordo com a médica, o câncer mais comum em crianças é a leucemia linfoblástica aguda (LLA), responsável por 72% de todos os casos de leucemia infantil. O pico de incidência da LLA ocorre entre 2 e 5 anos de idade e é maior em meninos. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas. “A sobrevida global para crianças com LLA é maior que 90%, tendo melhorado consistentemente, devido aos protocolos de pesquisa sucessivos”, informa a médica.
Os sintomas mais comuns são: fraqueza, sangramentos, perda de peso sem motivo aparente, manchas roxas no corpo, dores nas pernas e articulações, febre, gânglios aumentados, palidez, dor abdominal, falta de apetite. Diante desses sintomas, procure imediatamente um pediatra, hematologista ou oncologista pediátrico.