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Um ato político fundamental hoje é fomentar a discussão política, cultivar o espírito crítico na sociedade e, especialmente, na universidade. Com essa ideia, a AdUFRJ promove um ciclo de debates sobre o papel da Educação, Ciência e Tecnologia no processo de reconstrução do Rio de Janeiro. A proposta é escutar e discutir ideias com lideranças políticas, acadêmicas e sociais do nosso estado. Os debates começaram em maio, com o deputado Marcelo Freixo, o presidente da Alerj, André Ceciliano, e as professoras Tatiana Roque e Dani Balbi. Na próxima segunda, teremos a presença do nosso colega professor Eduardo Serra, da Escola Politécnica.

Na sexta-feira (27), fomos atropelados por mais um drástico contingenciamento dos recursos da universidade. Àquela altura, já havíamos convidado o deputado Alessandro Molon para ser o próximo palestrante, no dia 30 de maio. Por sugestão do parlamentar, conseguimos transformar o encontro num contundente protesto contra os últimos cortes orçamentários. Além de Molon, participaram também o presidente de honra da SBPC, professor Ildeu Moreira, o ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências, professor Luiz Davidovich, e a secretária regional da SBPC, professora Ligia Bahia. Juntos, todos disseram um sonoro não aos cortes.

A pressão parece ter surtido algum efeito, pois no fechamento desta edição, no fim da tarde de sexta-feira (3), o governo recuou e liberou metade dos recursos que já havia bloqueado. Veja mais detalhes na matéria da página 3.

São cortes ilegais. A lei proíbe expressamente que o FNDCT sofra limitação de despesas. Na UFRJ, a tesourada faz com que a universidade só tenha verba para funcionar até agosto.

As universidades são fundamentais para qualquer governo que queira construir uma sociedade mais justa e mais inclusiva. No entanto, órgão responsável pela gestão do ensino superior no país, o MEC sofreu severos e profundos cortes no atual governo. Corte de recursos, de eficiência e de confiabilidade. Estamos no quinto ministro da Educação e seria um difícil concurso saber qual deles foi o pior!

Ricardo Vélez queria mudar a forma como o golpe de 1964 é ensinado nos livros didáticos, queria que as escolas filmassem os alunos cantando o Hino Nacional. Colidiu com a ala olavista e foi substituído por Abraham Weintraub. Este afirmava que plantávamos maconha na universidade e que fazíamos orgias nos campi. A missão maior da universidade era fazer balbúrdia. Atacou a China e fugiu às pressas para os EUA para não ser preso. Foi substituído por Carlos Decotelli, que ficou uma semana no cargo por informações equivocadas no seu currículo Lattes. Depois veio Milton Ribeiro, o pastor que distribuía o dinheiro do FNDE a prefeituras ligadas a pastores evangélicos e ao Centrão. Pode-se dizer que era uma “era de ouro” no MEC, pois a propina era paga com barras de ouro pelo mesmo ministro que anda de Bíblia e pistola na maleta.

Temos que dar um basta nisso.

Vamos eleger um presidente comprometido com a ordem democrática e com políticas progressistas. Vamos eleger um senador pelo Rio de Janeiro que nos represente, e uma bancada federal e estadual que dê suporte a um governo democrático. O papel da AdUFRJ é atuar junto às demais forças progressistas e sindicais, somando esforços com partidos e movimentos sociais, para articular a derrota do bolsonarismo, a valorização do trabalho docente, a defesa da universidade pública e a reconstrução do Brasil. Vamos juntos!

Boa leitura!

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