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Estela Magalhães

 

Na terça-feira (31/5), servidores públicos se mobilizaram em todo o país em atos pelo reajuste salarial de 19,99% — percentual referente às perdas durante o governo Bolsonaro. A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, participou do ato em Brasília. “A sociedade civil, os professores, os alunos, os técnicos e outros servidores públicos federais estão unidos pressionando o governo por essa recomposição e pela valorização das universidades”, disse Mayra.

Em manifestação nas ruas da capital, o professor David Lobão, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), falou sobre a greve do sindicato, mobilizada desde o dia 16 de maio: “Essa é a luta em defesa da educação brasileira federal, que está sendo atacada a cada dia com diversos projetos reacionários e conservadores que atravessam a nossa história, barrando aquilo que construímos de melhor nos últimos anos na educação brasileira”.

O ato se estendeu à Câmara dos Deputados, onde uma mesa de debates reuniu parlamentares e representantes de entidades sindicais. Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), denunciou os ataques do atual governo aos servidores públicos na abertura da mesa. “O país nunca precisou tanto do Serviço Público, mas, por incrível que pareça, o Serviço Público nunca foi tão atacado no Brasil como no governo Bolsonaro”, disse ele. O dirigente destacou que hoje o Brasil tem menos servidores públicos do que em 1991, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal. “Um período em que a população do Brasil cresceu 40% e o número de servidores diminuiu. É inadmissível tudo isso”, completou.

O posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse ser possível um ajuste de apenas 5%, também foi criticado. “Muito abaixo dos 20% que são legítimos, justos e necessários para servidoras e servidores. Bolsonaro vive de mentir e de tentar colocar a população contra os servidores”, disse a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é servidora pública.

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