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WhatsApp Image 2022 12 08 at 20.50.34 1Foto: Clea Viana/Câmara dos DeputadosNa última quinta-feira, 8, a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, participou de uma audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. O encontro debateu o corte dos recursos das Capes e das instituições federais de ensino superior. Além de Mayra, participaram representantes da Andifes, da ANPG, do Conif, da Fasubra e do Sinasefe.
Mayra apresentou o Balanço da PLOA, estudo do Observatório que monitora o orçamento das universidades e institutos federais e de pesquisa no Brasil. “As universidades públicas produzem 95% das pesquisas no Brasil, e esse conhecimento não é produzido só por nós professores, mas por estudantes pesquisadores, e nós somos suportados nesse esforço por técnicos e terceirizados. É essa comunidade científica que está em ameaça, que está sendo desmoralizada pelo governo”, explicou Mayra. Ela alertou ainda para a gravidade do corte próximo ao Natal. “Mas eu acredito que nós, a sociedade civil organizada, vamos conseguir reverter esses cortes e garantir um Natal digno para as suas famílias”, exaltou.
A deputada federal Rosa Neide (PT-MT) lembrou que a negociação feita para a recomposição mínima do orçamento do MEC na PEC da transição não cobre o rombo deixado este ano. “Eles querem que haja dois orçamentos para cobrir o desmonte deixado pelo governo Bolsonaro. Não podemos admitir isso. O governo tem que reverter os cortes imediatamente”, disse a parlamentar.
Representando a Andifes, a professora Sandra Regina Goulart de Almeida, reitora da UFMG, apresentou o cenário grave em que se encontram as universidades e institutos federais, que têm hoje o menor orçamento dos últimos 13 anos. “As universidades hoje estão maiores do que estavam 13 anos atrás, em número de alunos e em infraestrutura, estamos melhores e mais inclusivos. Com um orçamento equivalente ao de 2008”, explicou a professora.
O corte mais recente, sem precedentes, segundo a reitora, impossibilita as universidades de fazerem qualquer pagamento no mês de dezembro. “Todas as universidades e institutos federais estão no vermelho. Não temos verba para pagar água, luz e telefonia, para pagar os contratos dos terceirizados, não temos como pagar as bolsas de extensão, graduação e assistência estudantil”, denunciou.

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