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WhatsApp Image 2024 05 24 at 19.08.34Vista do HUCFF - Foto: Fernando SouzaFalta pouco para a UFRJ aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A cerimônia de assinatura do contrato chegou a ser marcada para esta sexta-feira (24), com direito à presença do ministro da Educação, Camilo Santana, em Brasília. De última hora, no entanto, acabou adiada.
O reitor Roberto Medronho explicou a mudança: “Vários parlamentares da bancada do Rio desejam participar da cerimônia, o que muito nos orgulha. É um prestígio do Poder Legislativo em relação à UFRJ. Eles solicitaram que fosse feita em outro dia”, disse. “O ministro, sensível ao pedido dos parlamentares, adiou para data a ser definida, mas será muito em breve”, completou.
Tão em breve que já está engatilhada a nomeação da cúpula administrativa da empresa na universidade. Todos os nomes, indicados pela reitoria, foram referendados pela Ebserh. O professor Amâncio Paulino Carvalho, do IESC, será o superintendente geral. Marcelo Land, do IPPMG, será o responsável pela superintendência de ensino e pesquisa. Já o professor Paulo Xavier de Mendonça, também do IESC, assumirá a superintendência administrativa. “No dia que assinarmos o contrato, serão imediatamente nomeados”, afirmou Medronho.
Os atuais diretores das três unidades (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira; e Maternidade Escola) que serão geridas pela Ebserh mantêm seus cargos e também serão nomeados dentro da nova estrutura como superintendentes executivos. No HU, professor Marcos Freire; na Maternidade Escola, professor Joffre Amim Jr; e no IPPMG, professor Giuseppe Pastura.
“Como sempre falamos, não virá uma estrutura de fora. A Ebserh é uma forma de gestão, proposta pelo governo Lula e sancionada durante o governo Dilma”, afirmou o reitor. “E, como está escrito na lei e no contrato, será preservada a autonomia universitária. É um preceito constitucional que nenhuma lei pode ferir”, completou.

ALÍVIO NO COFRE
A expectativa da reitoria com o contrato é tirar as unidades de saúde da atual crise financeira e de pessoal. E, por outro, aliviar o cofre geral da instituição, graças à transferência das despesas dos hospitais para a empresa. “O contrato prevê um processo de transição durante um ano, a partir da assinatura. Os impactos poderão ser medidos, mas não de forma imediata”, diz Medronho.
Um dos impactos deverá ser a contratação de mais de mil profissionais, ao longo dos próximos meses, com uma parte deles substituindo os atuais extraquadros — funcionários com vínculo trabalhista precário que atuam no Complexo Hospitalar da UFRJ. Hoje, a universidade gasta cerca de R$ 26,5 milhões anuais com os salários do grupo. “Incluindo os extraquadros, gastamos com estas três unidades entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões”, informa Medronho. Os valores, que serão assumidos pela Ebserh, poderão ser liberados para outras despesas da instituição.

ESPERANÇA
“É uma luz no fim do túnel”, reforçou o diretor do HU, professor Marcos Freire. “Essa adesão trará investimentos tanto em recursos humanos como em estrutura e equipamentos”.
“Assinando, já há uma meta para os cem primeiros dias de aumentar 14 leitos de CTI e 12 leitos de serviço cirúrgico só para o HU”, antecipou. “Para um ano, a meta é chegar a 315 leitos no hospital. Hoje, são 180”.
Também já está aprovada junto à prefeitura da cidade — gestora do Sistema Único de Saúde — uma reserva de mais R$ 27 milhões para aumentar o teto anual de gastos com os atendimentos dos três hospitais. “Isso dará mais R$ 2,1 milhões mensais para as três unidades, sendo R$ 1,4 milhão para o HU”, explicou Freire.

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