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Afeto, esperança e união contra os desmandos do governo. O 1º de Maio deste ano teve clima de reencontro após dois anos sofridos de pandemia. No Rio, a manifestaçãoWhatsApp Image 2022 05 06 at 20.43.533 foi convocada em conjunto pelas centrais sindicais nacionais e aconteceu no Aterro do Flamengo, com pouca participação de trabalhadores, mas com longos abraços e sorrisos dos manifestantes. A AdUFRJ montou uma barraquinha com bolo, sucos, lanches e ambiente acolhedor. Os professores da UFRJ atenderam ao chamado do sindicato e marcaram presença na atividade.

“Esse 1º de Maio tem um clima afetivo, festivo. Fomos presenteados com um belo dia de sol, num ato com várias centrais sindicais. É um momento muito importante de valorizarmos a democracia”, opinou a professora Maria Paula Araújo, do Instituto de História. A docente, que já foi diretora da AdUFRJ, acredita que o clima diferente não tem relação só com a pandemia. “Foram 3 anos de massacre absoluto de um governo que o tempo todo produz violência. Esse é um pequeno momento em que a gente tem oportunidade de se reencontrar para aglutinar forças”.

Presidente da AdUFRJ, o professor João Torres destacou a pluralidade do ato e a necessária unidade do campo progressista em torno das grandes questões nacionais. “Aqui havia representações de várias categorias: domésticas, ferroviários, petroleiros, metroviários, educação básica e superior, partidos políticos”, disse. “É importante que toda essa representatividade se converta em ações que coloquem no debate público os graves problemas pelos quais passa o país”, apontou o dirigente. “As famílias estão endividadas, a Educação vive seu pior momento, não há recursos para o desenvolvimento nacional e tudo por escolhas políticas do atual governo. É preciso que toda essa pauta impulsione o debate político de 2022 para que a gente derrote Bolsonaro”.

Cleusa Santos, professora aposentada da Escola de Serviço Social, também estava no ato e passou pela banquinha da AdUFRJ. “Esta data é um marco histórico. No pós-pandemia, estamos resgatando a disposição e possibilidade de estarmos nas ruas”, afirmou. A docente, que já foi diretora e presidente da AdUFRJ, comentou sobre a pouca adesão dos trabalhadores. “Retomar o processo democrático já tão destruído tem mostrado algumas dificuldades. Nem todos que são contra o atual governo voltaram para as ruas. Precisamos que este seja um momento de retomada dessa mobilização”.

A coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia Pinto, destacou o caráter simbólico da data. “O ato de hoje nos indica que é na rua que os trabalhadores vão conseguir derrotar Bolsonaro”, disse. “Desejo que hoje seja um marco para que a gente atinja a consciência crítica dos trabalhadores. São necessários mais atos, muitas manifestações para organizar a classe”.

WhatsApp Image 2022 05 06 at 20.43.532Outras associações docentes do Rio de Janeiro participaram da manifestação. Uma delas foi a Adur-RJ, da Universidade Federal Rural. A presidente, professora Elisa Guaraná, chamou atenção para o processo eleitoral que se avizinha. “Bolsonaro não está derrotado. Essa unidade não pode ser só ‘fora, Bolsonaro’. É preciso indicar caminhos”, alertou a docente. “Precisamos mostrar que a gente defende um Brasil que combate as desigualdades. A gente precisa colocar os pobres na pauta. Uma massa da população brasileira enfrenta a fome! Isso é muito grave”, afirmou a professora. “Nossa luta é pela democracia e em defesa da sociedade brasileira”, concluiu.

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