“O palacete que abriga o museu foi adquirido em 1889, no fim do Império, pelo Conde de Santa Marinha, e ele fez aqui uma grande reforma, iniciando o tratamento paisagístico desse belo jardim que vemos hoje. Era a época das grandes reformas de embelezamento na cidade, como no Campo de Santana, na Quinta da Boa Vista e no Palácio do Catete”, lembrou Liborio, no início da visita. O palacete fica no alto do Parque da Cidade, área preservada de 470 mil metros quadrados e pouco conhecida pelos próprios cariocas.
Criado em 1934, pelo então prefeito Pedro Ernesto, o museu tem mais de 25 mil peças, de joias e louças da família imperial a telas de artistas como Armando Vianna, Eliseu Visconti, Victor Meirelles e Antônio Parreiras. Um dos destaques é o estandarte original feito em seda usado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 1822 a 1831. Há espaços dedicados a prefeitos marcantes da cidade, como o médico Pedro Ernesto, com a reprodução de sua sala de jantar, e o engenheiro Pereira Passos, homenageado com objetos de seu escritório de trabalho e do seu quarto de dormir.
Frequentadora assídua dos passeios, a professora Susana Scheimberg, aposentada do Instituto de Matemática e da Coppe, espera que o ciclo continue em 2025. “Acho uma iniciativa maravilhosa. Sempre que eu puder, vou participar. É cultura, história e encontro”, disse ela, que elogiou o guia. “Ele não fala simplesmente do passado, mas sempre vincula as visitas ao presente. Eu sempre aprendo algo novo a cada passeio”.
Tudo foi novidade para o professor Argemiro Secchi, da Engenharia Química e da Coppe. “Essa visita me impressionou porque eu não conhecia essa região. O museu conta toda a história do Rio, é surpreendente. Acho que essa iniciativa tem que continuar, não pode parar, tem que ser expandida. É um projeto excelente da AdUFRJ”.
Uma notícia boa, professores: a AdUFRJ vai estender o projeto no ano que vem. “Já estamos aceitando sugestões dos professores para os passeios do novo ciclo”, adiantou a presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, presente à visita ao lado da diretora Veronica Damasceno. Alerta de spoiler. No final da visita, o guia Douglas Liborio adiantou que duas visitas programadas para 2025 são a Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho, e o Museu Casa de Benjamin Constant, em Santa Teresa. Vem mais passeio por aí.