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WhatsApp Image 2024 05 16 at 21.50.09Fotos: Fernando SouzaCerca de 600 professores participaram da última assembleia da AdUFRJ, realizada no dia 10 de maio. Pouco mais de 60% votaram contra a greve por tempo indeterminado. O placar foi elástico: 364 contrários à greve, 234 a favor e 5 abstenções. Houve uma segunda votação: se os docentes, caso a greve não fosse aprovada, desejariam manter o estado de mobilização ou ingressar no estado de greve. Ganhou o estado de mobilização. Foram 278 votos contra 151. Houve, ainda, 53 abstenções, 121 votos brancos e dois nulos.
Os professores também votaram paralisar as atividades em 21 e 22 de maio. A AdUFRJ prepara uma programação especial para a data, com seminário sobre o futuro da universidade (veja ao lado).
O debate foi polarizado entre quem desejava a greve, principalmente pela infraestrutura dos campi – no dia 1º, uma marquise da Escola de Educação Física desabou e o prédio foi interditado, o que elevou a participação dos docentes da unidade – e os que entendiam que as negociações com o governo estão em curso e, portanto, não se justificaria a greve agora. Os docentes também se dividiam entre os favoráveis à votação em urna, escolhida pelas últimas gestões da AdUFRJ para conduzir decisões sobre greve, e à votação presencial sem quórum definido (que muitas vezes pode se traduzir em votações esvaziadas).
Titular do Instituto de Física, Nelson Braga criticou a proposta do governo (a única apresentada até aquele momento), mas rechaçou greve. “Devemos acompanhar as negociações e analisar a próxima proposta que vier”, defendeu. O governo voltou a se reunir com os professores no dia 15 de maio (veja AQUI).
Mariana Trotta, da Faculdade Nacional de Direito, argumentou que a greve é necessária ante um governo de frente ampla. “Não podemos ficar isolados”, disse.
“A AdUFRJ deve seguir as orientações do Andes, mas eu tenho dúvidas se vamos resolver a recomposição orçamentária pela greve”, ponderou Lise Sedrez, do Instituto de História. Para a docente, as questões estruturais são mais urgentes do que o reajuste.
Vice-presidente da regional do Andes no Rio, Cláudia Piccinini, da Faculdade de Educação, também criticou a proposta apresentada. “Zero não é negociação”. Ela defendeu a inclusão do orçamento nas negociações. “Sem discutir orçamento, a gente não vai ter melhores condições de trabalho”.
Titular da Coppe, Leda Castilho criticou as defesas da greve durante o processo de negociação salarial. “Parece uma greve com motivação política. Vejo a história se repetir com o mesmo pessoal do ‘fora todos’”, criticou a professora.WhatsApp Image 2024 05 16 at 21.50.09 1Exposição de jornais sobre os problemas de infraestrutura da UFRJ

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