A AdUFRJ acaba de lançar uma campanha em defesa da vacinação. Bottons com os dizeres “Professores com Zé Gotinha” estão disponíveis na sede do sindicato e poderão ser retirados pelos filiados. A iniciativa busca minimizar os danos produzidos pela desinformação sobre as vacinas, especialmente durante o governo Bolsonaro. Mas com consequências gravíssimas até hoje.
“A ideia é que os docentes usem o Zé Gotinha em sala de aula e em suas atividades sociais. A influência de professores em relação ao tema vacinação é comprovadamente relevante”, afirma a professora Ligia Bahia, especialista em saúde pública e idealizadora da campanha. “O Zé Gotinha é um personagem que precisa apaixonar o país. Precisamos de altas coberturas vacinais e ampliar o cardápio dos imunizantes no SUS, incluindo o mais rápido possível uma vacina efetiva para dengue”, completa.
Antes referência internacional de vacinação, o Brasil agora corre o risco de voltar a sofrer com doenças evitáveis ou até mesmo com aquelas que foram erradicadas há anos. A queda da cobertura vacinal começou em 2016 e foi ampliada a partir da pandemia, em 2020.
O país hoje é considerado de alto risco para o retorno da pólio e pode perder outras conquistas, como as eliminações da rubéola, do tétano materno e neonatal, além do controle da difteria. O alerta é da Sociedade Brasileira de Imunizações. O sarampo, que chegou a ser eliminado, voltou.