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WhatsApp Image 2022 07 11 at 08.45.25Foto: Isadora CamargoExcelente professor, cientista de prestígio internacional e liderança acadêmica. Não faltaram elogios na solenidade de entrega do título de emérito da UFRJ a Luiz Davidovich, docente titular do Instituto de Física. O Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza ficou lotado para acompanhar a cerimônia realizada durante uma sessão solene do Conselho Universitário, na terça-feira, dia 5.
Presidente da Academia Brasileira de Ciências até o início deste ano, Davidovich não abandonou o tom político em seu discurso de agradecimento. “Estou certo de que o sonho de todos nós é de um país com igualdade de oportunidades para todas as suas crianças, independente do berço em que nasceram, Que incorpore sua população em uma sociedade ilustrada e inclusiva, democrática e produtiva. Esta é a visão que permeia nossas mentes e norteia nossos passos. A emerência é um rito de passagem, não é o final do caminho. Estamos juntos nessa luta”, afirmou.
Para este sonho vingar, Davidovich enfatizou a necessidade do investimento em educação e ciência, nos dias atuais. “É urgente mudar a agenda econômica e social deste país. Uma política econômica não se resume a um planilha de receitas e gastos. Ela deve estar articulada com uma agenda nacional de desenvolvimento sustentável e inclusivo, baseada em educação de qualidade, ciência, tecnologia e inovação”, afirmou.
O professor destacou ainda a importância de preservação da democracia. O emérito falou do alto da experiência de ter sido perseguido pela ditadura quando ainda era estudante. Por força do decreto 477, conhecido como o AI-5 das universidades, não completou seus estudos na PUC, em 1969. “Não consegui terminar o semestre. Fui expulso da universidade em junho do mesmo ano”.
Davidovich saudou os professores da universidade na figura do presidente da AdUFRJ e colega do Instituto de Física, João Torres, presente ao evento. “Essa associação cresceu nos últimos anos e se tornou representativa do melhor que existe nesta universidade. Cumprimento também a Tatiana Roque, que teve um papel importante na renovação da associação de docentes”, disse, em referência à ex-presidente do sindicato, de 2015 a 2017.

HOMENAGENS
Encarregado das homenagens iniciais, o professor titular Paulo Maia lembrou que o físico francês Serge Haroche, Prêmio Nobel de 2012, saudou Davidovich em seu discurso de premiação. E acrescentou: “Em conferências de que participo mundo afora, ouço frequentemente comentários de grande admiração por parte de colegas de diferentes países em relação ao nosso homenageado”.
O diretor do Instituto de Física, professor Nelson Braga, ressaltou a qualidade do homenageado na arte de lecionar e formar novos pesquisadores: “Sempre foi um professor excelente em todos os sentidos, desde os aspectos didáticos, mas principalmente por motivar nos alunos a curiosidade, a vontade de aprender e desvendar novos desafios”.
“É um momento de muito júbilo para nossa universidade porque ganhamos mais um professor emérito”, afirmou a reitora Denise Pires de Carvalho. “Todas as administrações centrais dependem muito, em alguns momentos, do posicionamento dos professores eméritos. Os senhores são a nossa esperança de que os ataques não serão bem-sucedidos. Farão isso em nome dos jovens professores, dos nossos estudantes e do futuro do nosso país”, concluiu.

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