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bandeira adufrjDefendido pela diretoria da AdUFRJ, o apoio político à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi referendado por ampla maioria pelos professores reunidos em assembleia na quarta-feira (31). Dos 445 votantes, 318 (71,5%) decidiram pelo apoio à chapa Lula/Alckmin, enquanto 107 (24%) se posicionaram contra. Outros 20 professores se abstiveram. Para o presidente da AdUFRJ, professor João Torres, a decisão da base reafirma um compromisso de campanha da diretoria. “Nosso programa dizia que a gente ia apoiar o candidato do campo democrático com maior viabilidade eleitoral para derrotar Bolsonaro. Todas as pesquisas indicam que esse candidato é o Lula e nos sentimos muito à vontade para levar este processo à frente”, lembrou João Torres.

O resultado da assembleia é um contraponto à posição de neutralidade mantida pelo Andes ao longo da campanha. E não é uma decisão isolada. Outras seções sindicais também se manifestaram em favor do apoio político a Lula, como a Associação de Docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (ADUR-RJ), a ADUFPB e a ADUFC. Para a professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, é importante que o apoio a Lula seja logo no primeiro turno: “Em um segundo turno é maior a probabilidade de contestação antidemocrática da eleição”, observou Mayra.

Os riscos de ruptura democrática exaustivamente sinalizados pelo Planalto e a possibilidade de mais quatro anos de destruição nacional, caso Bolsonaro saia vitorioso das urnas, parecem não sensibilizar o Andes. Com sua invejável capacidade de abstração da realidade, a diretoria do sindicato nacional tem mantido sua posição de neutralidade nas eleições sob o genérico slogan de “Fora, Bolsonaro” e a defesa de uma suposta autonomia sindical. Na assembleia, a professora Mayra Goulart, criticou a postura do Andes: “Entendemos que o conceito de autonomia é mantido quando tomamos posição. Não é o momento de tergiversar diante das urnas”, ponderou Mayra. A cobertura completa da assembleia está na página 3.

A defesa da universidade pública — tão atacada pelo projeto de destruição nacional representado pelo governo fascista de Jair Bolsonaro — foi também lembrada na assembleia como mais um fator em prol do apoio à candidatura Lula. Nesta edição, duas matérias mostram que, apesar de sobreviver a duras penas sob os sucessivos cortes de gastos em seu orçamento, a UFRJ resiste. Nas páginas 6 e 7, o tema é o Festival do Conhecimento, com sua pluralidade de saberes e percepções. E, na matéria da página 8, toda a emoção da reabertura do Museu Nacional, quatro anos depois do incêndio que quase o destruiu totalmente.

Completam a edição duas reportagens que também tratam da UFRJ. Na página 4, mostramos a polêmica em torno da possível troca dos 11 andares da universidade no Edifício Ventura, no Centro do Rio, pela finalização de obras inacabadas no campus do Fundão e na Escola de Música, na Cinelândia. Na página 5, um perfil do estudante Nicolas Vilete, hoje no segundo período do bacharelado do Instituto de Matemática. Ele coleciona medalhas em competições nacionais e internacionais: a mais recente delas é a de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

A 30 dias do primeiro turno das eleições, a AdUFRJ entra nessa reta final de campanha revigorada pelo apoio expressivo de sua base à posição de apoio político à candidatura Lula. É com essa esperança por dias melhores que vamos trabalhar nas próximas quatro semanas, em defesa da democracia, da universidade pública e do país.
Boa leitura!

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