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WhatsApp Image 2023 04 28 at 19.58.38 1Suspensa formalmente desde o dia 20 de abril por decisão da Comissão Eleitoral Central (CEC), a campanha da chapa 2 — Andes-SN classista e de luta — foi retomada nesta terça-feira (25). De acordo com a CEC, a suspensão foi consequência da resistência da chapa em substituir a professora Danielle Dias da Costa (UEAP), candidata a 2ª secretária da Regional Norte II. A docente foi impugnada por supostamente não estar em dia com suas contribuições sindicais até o prazo determinado pela comissão, o que sempre foi contestado pela chapa 2.
A liberação da campanha foi comunicada nesta quarta-feira (26) à chapa 2. “Após análise de recurso enviado à CEC, foi deliberado que a candidatura da professora Danielle Dias da Costa, como membro da chapa 2, foi impugnada. Ressaltamos que essa decisão foi tomada após uma cuidadosa análise dos fatos e em consonância com as normas estabelecidas pelo Regimento Eleitoral”, diz o comunicado. “É importante destacar que essa deliberação não prejudica a continuidade do processo eleitoral, podendo a chapa 2 continuar no pleito eleitoral. Diante do exposto, informamos que a campanha eleitoral da chapa 2 poderá ser retomada”, conclui a nota da CEC.
A polêmica acentuou a rota de colisão entre as chapas 1 e 2, cujos grupos políticos já foram aliados. A chapa 1 — Andes pela base — é apoiada pela atual diretoria do sindicato nacional, e tem como candidato a presidente o professor Gustavo Seferian (UFMG), diretor da entidade. O representante da chapa 1 na CEC foi o único a se abster na votação pela prorrogação do prazo para a manifestação da chapa 2 acerca da impugnação — aprovada por 8 votos favoráveis contra essa única abstenção. A chapa 2 considerou a suspensão um “desrespeito à história” do sindicato, com base em “uma acusação esdrúxula, ilegítima e extemporânea”.WhatsApp Image 2023 04 28 at 19.58.38CANDIDATOS da chapa 3 percorreram a UFRJ dia 26 (alto). Chapas 2 (centro) e 1 (acima) também estão na disputa

CENSURA
Candidata a 3ª vice-presidenta da chapa 2, a professora Marinalva Oliveira, da Faculdade de Educação da UFRJ, criticou duramente a CEC: “Passou por cima de todas as autorizações atribuídas pelo Congresso da categoria e decidiu por usar a censura como forma de punir a chapa 2. Importante lembrar que a categoria nunca permitiu que uma medida de censura fosse utilizada no Andes. Podemos afirmar que estão vivas deploráveis práticas punitivistas. A chapa 2 continua no processo eleitoral com 82 nomes, mas não desistiremos de ter a Danielle de volta à chapa. Somos 83!”, sustentou a professora.
Marinalva lembrou que a decisão da CEC contraria as normas vigentes no Andes. “A comissão decidiu inovar e criar o processo de impugnação seletivo contra apenas uma candidata, mantendo a chapa 2 homologada com 82 nomes. Não existe no Regimento Eleitoral ou no Estatuto do sindicato nenhum artigo que regulamente ou autorize que uma chapa homologada possa ter a impugnação de apenas um dos seus membros, ainda mais quando a decisão foi tomada sem garantir o amplo direito à defesa da candidata”, argumenta Marinalva.
Para a docente, a impugnação da candidatura foi um equívoco. “Danielle estava com sua contribuição sindical em dia e, após quase um mês do registro de sua candidatura, identifica-se que, por erro de cálculo do tesoureiro denunciante, havia um resíduo a ser complementado, o qual foi imediatamente quitado pela já candidata. Cabe salientar que discrepância de valores não caracterizaria inadimplência, e uma questão elementar do Direito não assumida pela CEC é que uma vez corrigida uma inadimplência têm-se todos os direitos restabelecidos”, diz Marinalva. E voltou a criticar: “Diante de uma decisão precipitada da CEC, a chapa 2 foi impedida de fazer campanha entre os dias 20 e 25/4, mesmo antes do julgamento do recurso da chapa em relação à impugnação da candidatura”.

CAMPANHA
Durante o período em que vigorou a decisão da CEC, alguns debates entre as chapas concorrentes ao Andes deixaram de ser realizados. Um deles aconteceria no dia 24 no Sindicato dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (SINDCEFET-MG). O encontro reuniria a professora Raquel Dias, candidata a 1ª vice-presidenta pela chapa 1, o professor Welbson Madeira, candidato a 1º tesoureiro da chapa 2, e a professora Erika Suruagy, candidata a 1ª tesoureira da chapa 3 — Renova Andes, que abriga o principal grupo de oposição à direção do Andes. O debate teve de ser adiado. “Realizar o debate sem a participação da chapa 2, diante de uma suspensão temporária e, portanto, que pode ser revertida, não seria democrático”, justificou, em nota, o SINDCEFET-MG.
A campanha eleitoral para o Andes entra em sua reta final. As eleições para o biênio 2023-2025 ocorrem nos dias 10 e 11 de maio. As seções sindicais já definiram as composições de cada Comissão Eleitoral Local (CEL). A AdUFRJ definiu o nome do professor João Torres, presidente do sindicato, como presidente da comissão eleitoral, tendo como suplente a professora Nedir do Espirito Santo. Os representantes titulares das chapas serão os professores Markos Klemz Guerrero (chapa 1), André Meyer Alves de Lima (chapa 2) e Mayra Goulart (chapa 3).
Esta é a segunda vez, nos 42 anos do Andes, que três chapas disputam as eleições do sindicato — a primeira foi em 1996. Além de Gustavo Seferian (UFMG) pela chapa 1, disputam a presidência da entidade os professores André Guimarães (Unifap), pela chapa 2, e Luis Antônio Pasquetti (UnB), pela chapa 3. Pasquetti esteve nesta quarta-feira (26) na UFRJ, onde visitou diversas unidades do campus da Ilha do Fundão, em companhia das professoras Eleonora Ziller, candidata a secretária-geral, e Mayra Goulart, candidata a 2ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro da chapa 3.

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